quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A saga da antena externa

Sendo um pouco mais nostálgica, mas ainda na linha do "morar em casa", antes mesmo de existir a tv a cabo ou as parabólicas, quem tem mais de 25 anos (a tv a cabo chegou por aqui no início da década de 1990) e morou em casa, deve se lembrar da saga da antena externa.

Dizem que é a Lei de Murfy, como eu não sei quem foi esse tal de Murfy, acho que era um capricho do destino mesmo: sempre no melhor programa de televisão a imagem ficava horrível, tremida, subindo e descendo, chamuscada, com som chiado... era simplesmente impossível ver o que se passava na telinha. Daí, com sorte, haveria em casa algum herói (normalmente pai, irmão ou vizinho mais destemido) que se prontificava a subir na lage e mexer na antena. E começava o diálogo:

Quem estava lá em cima:

- Tá bom?

Quem estava dentro da casa:

- Quase... mais à direita... mais um pouquinho... mais um pouquinho... tá bom!

Quem tá lá em cima:

- O quê? Mais um pouco?

Quem estava lá em baixo:

- Não... não... não... vai pra onde tava antes...

E começava tudo de novo. Com sorte, depois de uma meia hora a figura descia da lage e todos poderiam assisitir a programação... até o próximo vento mais forte bater e começar tudo de novo. Ah... isso sem falar que tinha gente que acreditava piamente que colocar uma esponja de aço (Bombril) na ponta da antena interna, adiantava alguma coisa.

Um viva ao progresso, à tv a cabo (em muitos casos a gato ou Gatonet) e às parabólicas!

domingo, 26 de outubro de 2008

Sou bicho do dia

É isso mesmo. E demorei muito para tomar conhecimento dessa minha real característica.

Lembro das minhas férias, de quando eu ainda era uma criança. Como minha família é muito grande, tanto por parte de pai como de mãe - a maioria mora no interior -, chegavam as férias e muitas crianças iam parar em casa. Não existia esse papo de ir para colônia de férias, passar tardes inteiras nos shoppings ou largados em lanchonetes ou no cinema, mesmo porque dinheiro para isso era coisa que não existia. O negócio era em casa mesmo. Brincávamos até tarde da noite ou da madrugada, depois espalhávamos colchões e travesseiros pela sala, para dormirmos todos juntos. De manhã era certeiro: eu sempre a primeira a despertar, sete, seis da manhã, ligada no 220, prontinha pra brincar... só que eu olhava à minha volta e só via crianças dormindo... Que raiva!!!

Quando tinha vinte e poucos anos, na faculdade ou entre amigos, confesso que sofria muito. As pessoas saiam à noite. Se programavam para as baladas e, quando eu ia, me sentia um peixe fora d'água... e era. Uma ou outra vez até conseguia ficar a noite inteira bem, mas apenas quando saia para dançar (isso eu A-DO-RO fazer), porque se ficar sentada em barzinho vendo um monte de gente bebendo e gritando (como se estivessem jogando truco) para se fazerem ouvir pela pessoa da cadeira ao lado... para mim era um verdadeiro desastre, pois eu tinha sono, muito sono... só pensava na minha cama, em casa.

E ainda tem um outro agravante: se eu acordar depois das 9h30 da manhã o mau-humor será inevitável. Mas, para o alívio de algumas pessoas (principalmente aquelas que convivem de fato comigo) adoro acordar cedo, o que nem sempre significa levantar cedo.

Aos poucos fui descobrindo atividades que tinham mais a ver com o meu relógio biológico: ver a luz do dia, ouvir os passarinhos cantando, sentir o sol batendo no rosto...

Já houve vezes, em viagens, de eu simplesmente não dormir, só para aproveitar o dia, já que a noite costuma ser agitada e acabei indo no embalo. Minha amiga Patrícia que o diga. A primeira vez que viajamos juntas ela ficou assustada com esse fato: era carnaval em Garopaba-SC, para não perder nenhuma noite, devo ter dormido um total de cinco horas, juntando todo o Carnaval e, óbvio, ligada no 220.

Algumas pessoas ainda acham isso estranho em mim, mas tudo bem, o interessante é que hoje não sofro mais, gosto e aproveito do meu modo.

