terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O dia em que realmente me senti pequenina

Estava lembrando aqui com os meus cachinhos do dia em que realmente me senti pequenina. Todo mundo já teve aquele momento reflexão, filosófico, de se perguntar qual a minha função no planeta? Por que vim parar aqui? De se achar um grão de areia no universo... enfim... eu tb de vez em quando tenho.

Mas uma coisa é vc ficar filosofando e outra bem diferente é ter a certeza de saber que vc é apenas uma coisa minúscula no mundo. A primeira vez que tive essa certeza foi quando voltei de Foz do Iguaçu. O passeio foi maravilhoso, conheci lugares deslumbrantes, gente interessante e de diversos locais do mundo, na verdade, chegou uma hora que eu era quem parecia a estrangeira entre tantos gringos.

Depois de dias maravilhos passeando pela região, quando já estava dentro do avião, sentada próxima da janelinha, pude ver aquela imensidão que são as cataratas, aquele volume todo de água - fui em março - me bateu uma coisa no peito, uma sensação diferente, foi impossível conter as lágrimas. Naquele instante eu lembrei de quando estive - duas vezes pelo lado brasileiro e uma pelo argentino - lá embaixo, tomando chuvisco na passarela ou do banho dentro dos barcos que iam sob as quedas d'água, e de como via deslumbrada do quão grande era aquilo tudo. Só que na hora que via as cataratas da janelinha do avião, todo aquele imensidão ia ficando pequeno, pequenininho, miníusculo, até sumir de vista. Ali caiu minha ficha: o planeta, o universo é muito maior do que nos limitamos a imaginar.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Pico do Jaraguá

Foi o que considero um dia perfeito para a trilha: meio nubladinho pra subir o morro que exige um pouco do preparo físico, no pátio começou a abrir um pouco mais o tempo e lá em cima - depois de enfrentar a escadaria -, para os felizardos que tinha levado câmeras um belo cenário da cidade de São Paulo para tirar as fotos.

A turma animadíssima, gente de todas as idades, tipos e profissões, mas com algo em comum: amantes das trilhas. Alguns a primeira vez pelo Pico, outros a segunda ou terceira mas depois de longos anos. Vimos patinhos, borboletas, saguis e até cobras - argh.

Na Trilha do Silêncio, que poderia ser considerada ultraligth tivemos a companhia de um monitor para explicar sobre as espécies de plantas que encontrávamos pelo caminho, da casa construída em 1500 e pouco... enfim, uma verdadeira aula de história com botânica.

De quebra, comprei meu passaporte Trilhas de São Paulo que trouxe para casa com dois carimbos!!!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Carnaval em Veadeiros




É isso aí, fugi da agitação, do samba e do axé para me enfiar no meio do mato. E que mato! Destino: Chapada dos Veadeiros, com hospedagem em Alto Paraíso, uma cidadezinha com 9 mil habitantes que fica a 230 km de Brasília. Das três chapadas Diamantina (interior da Bahia), Veadeiros (interior de Goiás) e Guimarães (interior de Minas), agora, só falta esta última.
Repetindo a dose em companhia, Luciana e Patrícia foram minhas companheiras de viagem. Tudo começou na sexta-feira, dia 12, com o voo 1210 da Gol, com atraso de nada menos do que três horas. Ao desembarcarmos havia um guia a nossa espera – pois é, para esta viagem resolvemos contratar uma agência e foi a melhor coisa que fizemos - atravessamos Brasília e pegamos a BR 020 rumo a aventura. Chegamos à pousada Beija-Flor por volta das 3h30 da manhã, para às 7h estarmos em pé para o nosso primeiro dia de passeio.



A turma
Éramos em 13 turistas, todos em sua primeira vez na região. E o espantoso foi que, pela primeira vez, a maioria era formada por cariocas: ao todo sete, uma mineira radicada em São Paulo e cinco paulistanas, que obviamente viramos “paulistas”. Para botar ordem dois guias: o Cláudio (criado na região) e Ângelo (mineiro e professor de história e geografia), com esse dois perfis, acredito que tivemos a melhor assessoria para as explicações locais.

