quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Projeto Tamar na Praia do Forte e Sauípe


Onde tudo começou


Tempo curto e uma cidade enorme a explorar, acrescente-se à isso atrações imperdíveis nas cidades ao redor, como no caso da Praia do Forte que abriga o berço do Projeto Tamar. Sim, foi muito difícil a decisão de dedicar apenas um dia para Salvador, mas acontece que o Henrique estava doente para conhecer o Projeto Tamar e a Aninha queria porque queria voltar à praia do Sauípe, que algum tempo atrás teve o prazer de conhecer.

Sou fã do Projeto Tamar. Meu primeiro contato foi em 1997 quando passei uns dias em Fernando de Noronha e, como todos sabem, por lá não há muitas opções de "baladas" noturnas. Lembro-me claramente: depois de um dia de passeios fantásticos, íamos para a pousada, tomávamos banho, jantávamos, pegávamos o circular da ilha rumo à sede do Projeto Tamar para as palestras. Eram divertidíssimas, animadas e conscientizadoras da importância da preservação do meio ambiente. Acho que foi ali que me apaixonei pelas tartarugas, pelo projeto... comprei um anel de prata em formato de tartaruga, com um pedra linda, superdelicado, que, alguns anos depois perdi e até hoje fico triste pelo ocorrido.


Tartaruga de Pente
Gosto tanto de tartarugas que até me disfarço delas de vez em quando


O Projeto Tamar nasceu há mais de 30 anos na Praia do Forte. A sede é bem organizada, com várias espécies de tartarugas nos tanques - proporcionando lindas fotos - e muitas informações em totens espalhados pelo espaço. Só achei meio salgado o preço do ingresso, R$ 16. Tudo bem que o caixa parecia tentar me ajudar a conseguir pagar meia, de tanto que perguntou: "é cliente do banco tal, é professor, é estudante...", mas acabou dizendo que em outros pontos do projeto o preço é menor.


Em frente ao Projeto Tamar essa praia cheia de corais e peixinhos coloridos


Enfim, o Henrique "matou a lombriga", a Aninha ficou quase meia hora em frente ao aquário para tentar uma foto com a tartaruga (que desconfio que era fêmea, porque quando um rapaz sozinho aproximava do vidro, ela ficava por ali - rs), o Miltinho e o Renan também curtiram o local.

Depois de muitas fotos, entramos na praia. Eu queria mesmo era ver os peixinhos coloridos naquele aquário natural, se bem que a água é tão quentinha que deu vontade de ficar mais tempo por lá, mas, a Aninha queria mesmo era ir para a praia Porto do Sauípe, em que mar e rio se encontram (pororoca, de leve). Praia tranquila, sem muita movimentação e boa comida, que bem negociada, compensa muito.

Sauípe antes do almoço...

... e no final da tarde


Uma das grandes vantagens de fazer passeios em grupo é o poder de barganha por preços ou simplesmente aproveitar o famoso "racha conta". Quem já esteve em Salvador sabe o quanto a cidade é grande. Para os principais pontos turísticos, considero que tenha até uma boa oferta de ônibus (lembrem-se que sou turista e sempre usei o transporte em horários alternativos, então, não sei bem se essa oferta citada por mim pode ser uma realidade), mas, em cinco, foi bem vantajoso alugarmos um carro que, por 24 horas, quilometragem livre, direção hidráulica, GPS e combustível, saiu por R$ 204,00, considerando que não dependemos dos horários dos ônibus, tivemos mais conforto e ainda dispensamos o traslado para o aeroporto (a entrega seria lá mesmo) que era de R$ 90,00, economizamos foi muito.

Outra barganha foi com nosso almoço à beira mar. Por ser afastada a praia de Sauípe, os restaurantes locais são meio carinhos, daí, mais uma vez entrou nosso poder de barganha, os pratos principais que nos custariam R$ 100,00 saiu por R$ 70,00. Creio que a comida estava boa, já que todos comemos e apenas eu passei mal (sei lá, talvez por não estar acostumada a comer tanta comida com tempero forte - rs), mas nada que abalasse meu final de semana.

Por fim voltamos à Barra, tomamos banho, descansamos um pouco (Henrique e Renan ainda ficaram de papo com os gringos que por ali estavam) e, logo de madrugada, nos despedimos de Salvador. Não resisti e para tirar a última foto fomos até o Farol.

Uma das minhas diversões ao sobrevoar a chegada em SSA sempre é identificar do alto o Farol da Barra


É SSA... até breve.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

"I have a dream..."

Hoje faz 50 anos que Martin Luther King Jr fez seu histórico discurso sobre a desigualdade racial e direitos humanos. Barack Obama esteve presente no Memorial Lincoln, em Washington, no mesmo local do discurso e, quem diria, meio século depois, um presidente estadunidense negro. Mas o mundo ainda tem muito a aprender com a igualdade.