Peculiaridades de uma casa

Moro em uma casa de bairro (embora alguns prefiram chamar de periferia). Pois bem, percebo que conheço muita gente que é da “geração condomínio” e que se espanta quando cito algumas coisas comuns na vida dos moradores de casa. Então vou explicar algumas peculiaridades:

Quintal X lavanderia
Normalmente quem mora em casa tem um quintal à sua disposição. Não importa o tamanho do quintal, se o dia for ensolarado significa que é o dia perfeito para se lavar roupas e estendê-las no varal expostas ao sol. Para dar uma ajudinha no processo é de bom costume suspender o varal cheio, com uma vara de bambu. Isso mesmo bambu que muita gente conhece só de longe ou quando muito, bem fininha... como vara de pescar. Por isso, até nos dias de hoje é considerado comum encontrar vendedores de bambus pelas ruas. Aliás, aqui em casa tô precisando de comprar, se alguém souber de um, por favor, me avise.

Medição de água e luz
É meus caros, quando chega o dia previsto para essas medições, devemos ficar atentos, principalmente, se tiver "cachorros não sociáveis" no quintal... a conta pode vir com a observação: "leitura difícil" ou "cão no estabelecimento"!

Vizinhança
Normalmente barulhenta, mas unida. A criançada adora atiçar os cães presos nos quintais, apertar campainha e sair correndo e subir nas lages das casas quando é época de "empinar pipa".

Bom, por enquanto são apenas algumas peculiaridades, conforme eu for lembrando de outras, prometo escrever.

sábado, 18 de outubro de 2008

AMO a Primavera e o horário de Verão




Gosto de estações bem definidas: no Verão calor, no Inverno
friozinho, no Outono bem meia estação e, a minha preferida, a Primavera, que deixa minha metrópole, apesar de ser tão cinza, um pouquinho colorida.

Adoro ver os pés de Ipê totalmente floridos, mesmo que por tão pouco tempo, já que aquelas flores amarelinhas, de uma semana para outra passam do topo dos galhos para o chão. As paineiras e as cerejeiras... enfim... a-do-ro a Primavera. Gostaria que toda sujeira da minha cidade se limitasse à isso: folhas e pétalas...

Quanto aos dias, o melhor dessa época é o horário de Verão! Eu, como assumidamente sou "bicho do dia", só tenho o que comemorar: dias mais extensos e fazer programas após o trabalho, mais disposição ao levantar... tudo parece melhorar, até meu humor!

Seja bem-vindo horário de Verão!

sábado, 11 de outubro de 2008

4 coisas sobre mim

Quando eu era menina, por volta de uns 10 ou 12 anos, era muito comum circular pela sala de aula alguns cadernos com questionários imensos (uma pergunta em cada folha) com perguntas como: nome, idade, signo, coisa que gosta, pessoa de quem gosta, coisas que faz no final de semana, ator predileto, música predileta, etc. Daí, a garotada respondia e devolvia aos donos. Outro dia recebi um e-mail com perguntas que me fizeram lembrar daquela época, pois a pessoa responderia e deveria repassar o e-mail para um monte de gente, com o intuito de que todos se conhecessem melhor, o nome do assunto era "4 coisas sobre mim". O problema é que logo no começo tinha uma questão sobre 4 lugares em que vivi, como nunca morei fora de Sampa, resolvi adaptar o questionário e compartilhar com vocês:

Quatro trabalhos que já tive
- Já fui bancária;
- Já fui promotora de produtos;
- Já fui secretária (aliás, minha primeira profissão, com DRT)
- Já trabalhei em campanha política (para um candidato da comunidade nipônica - uma experiência inesquecível).

Quatro coisas que já fiz
- Já fui pára-quedista (com direito a carteirinha da Federação Paulista de Pára-quedismo e tudo);
- Já desci o rio Jacaré Pepira (Brotas) fazendo rafting (inclusive noturno), de duck, de bote e de bóia;
- Já fiz a "fumaça por baixo", uma trilha de três dias na Chapada Diamantina (em plena Copa do Mundo, ou seja, eu, mais duas figuras e um guia, mais ninguém naquela mata), tomando banho de rio, dormindo em toca e caminhando, descendo e subindo penhasquinhos e morros, sempre com mochilão nas costas;
- Já acordei às 5h30 da manhã, em pleno domingo, só para fazer pão caseiro para a minha família comer quentinho, quando acordasse com o cheiro - sabe quando vc passa a margarina e ela vai derretendo?

Quatro programas de TV que assistia quando criança
- Jennie é um gênio e a Feiticeira;
- Sessão da tarde;
- Domingo no parque do Sílvio Santos (uma das minhas frustrações de infância é nunca ter ido à gravação daquele programa);
- Muitos desenhos, os que mais amava era dos Flintstones.

Quatro programas de TV que assisto
- Telejornais (Bom dia Brasil, JN, do SBT e, às vezes, o da Record);
- Um pé de quê?
- Lab - MTV;
- Quando dá, seriados: Midium, Ghost Whisperer, Man in trees,ER, Cold Case, The New Adventures of old Christine, Grey's Anatomy, CSI...