Os passeios
O Portal da Chapada há infraestrutura para receber visitantes e pessoas que queiram acampar. Ali fizemos caminhadas leves, vimos uma cobra fazendo sua ciesta e fizemos arvorismo. Também é onde fica a cachoeira de São Bento, que para meu espanto a água não era tão fria. Aliás, esta foi uma grata surpresa, em nenhuma cachoeira a água era daquelas que não conseguimos colocar nem o pé, o que para mim foi ótimo.



O Vale da Lua foi a atração mais inusitada que vi no passeio inteiro, sua formação de rochas com “crateras” as quais fizeram o nome da região. Muito interessante, pois nunca tinha visto nada parecido antes.

No segundo dia fizemos a Trilha dos Cristais formada por pedrinhas, cristais que conforme andamos, vai fazendo o som de quando mastigamos sucrilhos. Tb tirei muitas fotos das pequenas flores nativas. Com várias pequenas cachoeiras e lá em cima o Poço da Vovó, que como o nome sugere, uma piscininha bem tranquila. Depois, mais caminhadinha e... a segunda grande atração inusitada foi o rapel, de 45 metros. Sim, finalmente, pude incluir no meu currículo um rapel!!!


No Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o que não falta são as atrações: trilhas e as duas Cachoeiras de Saltos do Rio Preto. Simplesmente lindas! A maior, de 120 metros de queda é um colírio para os olhos pois o chuvisco da água proporciona lindos arco-íris, enquanto a de 80 metros é a ideal para os banhos. Na verdade eu fui atacada por piabinhas - peixinhos - que não se acanharam e ficaram me mordendo, apenas eu fui a vítima, e ao comentar com o guia ele soltou "é porque vc é muito branca, a claridade atrai os peixes". Pela primeira vez vi bombeiros próximos à cachoeira, indício que tem seu perigo.
Ah... o último dia. Dá uma tristeza. O lugar é tão lindo, com tantas cachoeiras maravilhosas que quatro dias é muito pouco. Mesmo assim, aproveitamos ao máximo. Fomos conhecer as cachoeiras de Almécegas 1 e Almécegas 2, lá na Fazenda São Bento. A primeira, mais para visual e fotos do que para banho, apesar de ser possível sim e a segunda ideal para banhos, hidromassagens, fotos e afins. Olha, é difícil eu ficar com inveja de alguma coisa, mas devo confessar que quase morri de inveja das pessoas que saltavam da pedra. Então, resolvi que sim, irei voltar à natação para pegar um pouco mais de confiança e, nesses momentos, não ficar mais na vontade.
O único incomodo para a volta foi pegar o carro no estacionamento. Fomos fechados por dois. Como tínhamos hora contada para pegar voo em Brasília, rolou uma tensãozinha, mas estávamos em seis pessoas, e ali fizemos um pequeno mutirão e força e levantamos um dos carros para arrastá-lo e finalmente liberarmos nossa passagem. Como existe gente sem noção!

Peculiaridades das trilhas
Quem é trilheiro sabe: ir ao banheiro significa ir à segunda moita à direita, mas pode ser a terceira à esquerda também. Trocar de roupa é a coisa mais natural do mundo, sem exigência de cerimônias. Sim, existe recompensa depois de horas andando com o sol à pino, normalmente, uma cachoeira, senão linda, ao menos refrescante.



À noite
Barzinho.


