domingo, 12 de agosto de 2012

Resumão pós-Olimpíadas 2012

A grande, e agradável surpresa, no último dia de competições foi a conquista da medalha de bronze por Yane Marques, no pentatlo moderno, uma modalidade que exige muito esforço físico e mental do atleta. Eu já havia visto a Yane dos últimos jogos Pan Americanos, no qual ficou com a prata e torci muito por um bom desempenho. Yane é daquela leva de atletas raçudos que são desconhecidos, ninguém badala e que para conseguir um patrocínio é uma luta maior do que quando se propõe a competir. Mas ela foi lá e brigou até o último segundo, começou a etapa que mesclava os 3.000 metros de corrida e tiros empatada com a lituana, se saiu melhor na primeira rodada de tiros, mas, depois foi ultrapassada pela principal adversária e, em seguida, pela inglesa. Mas, quem viu todas as provas das quais Yane participou, como eu tenho orgulho de dizer que vi, constatou que ela fez o seu melhor e fez muito bem. Parabéns.

Na maratona também não deu, apesar de chegarmos perto, mais especificamente em 5º lugar com Marilson dos Santos, o que como desempenho nos 42.195 metros percorridos, não deve ser desprezado.

Enquanto isso, o vôlei masculino não saiu da prata. Foi duro ver um jogo tão lindo escorrer pelas mãos, mas os russos jogaram melhor e mereceram o ouro, tal qual o México mereceu o ouro ontem no futebol masculino.

Tive orgulho em dizer que, com tantas modalidades esportivas ocorrendo ao mesmo tempo e que nunca tenho a oportunidade de apreciar, não perdi um só minuto vendo jogos de futebol nas duas últimas semanas. Mas, sabe como é, Brasil na final, quem sabe o ouro desencantaria desta vez... e lá fui eu torcer... e logo nos primeiros segundos da partida, o Brasil leva seu primeiro gol. Perdeu, perdeu feio, porque o México jogou melhor e mereceu a medalha de ouro. Sim, somos fregueses do México. Futebol masculino do Brasil, com tanto investimento e badalação: vergonha master!!!

Como amante dos animais sei o quanto é difícil tentar "adestrá-los", junte-se a isso o meu medo de montar em um cavalo e resulta na minha admiração por essas competições. Assisti quase hipnotizada os saltos individuais, foi uma pena os brasileiros não conseguirem nada. Por outro lado, fiquei encantada em ver tanta garbosidade no filho de Baloubet du Rouet - rs -, montado por Doda. O cavalo ainda é novo, quem sabe em 2016 estará no seu auge físico. Ah... e ainda defendo: se adestramento e hipismo são esportes olímpicos, agility dog também deveria ser!!!

No boxe, as primeira lutas assisti ao lado da minha mãe e o diálogo era o seguinte: "Então... quem tá ganhando?, "Hummm... não sei, eles não marcam nada... deveria ser como no judô que eles vão marcando cada golpe.".Foi duro ver as lutas porque, de fato, não gosto de lutas, mas, pelos jogos olímpicos, vale a torcida.

Depois de muitos embates, quando chegou na segunda rodada da Adriana Araujo - e que já garantiria uma medalha de bronze -, passei a observar melhor a estratégia dos atletas. A Adriana procurava se defender e cansar a adversária, para no final soltar o braço, naquele caso, vi foi o cansaço, mas não acabou dando certo. Dias depois, ela perdeu a chance para disputa do ouro, uma pena, pois, mesmo sendo leiga no assunto achei que a Adriana foi bem melhor do que a adversária.

Quando o Esquiva subiu no ringue para tentar ir para a final do boxe, pensei: "vixe... vai ser difícil, é contra um britânico e, se no caso da Adriana o roubo foi descarado, imagine agora". Mas, o garoto não deu mole e já no final do segundo round deu uns pés de ouvido no britânico que ficou meio atordoandinho - rs. Bom, foi para a final e ficou com a prata.

Nas quartas de final do vôlei feminino... deuses... que jogo foi aquele??? Brasil e Rússia, para mim, a vencedora do combate seria a campeã. E foram!!!

Infelizmente, no mesmo dia, Juliana e Larissa, na praia, ficaram apáticas... deu um branco? E o máximo que conseguiram, no dia seguinte, foi o bronze. Ok, mesmo assim, foram bem.

No dia seguinte, eu tinha certeza que seria ouro no vôlei de praia masculino, mas, Emanuel e Mamute caíram diante da dupla alemã. Como telespectadora, fui testemunha, não foi de graça não. Os brasileiros jogaram muito e a medalha de ouro custou caro para seus oponentes.

Olha, nessa de "maratona de torcedora" até prova de BMX eu vi!!!