Quatro lugares em que estive e voltaria
- Fernando de Noronha-PE;
- Ilha Grande-RJ;
- Iporanga-SP (Petar);
- Natal-RN.
(Quatro é muito pouco!)

Quatro comidas favoritas
- Arroz, feijão, bife à parmeggiana (sem gordura) e fritas;
- Sanduba do Marques Hamburger;
- Filé de peixe empanado com molho de camarão;
- Massa recheda (menos de frango) ao molho quatro queijos.

Quatro lugares em que desejaria estar agora
- comendo a carne seca gratinada no Aldeia da Vila
- Em Ubatuba;
- comendo fondue de sorvete;
- Em São Roque.

Quatro coisas que espero que este ano eu possa
- Aprender a dançar no "tapete" do videogame;
- Cuidar mais do meu corpo e da minha pele;
- Programar minhas próximas férias;
- Passar o Natal com meus pais.

domingo, 5 de outubro de 2008

Eleições III – o colégio onde voto

Voto no colégio onde estudei, que, aliás, é meio longe da minha casa. Diversas vezes já pensei em transferir para um local mais próximo. Só que, a cada votação eu me lembro das razões que me fazem deixar tudo como está.

As razões de hoje foram a Sueli e a Shirlei. Duas pessoas que foram muito importantes quando tinha meus 10, 12 anos, minhas amiguinhas de escola. Poxa, é tão legal ter a oportunidade de rever gente que há anos não vejo. A Su fazia só uns dois, mas a Shirlei... essa, pode colocar aí uns 15 anos. A Su encontrei logo na chegada, enquanto a Shirlei praticamente me esperou na porta da sala onde votei, pois havia sido informada pela Su que eu estava ali. (RS) Confesso que demorei um pouco para reconhecê-la.

Fico muito feliz de tê-las encontrado. Vamos torcer para que voltemos a nos encontrar, da próxima vez agendada e com calma, para colocarmos as novidades em dia.

Eleições II – a ambigüidade dos cidadãos

A grande maioria das pessoas que conheço ODEIA política. Horário eleitoral então... parece castigo, pois, para elas, além de tirar um período precioso da novela ou qualquer outro programa televisivo, só tem gente querendo se dar bem conseguindo um lugarzinho no poder.

Meus pais fazem parte desse grupo, eles moram em uma cidadezinha do interior de São Paulo e uma vez a cada um ou dois meses visitam os filhos na capital. Por isso me espantei tanto quando ouvi da minha mãe, na semana passada, que ficaria até hoje, só para votar em fulano, porque não quer que beltrano vença. Mais: passou a semana em campanha, falando para todo mundo sua visão política.

Enquanto isso, meu pai, manteve a postura que vejo desde que me entendo por gente: “Vou lá por obrigação. Não quero votar em ninguém”. A justificativa é simples e até compreensiva. Ele se sente traído pelo corpo político desde que votou no Jânio Quadros para presidente, que depois renunciou. Meu pai perdeu o gosto pelo dever cívico.

Também vi algumas pessoas que, apesar de morarem em São Paulo há tempo suficiente para transferirem seus títulos para cá, não o fazem. Sempre que questiono, sinceramente, não sou convencida. Mas tudo bem, cada um tem suas próprias razões que, individualmente, podem ser muito fortes. Na outra ponta, ouvi com atenção, a percepção de quem está votando pela primeira vez, e me pergunto: “será que um dia também fui assim?” Bom, o importante é prestar atenção e ter consciência de cada votinho dado.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sandra e suas variações

Minha sobrinha vive a me questionar o por quê de eu não ter na minha página de Orkut uma comunidade "Sandra". Ah... nem sei a razão... talvez porque eu não tenho tido mais paciência para acessar minha página, quem dirá ficar procurando comunidades.

O fato é que meu nome Sandra, vive entrando para alguns debates entre amigos. Confesso que demorei muito a gostar realmente do meu nome, que é uma variável de Alessandra, que por sua vez vem de Alexander que significa protetor da humanidade ou algo parecido.

Gosto do meu nome e vivo brincando com a pronúncias: Sandra, Sêndra, Sandura, Sãndrá e por aí vai (fazer o quê se é um nome globalizado, sendo comum encontrar Sandras nas Américas, pela Europa e até na Ásia). Mas me divirto mesmo são com os apelidos. Na verdade não são usuais, e então nem dá para considerar como um apelido de verdade, já que apenas um ou outro conhecido inventa de me chamar, bem de vez em quando. Lá vai:

Sandra, San, Sandrinha, Sandroviski, Sandritcha... mas o título de criatividade insuperável vai para o meu dentista, Dr. Milton, que me chama de: Sandríssima!