Tecnicamente Brasília



Chegamos cedo à capital federal e, claro que choramos ao guia para que desse uma voltinha de carro por Brasília. Ele nem relutou muito. Nunca tive o sonho de conhecer a cidade, mas, já que estávamos ali, por que não fazer um minitour? Fizemos um passeio de carro pelo Eixinho – já que o Eixão estava fechado para lazer - e me lembrei da música da Legião Urbano, andamos pelas quadras e como bem disse a Pá, parecia que estaávamos andando pela Cidade Universitária em Sampa só que em uma proporção maior, fomos até a catedral que estava coberta pela reforma, aliás, quase tudo está em reforma por lá, vimos a Biblioteca, a Esplanada dos Ministérios, o Congresso Nacional, o lago Paranoá e as embaixadas. Bom, então, acho que tecnicamente posso dizer que conheço Brasília.

Travessia do Eixão

Nossa Senhora do Cerrado
Protetora dos pedestres
Que atravessam o Eixão
Às seis horas da tarde
Fazei com que eu chegue são e salvo na casa da Noélia
Fazei com que eu chegue são e salvo na casa da Noélia

Nônô... nônô... nônô,nônô,nônô
Nônô... nônô... nônô,nônô,nônô

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Dois novos amigos

Meus amigos são de longa data. Longa de verdade. Não tenho um milhão deles, mas são para durar um milhão de anos: de infância, do colégio, da faculdade, do trabalho... enfim.

Porém, devo confessar, nas últimas semana "adquiri" dois novos amigos, que rezo todos os dias para que sejam passageiros: meu guarda-chuvas com proporcionalidade de guarda-sol e a rádio Sul-america trânsito. Todos os finais de tarde estou grudada, literalmente ao primeiro, mesmo que seja pra ir e vir até o carro e com o fone de ouvido.

Credo. Não aguento mais chuva. Já batemos o recorde do dilúvio de Noé.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

43 dias de chuva

Ontem fez 43 dias de chuva na cidade de São Paulo. Os estragos ainda não podem ser mensurados, mas são muito grandes: carros, casas e vidas perdidas. Daí a gente tenta rir pra não chorar. Nessas, já ouvi de quase tudo:

- barcos e botes serão liberados do rodízio?
- hoje todas as estradas são "das lágrimas"
- rio Rebouças e seus afluentes...
- será que o governo vai criar o "balsa família"?
- minha mulher quer saber quem é essa tal de Tempestade que me faz chegar tarde em casa todos os dias
- se enchente fosse pinga, a ponte do limão seria uma caipirinha gigante.
- aí que saudade quando minha São Paulo era chamada de terra da garoa.

E na Bíblia, o dilúvio durou 40.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Eu quero!

Acabo de ver as novas notas do Real que foram lançadas pelo nosso ilustre Banco Central.

Eu quero!!! Quando será que chegará às minhas mãos uma garoupa ou uma oncinha???

Segundo a reportagem que li no Uol, uma das justificativas da troca do layout das notas é que o Real está ficando cada vez mais forte e em breve terá uma circulação internacional. Não gosto de ser cética, mas, será?

Virei emo

Calma... é só por alguns instantes.

Estava eu no hall entre os banheiros, prestes a apagar as luzes quando levei uma portada na cara... assim... meio de lado. Fui almoçar e uma das meninas disse que tava "inchadinho". Agora tá "altinho e vermelhinho". Na verdade ficaram dois pontos: na ponta da sombrancelha e na maçã do rosto. Nada demais.

Como ontem fiz uma chapinha básica, joguei parte das madeixas no rosto, cobrindo o olho. Bem... se alguém estranhar... virei emo tá.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Muitas galinhas!!!

Pela primeira vez, sábado, fui ao Parque da Água Branca. Tem um espaço caipira que muito me fez lembrar o sítio da minha tia, tem um espaço especial para os idosos fazer exercícios físicos específicos, tem uma arena para cavalinhos - mas não vi nenhum... e dois lindos pavões!

Mas o impressionou mesmo foi a quantidade de galinhas, frangos, pintinhos e galos - que não se intimidam em se acasalar abruptamente bem no meio do seu caminho. Confesso que nunca tinha visto tantas galinhas em um parque, pra dizer bem a verdade, acho que nunca havia visto galinhas em um parque urbano.