terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Ilha Grande... lá fui eu!!!

Vista da praia do Abraão


Eu sabia que deveria voltar à Ilha Grande. Estive lá há mais de dez anos, era carnaval e adorei o lugar, o ambiente, os turistas... enfim... o tipo de passeio que mais me agrada, estilo vilarejo, sem carros, pé na areia, terra e pedras...

E não é que deu certo de ter uns dias antes do carnaval deste ano para fazer algo legal. Meio sem grana e com tantos outros projetos rolando, pensei: "Ok, Ilha Grande é o destino da vez".

Após decidir o local, e que ficaria na Vila do Abraão, comecei a fazer as pesquisas sobre hospedagem e passeios. Na verdade a hospedagem já estava tendendo para a Pousada do Holandês, afiliado da HI Hostel, onde me hospedei da primeira vez e que me faz lembrar das tantas outras vezes que viajei sozinha pelo Brasil e no exterior também, sempre procurando as opções da rede. E valeu à pena, a pousada deu uma boa melhorada na infraestrutura sem perder o estilão descontraído.

Um dos chalés, no Holandês

E um mimo bem na minha porta, uma pitangueira carregadinha!


Se da outra vez soube que Ilha Grande é um dos destinos mais procurados por gringos, desta vez fui quase "engolida" por eles. Na minha percepção nada científica, calculei que em toda a ilha - que estava com capacidade quase lotada de turistas - de 60% a 70% eram estrangeiros, já na pousada em que fiquei, acho que eu era a única hóspede brasileira e, claro, me esbaldei com isso - rs.

No primeiro dia, cheguei, fiz o check in, tomei um bom banho e fui almoçar e fazer o "reconhecimento do local", para ter ideia de preços nos passeios e definir como seriam os próximos dias. É importante deixar claro a quem nunca foi à Ilha Grande, que a ilha realmente é grande, e sendo rústica, só tem dois tipos de passeios: trilhas ou de barcos. Por isso, é essencial estar preparado para andar muito e não ter propensão a enjoos no mar.

Estava faminta, e sai do hostel em busca de um restaurante por quilo, encontrei o Bier Garten, Achei o preço justo pelo ambiente e qualidade, pois tratando-se da ilha, são poucas as opções por quilo. Depois fui sondar as agências e, como era de se esperar, lá foi instalado um pequeno cartel: todos os preços são iguais, a única variação fica por conta de se o pagamento for em dinheiro ou cartão de crédito, daí, a diferença ficará de R$ 5 a R$ 10. Não, lá o código do consumidor de nada serve, e se quiser, é assim.

Andando pela Vila do Abraão pude rememorar quando a conheci, as ruelas sem asfalto, a igrejinha dividindo espaço com restaurantes e lojinhas de souvenires. Tomei meu sorvete ao lado do cais e segui para a praia da Areia Preta, fazendo uma breve parada pano museu para ver alguns curiosidades das biodiversidade da ilha e uma pequena exposição de fotografias. Tudo foi muito peculiar, pois há dez anos, o tempo estava fechado e não consegui curtir um final de tarde como aquele.


O centrinho comercial que divide espaço com a igreja... 
... de São Sebastião


Voltei para o Holandês e estava escuro, mas nem foi necessário utilizar lanterna (!?), tomei outro banho e fui para cozinha fazer uma sopa de quinoa na esperança de trocar ideias com outros turistas sobre as opções de passeios e descolar companhia para o dia seguinte.

Não tive muito sucesso para a companhia! Rs.. falta de sorte talvez... as pessoas com quem conversei já tinham seus passeios comprados ou simplesmente iriam embora no dia seguinte. Mas a sopa ficou uma delícia.

Estava cansada da viagem e minha única pausa foi para os banhos e almoço... fui dormir. No café da manhã decidiria o que fazer, já tinha as informações básicas mesmos.