quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Parque das Andorinhas e um banho de cachoeira maravilhoso!!!




Pequena queda no Parque das Andorinhas
Sem ter feito planos, acordei e não tinha ideia de como seria meu dia. Assim, sabia que era meu último dia em uma cidade histórica e que teria muitas coisas para fazer, mas não tinha planejado absolutamente nada.

Acordei e fui tomar meu café da manhã sozinha. Peguei o que comer e sentei-me de frente para a janela. A paisagem era bem bucólica, o céu nublado, pássaros cantando, muitas árvores e uma pequena neblina se desfazia... comecei a pensar: já tinha visitado Mariana, conhecido uma mina e algumas igrejas, queria visitar a Igreja Nossa Senhora da Conceição com as obras do Aleijadinho e o Museu da Ciência, mas isso eu poderia fazer à tarde. Decidi ir para a praça, quem sabe conseguiria ter uma ideia.

Desci e logo fui abordada por um rapaz:

Neste ponto eu já estava encantada
 e já teria valido o passeio
- Bom dia! Sou credenciado para fazer passeios turísticos - começou a listar os passeios.
- Olha, tudo o que pode ser feito à pé, visitas aos museus e igrejas por aqui eu faço sozinha. O que você tem a oferecer para longe?
- Podemos fazer o Parque das Andorinhas, as minas, blábláblá...
- Quanto?
- R$ 150,00.
- Muito caro para mim.
- Por R$ 120,00 eu levo. Por menos não dá porque tenho despesas com combustível e para lavar o carro.
- Não tenho verba.
- Por aí, vão te cobrar R$ 180,00 e eu faço por R$ 120,00!
- Eu sei. Mas já estou no final dos meus passeios, não interessa se são R$ 200,00 ou R$ 100,00, eu não tenho verba.
- E o que você vai fazer hoje?
- Ainda não sei, vim para a praça para ter ideias.
Ele pegou um mapa e falou:
- Olhe aqui. É o Parque das Andorinhas. Você sobe esta rua e tem um ponto de ônibus, pegue o Morro de Santana, peça para descer no ponto do parque, tem uma trilha que você irá andar uns 15 minutinhos e você chega lá.
- Obrigada!!!

Nas pedras também há cores
 pintadas para seguir
 o caminho escolhido
Tal como uma criança que acabou de receber o aval dos pais para ir brincar na rua (que coisa mais antiquada, hoje em dia seria ganhar um iphone sem limite de horas para ficar na internet...) saí correndo para o ponto do ônibus. Fiquei empolgada em encarar um trilha, entre tantas igrejas por ali, iria fazer algo um pouco diferente.

Tomei o ônibus e o ponto indicado ficava realmente num morro. Desci e vi a entrada do parque. Deveria ser umas 9h e pouco, olhei a entrada e tinha muito mato. Eu não iria entrar ali sozinha. Atravessei a rua, voltei para o ponto e esperei... em algum momento teria mais turistas querendo fazer a trilha. Não deve ter passado dez minutos quando desceu uma mulher e um rapaz. Atravessaram a rua em direção à entrada do parque, perguntei se iriam fazer a trilha e se eu poderia acompanhá-los. Disseram que sim.

Confesso que esperava encontrar
 várias andorinhas,
 mas acho que estavam tímidas
Quero deixar claro que, apesar de viajar sozinha, nunca é demais tomar alguns cuidados. Assim como não quis encarar a trilha sozinha, não seria louca de ir se fosse um homem sozinho ou um grupo de homens. Acho que o mínimo de precaução não faz mal a ninguém e só fui porque era uma mulher e um rapaz. Rosângela e Vitor, mãe e filho vindos de Natal, também a primeira vez em Ouro Preto e quando comentei sobre minha conversa com o agente de turismo, falaram que foi mais ou menos a mesma coisa com eles.

Não cronometrei, mas acho que a trilha deve ter durado meia hora, e não estávamos andando devagar, não. Primeiro chegamos em um local com muitas pedras por onde corria o rio. Havia até uns cavalos por ali e um homem de olho neles. Andamos até o mirante e lá encontramos um guia que estava tirando fotos de um casal. E foi ele que nos indicou o caminho para uma cachoeira dentro da gruta.