Técnicos

Normalmente como antagonistas também costumam proporcionar um show à parte... ou decepção.

A Rosecleia, do judô feminino, eu achou um barato. Ela grita, esbraveja, incentiva, só falta pular para o tatame... depois, acolhe com um abraço. Haja garganta!!!

O do basquete feminino (não consigo nem lembrar o nome)... deuses... desanimado, dava até sono quando o via dando instruções às atletas, nos tempos técnicos, aliás, era mais fácil as próprias jogadoras se orientarem.

O gringo que treina a levantadora de peso brasileira, parecia mais um torcedor desvairado do que técnico, chegou a ser engraçado ver as duas reações a cada rodada da atleta.

O Bernardinho, bem... esse tem cara de quem tá chupando limão até quando tudo vai bem. Hoje, ele teve razão.

Agora a medalha de latão foi para o técnico chinês do atleta que ficou com a prata na prova do Arthur Zanetti que saiu espalhando para o mundo que o brasileiro não tinha competência para levar o ouro, que havia politicagem, roubo e sei lá mais o quê. Coitado, não soube reconhecer a superioridade do brasileiro, mas, quanto ao próprio atleta me pareceu mais conformado e educado.

Encerramento

Apresentação lindíssima, com artistas maravilhosos. Foi realmente emocionante, mas, na hora de "passar o bastão" para o Rio de Janeiro, confesso que deu um friozinho na barriga já quando a Bandeira Nacional, durante o Hino (que tinha esperança de ser tocado inteiro, mas não foi), não abriu.

Adorei a entrada do Renato Sorriso e o segurança inglês, mas, aos poucos o friozinho começou a aparecer novamente, quando o som começou a falhar e a apresentação, aos meus olhos, estava muito aquém do show proporcionado pelos britânicos. Daí, acompanhando a cerimônia pela Record News, o Rubens Ewald Filho começa a descer a lenha na coisa e solta o comentário: "Parece show de boate carioca para turistas"..... KKKKKK... foi a melhor síntese.

Mas a coisa é séria. Amo meu país, sou o tipo chata por gostar das coisas certinhas até nas mínimas, pagar impostos, votar conscientemente, nunca furar fila, ser honesta e educada, procurando respeitar as pessoas independente de raça, cor, religião ou escolhas sexuais. Por isso, torço muito por uma bela festa no Rio assim como espero que nesses quatro próximos anos nossos governantes não sejam tão corruptos, invistam em modalidades esportivas que possam nos trazer medalhas como natação, judô, ginástica e, principalmente, atletismo, e não apenas em futebol, que, quando muito poderia trazer apenas duas medalhas. Nem todo brasileiro gosta de futebol e samba, eu, por acaso, gosto, mas a vida é feita de educação, saúde, segurança e, para isso, é preciso investimento honesto daqui para frente.

Que venha 2016.




quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sangue frio

Parabéns Sérgio Sasaki pela 10ª colocação na ginástica. Incrível, estou emocionada.

Acredito que para participar de uma final olímpica deve-se ter muito sangue frio. Sim, sangue frio.

Tem gente que simplesmente critica as amareladas de um ou outro atleta, outras, como eu, fica em dúvida se foi amarelada ou se foi falta de sorte mesmo. De qualquer forma, acho que todo atleta que chega a uma Olimpíada já deveria receber todas as honrarias e, de preferência, uma graninha. Mas, chegar ao topo do pódio, creio que depende muito mais do sangue frio do que simplesmente competência, afinal, se chegou até lá, é porque foi competente sim, participou de diversas competições, treinou, suou, abdicou de várias coisas, teve disciplina, enfim, sofreu. A menos, é claro, que se trate de um Michael Phelps ou Nadia Comãneci, todos os que chegam ao final de uma competição olímpica, tem todos os méritos e condições de conquistar uma medalha.

Agora torço que este rapaz intensifique seus treinos e competições para daqui quatro anos presentear todos os brasileiros com uma medalha.

Muito, muito feliz. Obrigada Sérgio.

Mais sobre Olímpíadas

Tenho acompanhado tudo o que posso, exceto o futebol, prefiro muito mais acompanhar os esportes que nunca oportunidade de ver do que o "mais do mesmo", quem sabe se um dos dois (feminino ou masculino) forem para as finais eu me anime.

No mais, me decepcionei muito com a derrota do basquete feminino contra a França, pois vi um time que só perdeu para ele mesmo, com jogadoras "fominhas". Igualmente triste com a derrota do vôlei feminino contra os States, mas tudo bem o time de lá é bom mesmo. Já as duplas de areia vão muito bem, obrigada.

O judô, que tanto prometia, não conquistou mais nenhuma medalha... mas tudo bem, só de estar lá.

Agora, vou torcer para o Cielo na final dos 100m.