domingo, 27 de maio de 2018

Última noite do tour e volta à fronteira

E fomos para a nossa última hospedaria. Era mais uma noite de bastante frio (é, senti na primeira, a segunda foi bem tranquila e nesta estava prometendo, mas foi a que melhor dormi, feito um anjo). Tomamos banho e fomos para o jantar.

Havia outros grupos de outras agências, e notamos que a comida era servida na mesma quantidade independente do tamanho do grupo. O nosso era de oito pessoas e achamos injusto isso, pois vimos uma mesa com três garotas cujo caldeirão de sopa (que estava deliciosa) era na mesma quantidade.

Ju e eu começamos a cobiçar o caldeirão... como era possível, será que elas tinham tomado toda a sopa e comentávamos sobre a possibilidade de irmos conferir se tinha sobrado algo do delas. Claro, não formos, mas a gringa alemã resolveu tomar à frente, levantou e foi lá verificar, ficamos felizes... por poucos instantes... sim, elas tinham acabado com a sopa. Não disse que estava deliciosa!?

Fomos dormir e novamente, às 5h saindo da pousada. O carro com Carla, Felipe e o casal de alemães saiu, o nosso também, mas só até a primeira esquina. Parou, assim, do nada parou.

Era 5h e poucos da manhã, um frio horroroso. Na hora que vi que o negócio iria demorar, decidi voltar à pousada para usar o banheiro. A Ju resolveu me fazer companhia, voltamos, e tudo estava do mesmo jeito. Foi meio tenso porque além do frio, pensava: "aí Deus... eu poderia ter dormido todo esse tempo, naquela cama quentinha". Mas toda viagem pode ter imprevistos, este foi o nosso, e ainda bem que não foi no dia anterior, já pensou perder aquele amanhecer?

Estava frio de verdade, eu, Lu e Mila estávamos nos enrolando do jeito que dava dentro do carro, enquanto a curiosidade da Ju era bem maior do que o frio que ela deveria estar sentindo. Engraçado mesmo foi ela insistir com o motorista/mechanico que o problema era bateria!

Acho que ficamos parados de uma e meia hora a duas. Alguns carros passaram, mas apenas um motorista, de outra agência, se prontificou a ajudar.

Depois seguimos caminho até o ponto do café da manhã, ao lado da fronteira, onde o outro grupo nos esperava. Pelo que entendi, perdemos um nascer do sol, mas nada imperdível, frustrante.

Passar pela fronteira foi outra experiência intrigante. Tantas pessoas falam da Bolívia. Pois bem, nossa van ainda estava esperando a vez e o motorista que não lembro o nome, era um palhaço. Primeiro ele distribuiu os formulários de saída do país e foi orientando que os alimentos que poderiam ou não serem levados.

Tinha um casal de coreanos ou chineses (não sei até agora e o guia também não, mas os nomeou de "chinitos"), que não falavam espanhol ou inglês, portanto a comunicação era bem precária. Quando entenderam que falávamos de comida, abriram as mochilas e a quantidade de enlatados que tinham, era impressionante. E o comentário do guia foi: "chinitos levam muita comida"!

A van estava com um probleminha, e era uma ladeira. Esperamos mais embaixo e a fila crescendo, quando chegou nossa vez, abriram a porta lá em cima e a van foi no tranco!!! Chegamos. Descemos, Fomos entrevistados. Passaportes carimbados. Tivemos que abrir nossas mochilas... acredita que o agente ficou desconfiado de mim? Ele ficou em dúvida com um frasco de talco de pé que eu levei. Gente, ninguém tem medo de ficar com chulé na Bolívia??? Aff... Felipe quase morreu de rir.

Adios Bolívia!!!

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