Nós três nos entreolhamos e fomos! Olha, para uma pessoa que não tinha ideia do que fazer no dia quando acordou, eu estava para lá de preparada - rs. Foi pisar na gruta e saquei um biquíni da mochila! Nem eu acreditei que tinha um biquíni na mochila, a canga é de praxe, não vivo sem em qualquer lugar que esteja, mas o biquíni.

Era apenas uma fenda...
... mas havia uma qued
a d'água para a minha alegria!!!

Ahhhhhh.... banho de cachoeira, era tudo o que faltava para brincar minha passagem por Ouro Preto. Amo, amo, amo... lava a alma, saí até mais leve da gruta :-)

Depois do banho, voltamos para a sede do parque e nos informamos sobre mais passeios e trilhas pelo parque. Já estávamos com fome e não teríamos tempo para outros, então, voltamos.





Um quase ataque de um.. o quê?
Amo fazer trilhas e sempre que posso, incluo uma nas férias ou visitação a um novo local. O mais incrível é que todas as vezes que ouvi falar em Ouro Preto, ouvia sobre o carnaval, sobre a história, sobre as minas, mas as pessoas não costumam falar das trilhas.


O retorno até a entrada do parque apesar de parecer mais longo, foi tranquilo. Pessoas que forem à Ouro Preto, não deixem de conhecer este parque.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Fim de tarde em Ouro Preto



Monumento em homenagem à Tiradentes
 e ao fundo o Museu da Inconfidência



Não saí bem na foto, mas o que vale é o registro: I was there!
Por fim, apesar de gostar muito da Mina da Passagem, foi um passeio curto e cheguei em tempo de começar a visitação na cidade de Ouro Preto.

O centro histórico é lotado de igrejas acaba sendo pequeno em espaço territorial, porém as ladeiras de paralelepípedos fazem com que o passeio não seja tão rápido como gostaria. Ok, o esquema foi selecionar as que melhor representasse a minha passagem pela cidade.

A praça central da cidade é a Praça Tiradentes. Conta a nossa história que foi exatamente ali que a cabeça de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, ficou exposta após seu enforcamento. E ali mesmo fica o Museu da Inconfidência, no caso, minha última parada do dia.

Fotografar as ruas de Ouro Preto
 no final de tarde é tudo de bom
O próprio edifício do museu já é um espetáculo. Antiga Casa de Câmara e Cadeia, em estilo renascentista, levou sete décadas para ficar pronto, entre os séculos 18 e 19. É, dá para parar e pensar quanto suor de escravos teve por ali. Quando entrei no museu, tinha exatamente uma hora para a visitação, já que fecha às 18h. Era pouco o tempo, mas eu sabia que no dia seguinte haveria muitas outras coisas a fazer. Comprei minha entrada e comecei o tour. Como na maioria desses museus é proibido fotografar, a primeira providência é guardar os pertences mas, principalmente, o celular.

Carboidrato para aguentar as ladeiras
São dois pisos e várias salas que mostram mobiliário da época, mineração, equipamentos e armas e muitas esculturas. Como a cidade de Congonhas não estava no roteiro desta viagem, onde está um grande acervo das obras de Aleijadinho, eu queria mesmo era conhecer a sala dedicada à ele. E quando entrei, logo dei de cara com uma réplica da escultura do Profeta Daniel, ali, bem pertinho e grandona! Confesso que fiquei emocionada. Imagine, se com uma réplica fiquei daquele jeito, como seria se fosse ao vivo!

Enfim, consegui fazer o trajeto no tempo determinado sem perder a essência do passeio.

Já a caminho do hostel, esta era a paisagem

Fui para um restaurante e comi uma bela batatona recheada e voltei para o hostel muito feliz com o os passeios do meu dia. Morta de cansaço, mas feliz.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Cronologia dos fatos

Como já devem ter percebido, desapeguei-me da cronologia dos fatos e estou vivenciando a liberdade de ter um blog meu, só meu, sem um editor para dizer que deveria acabar as publicações sobre Minas Gerais - rs.

Sim, eu tinha que falar logo sobre o CEU Sagrado porque a visitação estará aberta somente até o dia 30 deste mês. Então, ok, vou voltar a falar sobre meu passeio por Minas.

