terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Cidade triangulada: bem vindos à Belo Horizonte!

Encantada em um dos"portais" do Festival Gentileza, na Praça da Liberdade

Bateu uma curiosidade, acho que vou dar uma pesquisada em como foi formado o urbanismo a disposição da cidade de Belo Horizonte... pois a cidade é triangulada, será que foi criada no intuito de homenagear a bandeira do Estado?

A Cláudia foi quem chamou a atenção:

- Meu pai disse que teve muita dificuldade em dirigir aqui, anos atrás quando veio trazer minha irmã para um tratamento, pois as ruas não formam quarteirões e sim triângulos! Se você se perde, dirigindo, é difícil retornar.

....

Acordei em Ouro Preto já sabendo que deveria pegar o ônibus bem cedo para a capital mineira, mas acordei mal (não, não foram as caipirinhas que tomei na noite anterior para me despedir de Ouro Preto) com dor de barriga e fiquei com um pouco de receio de pegar a estrada daquele jeito. Comi coisas leves, dei mais um tempinho, e embarquei no ônibus das 10h. A Cláudia tinha enviado mensagens dizendo que já tinha desembarcado no aeroporto de Confins.

Em companhia de Otto Lara Resende, Fernando Sabino,
 Paulo Mendes Campos e Hélio Pellegrino
Correu tudo bem no trajeto aproximado de duas horas de viagem até a Capital. Da rodoviária peguei um táxi para o hotel, fiz o check in e fui encontrar com minha amiga que não via há anos!!! Conversamos rapidamente e saímos para aproveitar o que a cidade poderia nos oferecer naquele pouco tempo que ficaríamos por ali, somente aquele dia, pois no dia seguinte seria todo dedicado à Inhotim.

Hospedadas na Afonso Penna, um hotel bem localizado, decidimos ir à pé até a praça da Liberdade. Um pouco antes, nos demos conta que estávamos em frente à Biblioteca Pública Luiz Bessa. Óbvio que registramos o momento.

A Praça da Liberdade é bem conhecida e cultural. Já tinha essa referência quando comuniquei minha amiga Lea, mineirinha da gema que disse ser imperdível a praça, além da feirinha hippie, aos domingos. Bem, era sexta-feira e havia o Festival Gentileza, com várias expressões artísticas, como painel para que os transeuntes pudessem escrever "Antes de eu morrer eu..." e colocavam seus votos e desejos, mas a que me impressionou mesmo foram as cortinas de "fetilhões" do Senhor do Bonfim, que havia, na verdade, mensagens de paz, amor e amizade. Como uma ideia tão simples pode ser tão tocante??? Fiquei encantada.

Não deu tempo de entrar para conhecer o interior da igreja,
mas registrei a visita externa
Depois fomos ao posto de atendimento ao turista, ali mesmo, na praça, buscar mais informações sobre onde "turistar" em tão pouco tempo. Só no praça, são três museus que circundam e escolhemos o Espaço da Ciência da UFMG, um espaço imperdível, com exposições que não se limitam à parte astronômica, contando sobre história natural, por exemplo. O que mais chamou nosso interesse foi a que explorava cultura e religião. Não chegamos a assistir ao filme do planetário, mas tudo bem, pois tínhamos planos outdoor para desenvolver - rs.

Cláudia e eu no Xapuri
Chamamos o Uber e fomos fazer nosso city tour em BH: lagoa da Pampulha, Catedral e final do dia no badaladíssimo restaurante Xapuri.


Os jardins são muito bem cuidados e rodeiam as obras de Oscar Niemeyer, como já disse antes, não morro de amores pela obra dele, mas não tem como negar que têm uma harmonia muito boa. Aliás... desta vez foi quase uma overdose de arquitetura, primeiro na região metropolitana de Jampa e agora em BH. Sim, os passeios culturais nestas minhas férias foram o forte.

Quanto ao Xapuri, bem, o restaurante é muito bonito, bem decorado e no mural estavam fotos de praticamente todo famoso brasileiro. A apresentação do prato estava perfeita, mas não achei tudo aquilo não. Estava boa, não espetacular como se espera de uma boa cozinha mineira.

Após o almojantar, voltamos à praça da Liberdade. Movimentadíssima, com muitas pessoas circulando pelo festival ou simplesmente se exercitando. A noite estava muito gostosa para andar mesmo... enfim, aproveitamos para ver a exposição no Centro Cultural do Banco do Brasil, ali mesmo, na praça. A exposição vista foi a ConCência, da artista Patrícia Piccinini, esculturas no estilo realista com pessoas e mutações genéticas. Foi daquelas experiências instigantes e provocativas, impossível ficar imune de algum sentimento, o meu foi: não curti, apesar de achar bem válida a visitação.

"Belo Horizontes não tem mares, tem bares", foi uma das frases do motorista que nos pegou no Xapuri rumo à região central. Estávamos muito casadas, então, resolvemos abdicar de uma saída para conhecer os tais bares da noite mineira. Assim, saindo do CCBB, fomos andando até o hotel onde nos hospedamos. O saldo do dia foi: adorei meus passeios!!!