Um ícone, um ídolo, uma lenda.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Fim de semana em Salvador

As fitinhas do Senhor do Bonfim sempre em destaque


Esta foi a quarta vez que visitei Salvador. Uma viagem que aconteceu graças às promoções de passagens aéreas. Era um sábado em meados de junho quando o Miltinho ligou dizendo que havia comprado bilhetes para ele, a Aninha e o Renan... então, facilmente aliciada, lá fui eu comprar as minhas passagens. Afinal, que grande sacrifício visitar a Bahia!

Ainda chamamos o Henrique. Dos cinco, apenas eu e a Aninha conhecíamos Salvador, assim, procuramos fazer o roteiro bem turístico possível para um único final de semana.

Desembarcamos na madrugada de sexta-feira para sábado e fomos para a Barra, local onde nos hospedamos. Deixamos nossas bagagens e fomos em busca de um lanche "leve", que para mim foi um cheese calabresa - rs. O resultado foi que dormimos por volta das 4h e às 8h estávamos em pé para iniciarmos os passeios.

A Barra foi escolhida por ser bem localizada, com vários ônibus para os outros lados da cidade, além, é claro, do morro de Monte Cristo e do próprio Farol da Barra. O tempo estava chatinho, chovia, parava, chovia, parava, o que se traduzia em andarmos somente quando não tinha chuva.

Na av. Oceânica mesmo pegamos um ônibus (Vista Alegre, R$ 2,80, sendo que no domingo a passagem é cobrada pela metade)  que nos deixou em frente ao Mercado Modelo. Tiramos algumas fotos por fora do mercado, entramos para conferir os suvenires e seus preços, conferimos o cais e mais fotos do Elevador Lacerda. Em seguida pegamos o elevador cuja passagem custa R$ 0,15, que considero caro por dois motivos: muitas pessoas utilizam o elevador mais de uma vez por dia e, por sermos turistas, sempre, invariavelmente, os cobradores se fingem de mortos para não nos dar o troco, daí, o jeito é travar a fila até o cobrador se convencer que não tem jeito.

Olhando assim nem parece que estava chuviscando



A subida é muito rápida, seguindo à esquerda já está o ponto perfeito parar tirar a foto clássica do elevador e do mercado juntinhos. Ali mesmo fica também a prefeitura da cidade, seguindo à esquerda, tem a Igreja da Misericórdia e ao lado a Cruz Caída, onde fica um pequeno museu em homenagem às baianas, com fotos, vestimentas e uma legítima baiana para orientar sobre os trajes e costumes.

Aninha, Henrique, Aydê (legítima baiana), eu, Renan e Miltinho 


Sempre à esquerda chegamos à Praça da Sé - que na volta do passeio, Henrique e Renan resolveram tirar fotos com os capoeiristas - mais adiante o Largo Terreiro de Jesus e, enfim o Pelourinho. Circulamos entre as ruas, admirando a arquitetura, apreciando os museus, e olhando - só olhando - os produtos das lojas. Desta vez o assédio para cima de mim não foi tão grande, e credito isso a dois fatores: o Henrique tem mais cara de turista do que eu e o Renan se confunde com os baianos nativos, assim, as pessoas pensavam antes de se aproximar querendo que eu levasse algum produto ou tirasse alguma foto com elas.

A arquitetura e o colorido inconfundível dos casarões do Pelourinho sempre encantadoras


Coube todo mundo no enquadramento, estrelinha para mim!


Acho que estou aperfeiçoando a minha técnica "estica o braço e tira a foto", adquirida ao longo de anos viajando sozinha que, sem muitas opções para registrar o momento, sempre fez parte do roteiro. Quem me chamou a atenção foi a Millie, que um dia foi muito enfática ao elogiar minha destreza fotográfica. Bem, o fato é que, agora, na era digital, e viajando em grupo, estou treinando a nova pose.

Resolvemos almoçar em um restaurante por quilo próximo ao Mercado Modelo. Comida muito boa e barata. E então resolvemos arriscar o pôr do sol no Solar do Unhão. Digo arriscar porque já não chuviscava, mas o céu estava muito nublado. Como este era um dos pontos turísticos que ainda não conhecia fiz questão de ir mesmo assim. O local é um minicomplexo cultural, que abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia, uma igreja, café, restaurante e um espaço ao ar livre para eventos, naquela noite de sábado era uma apresentação de jazz.

Confesso ter sido persistente para conseguir a imagem


O próximo ponto seria terminar o dia comendo um tradicional acarajé. Havia duas opções: a barraca da Cira (no Largo da Mariquita) e a barraca da Dinha (no Largo de Santana), ambas no Rio Vermelho. A escolha foi decidida pela desatenção do garçom da primeira barraca que nos impediu de juntar duas mesas, ok, fomos para a Dinha. O que foi muito bom, já que ali é o mesmo local há a linda homenagem ao baiano Jorge Amado, que em minha opinião, é o escritor que melhor representa a cultura baiana e que morou naquele bairro durante muitos anos.

Um acarajé de "grife", tudo que precisava para encerrar o dia

Eu, Jorge, Zélia e Fadul, o cachorrinho de estimação do casal
Eu ia escrever sobre o fim de semana, mas acho que o domingo merece um post só pra ele.