Beijos, fui!!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

CEU SAGRADO Santo Daime: 3,5 milhões de luzinhas

Acho que vendo, dá para entender porque o lago foi eleito o meu canto favorito



Sempre tive curiosidade sobre o Santo Daime. Muito por conta de que nos rituais eles oferecem/bebem um certo chá alucinógeno... pois é... vou continuar sem saber direito do que se trata - rs. Por enquanto, apenas visitei o local destinado aos encontros, que está enfeitado para o Natal.

A árvore de Natal
O destino: Centro Espiritual Universal, Sanidade, Gratidão e Doação, ou simplesmente, Céu Sagrado, localizado em Sorocaba (SP). Este ano, a visitação estará aberta ao público até o dia 30 de dezembro, e conta com 3,5 milhões de luzinhas acesas. Um encanto só! A entrada é livre, apenas sugere-se que o visitante leve um quilo de alimento não perecível, que serão doados às instituições de caridade da região.

A propaganda não é modesta: anunciam-se como a "maior decoração de Natal do mundo". Não conheço muitas por aí, mas garanto que vale a visita, pois é uma atração para todos os tipos de pessoas, idades e credos.

Eu queria ter levado minha mãe, mas ela não quis, fui com o Maurício e os pais dele, que também nunca tinham visitado o local e também amaram.

Logo na entrada há "muros" de luzes que indicam por onde seguir, depois começam os jardins por onde se espalham duendes e fadinhas, à esquerda a casa do Papai Noel, seguindo, descendo há uma grande árvore de Natal enfeitada, à direita o palco para as atrações diárias e à esquerda um saguão com lanchonete. Depois é só seguir para o lago, onde ficou a minha decoração preferida.

Tudo tão lindo que fiquei sem palavras! Apenas digo que para quem mora pela região ou deseja passar um final de semana por aqui, é uma atração imperdível, apesar de ter que levar um pouco de paciência na hora de estacionar o carro, pois lota, de verdade.

Para ver


Local: Rua Paulo Varchavtchik, 1805 - Alto da Boa Vista - Sorocaba - SP
Entrada: sugestão de um quilo de alimento
Estacionamento: muita paciência, tem um bolsão que cobra R$ 10, mas tem a rua também, para quem não tem preguiça de andar muito

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Mina da passagem

Na galeria que fica, a temperatura é muito agradável

A primeira vez que li sobre a Mina da Passagem não prestei muita atenção. Vi apenas que as pessoas achavam caro, mas que valeria o passeio. Só de ler a palavra "caro", colocava em dúvida minha real vontade de fazê-lo... mas dizem ser a maior mina aberta para visitação do mundo! Então, vou lá, né.

O passeio ficou para a volta de Mariana. Após almoçar, peguei o ônibus para Ouro Preto e logo que entrei no coletivo, pedi para a cobradora avisar-me quando chegasse o ponto. Não sei se pela empolgação por receber de mim várias moedinhas de R$ 0,05 (coisa rara e a passagem era R$ 3,95), ela simplesmente esqueceu e acabou que ganhei um rolezinho a mais de busão.

Aqui a entrada para a Mina da Passagem

Pelo preço da entrada, deveria ser melhor conservado
Mas é fácil chegar até a mina. Ao descer do ônibus não devo ter caminhado mais do que 100 metros até a sede da fazenda onde compra-se a caríssima entrada de R$ 60,00, tem-se algumas orientações e é só seguir para o local. Achei caro porque é um passeio curto, mas é bem diferente, eu nunca tinha entrado em um mina antes, na verdade nunca nem pensei nesta possibilidade, então, fiquei bem empolgada ao chegar.

Trolley: apertadinho!
Primeiro vi e fotografei alguns instrumentos da época, coisas mal conservadas na verdade, até chegar ao trolley (carrinho dos Sete Anões). Achei bem primitivo e ao sentar fiquei imaginando se naquela época, os trabalhadores eram homens pequenos, afinal, eu tenho 1,74 m e tive dificuldades em acomodar-me. Bem, eu era a única turista naquele momento e o guia chegou e apresentou-se. Logo começou a descida de 320 metros de extensão para chegar às galerias que ficam a 120 metros da superfície. Confesso que o curto trajeto foi menos incômodo do que imaginei ao sentar no carrinho e realmente é muito, muito interessante. Não teve como não lembrar da infância, quando ia na Montanha Encantada, no Playcenter.

Início da descida
Lá embaixo, a temperatura é muito agradável, ainda mais que no mundo lá fora estava calor e abafado. O guia começou a contar sobre a história da mina que foi fundada no século 18, da sua importância para o desenvolvimento da região, dos trabalhadores que ao todo, retiraram aproximadamente 35 toneladas de ouro, desde o tempo dos escravos até aos agraciados com a carteira assinada, em suas últimas décadas de atividade.

Diferente de estar em uma caverna ou gruta, na minha não há nenhum tipo de vida animal ou vegetal, nem uma formiguinha sequer, devido às substâncias minerais... e por aí, dá para imaginar o quanto insalubre era o tipo de trabalho ali explorado.

Ali também há um lago, onde mergulhadores profissionais e amadores podem praticar a atividade, claro, que obviamente depois de assinar um termo de ciência de periculosidade. E sei que se me enquadrasse em uma dessas categorias, não deixaria a oportunidade do mergulho passar.

Entre uma explicação e outra, o guia ia incutindo na conversa algumas expressões populares muito conhecidas por nós e que, ele garante ter nascido em minas como aquelas. Verdade, lenda ou não, achei-as bem curiosas. Vamos às expressões:

- Nos primórdios da exploração da mina, era normal os trabalhadores em seus raros momento de descanso ter que abrir o caminho empilhando pedras, nascia o "descansar carregando pedras".

- Uma das maiores ambições de um escravo de mina era conseguir um dia sua alforria. Como conheciam bem o trabalho, davam um jeito de conseguir um pouco de ouro escondendo nos cabelos e posteriormente nos pelos dos animais de carga (burros e éguas) entre lama, Já na fazenda, à noite, iam "lavar a égua", para pegar o seu precioso ouro.

- Após juntar o ouro suficiente para comprar a tão sonhada alforria, entregavam o ouro para o vigário, a pessoa que confiavam para fazer os trâmites legais e... caiam no conto do vigário, já que este mesmo, só embolsava o ouro.

Gostei demais do passeio, pois era algo que nunca tinha visto na vida. Recomendo.





sábado, 3 de dezembro de 2016

#Força Chape: o que tenho a dizer

Hoje, 3 dezembro, 12h15. Eu iria começar a escrever sobre a Minha da Passagem, depois Ouro Preto... enfim... o que fosse. Mas daí eu vi a imagem da mãe do Danilo, goleiro que morreu no acidente aéreo, consolando o repórter que a consolava. Como não chorar?

Como não chorar ao chegar da academia, ligar a televisão logo de manhãzinha e ter a notícia do acidente? Como não chorar vendo o vídeo do jogador que dias antes tinha acabado de receber a notícia de que seria pai? Como não chorar em saber da história do grupo? Como não chorar quando se viu a homenagem do povo Colombiano à pequena equipe do Chapecoense? Como não chorar em ver a solidariedade de tantas pessoas anônimas neste momento: clubes maiores disponibilizando jogadores, pessoas comuns se associando ao clube para dar uma força financeira... e agora essa senhora...

Na televisão está passando o cortejo dos corpos ao estádio, Arena Condá, onde será o velório coletivo. Chove na cidade de Chapecó. Como não lembrar que neste ano meu pai também se foi, em uma noite muito chuvosa.

Fico triste pelo fato do acidente, dos jogadores, da tripulação e principalmente pelo pessoal da imprensa, porque eu, como jornalista, sinto-me abalada. Mas da mesma forma tenho uma esperança muito grande dentro de mim, que de que ainda existe solidariedade e amor ao próximo. Ainda não dá para desacreditar na humanidade. Não neste momento.

#Força Chape!

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Mariana em meio período


Igreja de São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo,
 entre eles, o emblemático pelourinho
As palmeiras dão boas vindas
 ao seminário

Costumo dizer que há passeios que devem ser feitos "agora", e o agora significa que tenho muita boa disposição física para andar, perambular... vou deixar aqueles passeios que não exijam tanto para mais tarde. E, devido aos morros, ao sobe e desce, para mim, aquele pedacinho de Minas Gerais deveria ser "agora"! Seriam poucos dias, na verdade, dois inteiros, pois cheguei na terça-feira à noite e partiria na sexta-feira pela manhã. Assim, era importante que eu fizesse passeios que representassem bem a região.

É difícil simplesmente ignorar o fato de que ali, há um ano, houve o que já é considerada a maior tragédia ambiental do País. E conversando com os moradores é que sentimos a dimensão do que foi e do rastro que ficou na vida dessas pessoas. Sim, estou falando de Mariana... e lá estava eu, querendo apenas fazer os passeios que qualquer turista deseja: conhecer um pouco mais de história através de suas ruas e ruelas de paralelepípedos que sempre levam a alguma igreja.

O trajeto de onde estava hospedada é muito simples, pega-se o ônibus em Ouro Preto e em 30 minutos se está de um centro ao outro. Desci em uma pracinha central, pedi informações sobre aonde conseguir um mapa e fui direto à Secretaria de Cultura e turismo.

Então... ladeira, né?
Gostei bastante. Primeiro eles colocam um vídeo de cinco minutos que apresenta a cidade e o roteiro turístico. Em seguida dão-lhe um mapinha e as orientações. Ou seja, nem precisa de guia.

Tal como Ouro Preto, são muitas, muitas igrejas mesmo, e para não confundir achei importante selecionar apenas algumas para visitação. Este centro histórico se resume basicamente em duas ruas paralelas, a rua Frei Durão que se transforma na rua Dom Viçoso e a outra rua Getúlio Vargas ,e no miolo, várias igrejas.

Saindo da secretaria com o mapa em mãos fui parar em frente ao Seminário Maior São José, com palmeiras lindas, mas não é aberto para visitação; Em seguida subi o morro, ops, a rua rumo à Igreja São Pedro dos Clérigos. Achei melhor começar pelo alto enquanto era cedo e o sol não estava à pino (quem diria, e eu quase deixei de ir à Minas pensando nas chuvas profetizadas na previsão do tempo).



É linda a vista do topo da igreja,apesar do ranger da escada 


Por R$ 2, dá para visitar a igreja e subir até a torre onde fica o sino. Se fosse à noite, diria que é um passeio meio macabro, pois para chegar ao sino é necessário subir por umas escadinhas estreitas de madeira que rangem em um local quase sem iluminação, que dava a impressão que a qualquer momento poderia quebrar. Mas lá de cima a vista da cidade é bem legal e acho que vale à pena. Para quem quiser desembolsar uns trocados a mais, o que não falta são guias bem na entrada da igreja, oferecendo-se para contar a história local. Prática comum também em Ouro Preto.

Descendo a Getúlio Vargas, bem no meio está o que mais gostei do centro histórico: a Igreja São Francisco de Assis, o Pelourinho, a Casa de Câmara e Cadeia e a Igreja Nossa Senhora do Carmo, Construções antigas e cheias de história.

Fiquei um tempo olhando para aquele pelourinho e perdendo-me nos pensamentos. Fazia muito tempo que tinha visto um pela primeira vez, em Alcântara, no Maranhão. E é estranha a sensação, saber que aquilo é uma lembrança, um símbolo de tanto sofrimento, uma vergonha para a humanidade. Visitei a Casa de Câmara e mais uma vez fiquei imaginando-me naquela época, como as coisas poderiam ser discutidas e resolvidas naquela época, os quadros dos políticos que por ali passaram.
Amei minha manhã em Mariana

Não sei quanto tempo fiquei por ali, desci para o centrinho comercial, comprei um anel de prata lindo e fui almoçar. Minha próxima parada seria a Mina da Passagem, estava empolgada.








sábado, 26 de novembro de 2016

Um dia com o "pé na estrada/rota aérea"

Minha última visita em terras paraibanas


Deixei para comprar as “lembrancinhas” no último dia.  E como seguiria para Belo Horizonte sem voltar para casa, não deu pra comprar muito coisa, mesmo porque eu é que não iria dar uma de camelo com mochila nas costas. Mas confesso que é bem difícil não se render às “coisinhas de casa”... tinha de tudo: guardanapos, tapetes, toalhas... minha extravagância maior ficou por conta do licor de maracujá, que na data em que escrevo este texto, já tem menos da metade – rs.

Observava o fraco movimento,
 enquanto tomava café. em Viracopos
Eu só deixaria o hostel à noite. Então, sem planos, acordei, tomei meu café e fui caminhar pelas praias de Tambaú e Cabo Branco. Fui cumprimentar pela última vez o busto do comandante Tamamdaré, que fica ao lado do Eu Amo Jampa, e na volta, passava do meio-dia, encontrei as irmãs de Bauru. Estavam as três sentadas só curtindo. Elas é que me viram e chamaram. Ficamos conversando um pouco, falei das coisas que tinha feito nos últimos dias, e elas também. No final da tarde já tinha arrumado minhas coisas, tomado banho e estava apenas esperando a hora do jantar que havia combinado com as irmãs. Depois seguiria para o aeroporto, o voo saia de madrugada.

Cheguei ao aeroporto de Viracopos era de manhãzinha, tomei café, peguei o ônibus da Azul para o aeroporto de Congonhas de onde partiria meu voo para Belo Horizonte. O aeroporto fica no município de Confins, e o local faz bem jus ao seu nome... pois como é longe da região central da capital mineira! A sorte é que tem um empresa de ônibus que faz trajetos bem específicos: até o aeroporto da Pampulha (que pelo que entendi não faz esses voos comerciais) para a rodoviária e outros pontos. Excelente opção para quem não quiser gastar uma fortuna com táxi ou Uber, que seja.

Bem, fui direto para a rodoviária e embarquei para Ouro Preto. O hostel que optei foi o Brumas, um antigo colégio de padres que fica muito próximo da rodoviária. Exausta pelo trajeto de Jampa até ali, fiz meu check in, tomei um banho bem tomado, fiz uma sopa de quinoa (sim, depois do Peru, todas as vezes que viajo, sempre levo comigo uma porçãozinha de quinoa), tomei e "desmaiei" na cama.



domingo, 20 de novembro de 2016

Cabedelo a Ilha da Areia Vermelha



No dia em que visitei, a faixa de areia era curta por conta da maré



Tive que mudar de hostel por dois dias. Eu não havia feito a reserva porque achei que iria para o sertão, como não rolou - e eu tive muita esperança até o último momento - quando dei por mim, não havia vagas. Mas foi ótimo. Ficava a uns 15 ou 20 minutos do "meu point", e aproveitei pra conhecer mais gente, entre elas a argentina Maria Laura.


Aproveitei para comprar uma nova saída de praia
No dia reservado para a Ilha de Areia Vermelha (que insisto em falar que é praia) fui com a argentina, descolada ela já sabia perfeitamente como fazer, pegamos o ônibus até Integração Bessa e de lá seguimos para Cabedelo. A saída é da praia de Camboinha, de onde partem os barcos (R$ 30,00), que levam até a ilha. Na verdade um “banco” de areia no meio do mar, que conforme a maré terá maior ou menor extensão para os turistas circularem, então pode variar de 500 a 1500 metros.


Vista do continente
Acho que fui no dia que estava em menos de um 500 metros, mesmo assim é bem interessante ficar no meio do mar e girar 360º em torno de si mesmo e só ver água, de um lado avistando o continente e do outro mar, mar e mar. A água é bem morninha também. Mas a areia não achei lá tão vermelha assim, como é propagado.

Adoro essas "artes" que o mar faz na areia



Creio que quando a maré está bem baixa, alguns ambulantes chegam a levar mesas e cadeira para o local, pois já vi fotos assim, mas como naquele dia de maré mais alta, então, havia alguns barquinhos ao redor se fazendo de bares, vendendo cerveja, refrigerante, drinques... apesar que nas embarcações dos turistas também tinha tudo isso além de algumas coisas para comer.

Depois de umas duas horas, os barcos voltam à praia. Os turistas que optam pelo passeio pelas agências, já seguem para seus ônibus. Nós, como estávamos por nossa própria conta, resolvemos curtir a praia, e acho que foi uma ótima opção, já que é bem simpática e havia vários desenhos na areia

Eu gostei do passeio, principalmente porque a ilha não ficou tão cheia como já ouvi comentários que é comum. E não me lembro de ter visitado um banco de areia no mar, então valeu muito o passeio

sábado, 19 de novembro de 2016

Os hits do momento


Adam lindo de Pokemon - kkkk. Este até eu gostaria de pegar!


Será que ainda se usa esse termo "os hits do momento"? Ando tão desatualizada... bem, hoje resolvi tomar café da manhã vendo clipes, na Mix TV e na MTV. Fazia tempo que isso não acontecia e achei o máximo!!!

A-M-O Maroon 5 e qual não foi a minha surpresa ao assistir o clipe de "Don't want to know", em que eles sacaram a onda da caça a Pokemon Go - rs,... é muito bonitinho... eles sendo perseguidos por aquele monte de gente sem noção... Quase morri de rir!!! Mas eu sugiro ver o clipe completo (o pós-clipe na verdade) em que Adam conversa com Vince Vaughn num bar.

Daí eu vi um clipe da Ludmila que achei engraçadíssimo, embora nem curta a artista, o nome é "Hoje", tive que pesquisar o nome. Ela e umas outras garotas estão em um laboratório tentando criar o homem ideal... qual mulher nunca imaginou isso? Quando pediu fiel e compreensivo... rs... apareceu um cachorro abanando o rabo - kkkk.

Tive o prazer de ver o queridíssimo Bruno Mars. Nossa, falo como se fosse amigo íntimo, mas fazer o quê? Gosto desse artista demais, voz gostosa, um sorriso lindo e dança que é uma beleza.

Já tinha ouvido algumas músicas no estilo reggae, mas não sabia que banda era, Magic... recomendo... adoro esse estilo. Depois vários clipes que apareceram em ambos os canais foram o do Justin Bieber, que pena que faça tanto a linha bad boy... tão bonitinho e talentoso, tomara que seja só um personagem bem produzido.

Até o único hit que gosto do Emicida, "Passarinhos", tive o prazer de assistir. Surpreendeu-me o tema: garotos que se interessam por livros. Muito sensível.

Katy Perry e o fascínio que tem sobre as crianças em "Birthday". Adoro a Katy. Katy, Bruno e Moroon 5 estão no meu coração como a Califa, porque desde a primeira vez que pisei por lá eles sempre estão nas rádios, daqui e de lá. É o que eles querem que ouça? Pois ouço de bom grado :-)

Gente, amei minha manhãzinha... estava precisando mesmo, depois da decepção do meu forno...

domingo, 13 de novembro de 2016

Jampa e alguns pontos históricos

Igreja de São Francisco, bem no central e com muita arte sacra


Arte barroca
Um dos meus maiores medos quando penso em férias é a chuva. Por um motivo muito simples, quando viajo, muito provavelmente irei para um lugar onde nunca estive antes e, daí fica complicado perambular com chuva. Não que eu não vá fazer coisas, mas a chuva limita bastante o roteiro.


Igreja de São Pedro

Lembro-me de quando fui a Fortaleza, fui para Jericoacoara e planejava também visitar a famosa Canoa Quebrada. Como fiquei a maior parte da viagem em Jeri, fiquei com o tempo mais curto em Fortaleza e região e, talvez por um erro estratégico (justamente não ter pensado na possibilidade de chuva forte) deixei Canoa para os últimos dias e justamente no dia reservado, amanheceu chovendo torrencialmente, a própria agência se recusou a fazer o passeio, isso porque estava lotado e, tive que sacrificar o passeio e acabou que não conheci. Para não dizer que perdi o dia, passei o dia perambulando pela cidade e fazendo comprar no mercado central de artesanato.


Vista do rio Sanhauá, um dos personagens da colonização







Isso já faz quase dez anos, mas acho que meio que fiquei traumatizada com esse negócios de chuva nas férias. Mas por que falar tanto de chuva nas férias? Porque uma das coisas que é possível fazer é conhecer a parte histórica da cidade onde estiver. Ok, algumas fotos não serão tiradas, dependendo da intensidade da chuva, alguns lugares não serão acessíveis, mas não tem o que fazer, não adianta se lamentar. Mas sempre haverá museus, para quem gosta de arte sacra, igrejas, centrinhos comerciais e os bons restaurantes.



Porque saber o significado da
bandeira do Estado é preciso
João Pessoa é uma das capitais mais antigas do Brasil (fundada em 5 de agosto de 1585), e deu trabalho para os portugueses, tanto é que tiveram que montar uma estratégia nada convencional para colonizá-la, adentrando por 14 quilômetros para estabelecer-se (U-hu!!! bravos índios!!!),


Por isso, o centro histórico fica meio afastado da praia, então resolvi contratar agência, além do que o Farol do Cabo Branco e a Estação Ciência ficam bem afastados. Um dos meus objetivos era poder fotografar a Estação Ciência Cabo Branco, inaugurada em 2008 e que fica pertíssimo da Ponta do Seixas, o ponto mais oriental das Américas e onde os guias brincam que "se forçarmos a vista veremos a África", e que havia passado em frente quando fui para as praias do sul, realmente achei que o ônibus fosse fazer uma parada para fotos, afinal, era uma obra de Oscar Niemeyer.

Não, não parou, fiquei um pouco irritada com a situação, mas o sol estava muito forte e o calor era tanto que o ar-condicionado do ônibus, convenceu-me a ficar mais tranquila, e não me arrepender de não ter optado por fazer o passeio por conta própria.



Farol do Cabo Branco...
... na ponta mais oriental das Américas

























Recomendo o licor de maracujá 😋

E claro, em se tratando de uma agência de viagens, a última parada fica no Centro de Artesanato (e depois de muito pesquisar, os preços são melhores ali, mas o charme da que fica no calçadão é incomparável!)

E ponto turístico diurno e noturno,
esquina da Tamandaré com Olinda
, como estava hospedada bem perto dali, nem dei bola, meus souvenires seriam comprados apenas no último dia. Mas falando em compras, ali pertinho também tem o mercado de frutas, grãos etc, que achei bem interessante e a poucas quadras tem a Feirinha de Artesanato de Tambaú, em uma esquina e na outra uma pracinha de alimentação com várias lanchonetes, difícil era decidir qual tinha a melhor tapioca!!!


Por último devo pedir desculpas por não ter muitas fotos, mas quando cheguei em casa, tive um probleminha e perdi boa parte delas,,, 😢😢😢












quinta-feira, 10 de novembro de 2016

As praias do sul



Aqui foi no meio do caminho, parada no mirante para ver a
praia de Cacimbinha. Ah... tá que você não ficou com vontade de conhecer...



Ô terrinha que venta!!! Mas é uma delícia!!! Cabelo? Esquece, e é só curtir o que a natureza oferece... banho de mar, vento, ter uma graninha para saborear um peixinho, se der uma camarãozinho... para quem gosta uma cervejinha (no meu caso só entupindo-me de suco de cajá, acerola natural e graviola).

...

Tal qual qualquer outra cidade turística, chovem passeios vendidos pelas agências de viagens. A grande maioria dá para fazer por conta, seja com um grupo que resolve alugar um carro ou indo de ônibus urbano, pois há a "integração", terminais onde é possível cruzar a cidade comprando apenas uma passagem ao custo de R$ 3,00. Já para quem quiser um mínimo de comodidade, o melhor é contratar uma agência, mas nunca é demais dar uma pesquisada nos preços e pechinchar.

A placa dispensa a legenda

Escolhi fazer "as praias do sul", passeio que leva os turistas para conhecerem Barra do Gramame, Praia do Amor, Praia de Tambaba (esta dividia em uma parte para quem curte naturalismo) e praia do Coqueirinho. Além disso, os guias fazem paradas estratégicas em mirantes... e assim... do alto podemos ver a beleza natural do nosso litoral. O lado ruim de contratar agências é que todo o tempo é cronometrado (argh), daí se você gosta mais de uma praia, é impedido de ficar mais tempo porque o guia te apressa.

Tambaba, mas do lado recatado

Neste passeio conheci as irmãs de Bauru: Maria, Irma e Márcia. Adorei. Com personalidades diferentes, mas ultradispostas a conhecer o que Jampa oferece à nós turistas. Ora estava papeando com uma, ora com outra. Eu e Irma, sedentas por um camarãozinho - rs... que não foi daquela vez.

Pose para uma das tradicionais fotos na praia do Amor
Não, sei que vocês devem estar curiosos em saber se fui passear na parte nudista. Não, não fui... era pouco tempo, então achei que nem valia à pena. Mas é bom explicar para quem queira um dia dar uma passadinha por lá. Fica um guarda na entrada para anotar quem são visitantes e as regrinhas são: mulher sozinha ou em turma, pode entrar, homem sozinho ou grupos de homens não, homens só entram acompanhados de mulheres, em proporção igual ou menor do que as companhias femininas.

Aqui foi na Barra do Gramame: rio Gramame
 que se encontra com o mar.
E não, o caranguejo não foi meu almoço ;-)