quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Só rindo

Uma das primeiras providências para retomar minha vida normal no Brasil é renovar a minha carteira de motorista. Bem, fui obrigada a estudar uma apostila com o Código de trânsito brasileiro e como não rir ao lembrar que acabei de chegar da Índia!?

Não é que tenhamos o trânsito mais perfeito do mundo. Óbvio que não e, incrivelmente, por lá não vi coisas como moleques em suas bicicletas agarrados na traseira de ônibus como aqui. E é claro que nas cidades mais afastadas do interior do Brasil as motos tb são veículos familiares, mas é que lá, é absurdo mesmo. Daí, lendo a apostila fico imaginando se os indianos se renderiam a tais leis, principalmente em dois pontos.

Por exemplo, aqui o código diz que a buzina só dever ser acionada em breves toques e é proibida das 22h às 6h. Lá, a coisa mais comum é ler na traseira de caminhões e tuc-tucs "please horn"!

Aqui a lei com os motociclistas é bem clara: capacete para piloto e carona; e crianças menores de 7 anos ou incapacitadas de se manterem seguras na garupa, não vão. As informações que tive é que este motorista, em Delhi, está perfeitamente dentro da lei, já que ele como o condutor da moto está de capacete, e é só ignorar o "restante" dos passageiros.



Só rindo mesmo.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Reflexões sobre o McDonald's



Agora que já comi muito arroz, feijão e carne (mas ainda não comi o meu bife à parmegiana de, no mínimo, 700g) passei a refletir sobre o McDonald's.

Nunca entendi direito o fascínio que essa lanchonete desperta nas crianças e adolescentes brasileiros, já que eu mesma nunca achei nada de espetacular, pelo contrário, até meio sem graça. Vamos dizer que uma, no máximo, duas vezes por ano tenho vontade de comer um nº4 (cheddar) e, curiosamente, até pisar na Índia sempre tive vontade de provar um McFish e, todas às vezes que pegava a fila ficava entonando mentalmente: "McFish, McFish, McFish", só que daí chegava minha vez: "Por favor seu pedido?", a resposta era sempre "Nº 4".

Mas o que posso dizer hoje sobre o McDonald's é que ele, literalmente, algumas vezes, salvou minha vida em Delhi. Sim, ao lado do Pizza Hut, quando não aguentava mais de fome e já não conseguia mais ter o que comer (pois mesmo os pratos que me apeteciam, muitas vezes, eram absurdamente apimentados) lá estava o McDonald's.

E acho que isso não foi coisa só minha não, pois, sempre que entrava em uma lanchonete era muito fácil identificar outros estrangeiros e me pegava a pensar mais uma vez: "será que eles têm tido o mesmo sentimento pelo Mc que eu ultimamente?". Eu não sei a resposta, pois não perguntei a nenhum deles.

O que mais posso dizer sobre o Mc?

- provei o melhor smoothie em Boston. Na verdade me viciei em smoothie wild berry e quando cheguei na Califórnia estranhei porque não era em todas as lojas que ofereciam o produto.
- as batatinhas nos EUA são muito chinfrins.
- as batatinhas na Índia são fritas e depois devem ser jogadas em um balde de sal (acho que é para compensar que não podem fazer isso em um balde de pimenta).
- as batatinhas em Londres não têm sal.

Meta ao longo de 2011: não passar nem em frente a uma lanchonete do Mc - pelo menos não no Brasil - rs.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Uma tarde em Londres



Voos longos me deixam bem cansada já que é impossível dormir, ainda mais no voo de Delhi para Londres, que na poltrona atrás de mim o homem não parava de se movimentar, além de algumas crianças entediadas e chorando muito.

Daí eu tinha uma tarde inteirinha para esperar meu voo para o Brasil. Solução? Dar um rolê pela cidade. Passei pela imigração e fui pegar folhetos sobre atrações turísticas.

As minhas opções eram ônibus e metrô. Até tive vontade de pegar um daqueles ônibus de dois andares tão típicos da cidade, mas achei mais prático e seguro o metrô, já que saí do terminal aéreo e não correria o risco de não saber voltar na hora marcada. Comprei um Day pass por £ 8 (que achei caríssimo) e depois de analisar bem minhas atrações turísticas fui para o Piccadilly Circus, tão famoso.

Ótima escolha. Primeiro fui andando pelo bairro até encontrar um Mc Donald’s. Havia muitas opções de comida, mas além de tudo ser muito caro por ser em Libra não quis arriscar comer algo diferente e passar mal no finalzinho da minha viagem.

Eu quis comprar um imã para minha geladeira (meu souvenir oficial), mas como não tinha trocado dinheiro por Libras e não consegui lojas que aceitacem cartão de crédito para pagar £ 0,99, fiquei sem.

Fotografei tudo que via pela frente, ruas, carros antigos, ônibus, barco anfíbio de turismo e, no final do passeio, contabilizei mais alguns pontos turísticos para meu currículo cultural:

Estátua de Eros, em Picadilly Circus, ao lado do metrô.



National Gallery que abriga mais de 2300 obras, entre as quais assinaturas de gênios como Leonardo da Vinci, Renoir, Monet, Van Gogh e Picasso.



Nelson’s Columm – onde tomei coragem e subi em um dos quatro leões que cercam o monumento (coisa feia, eu sei... mas a criança que existe em mim não resistiu à tentação). Deu tempo até de ganhar um convite para uma bebida à noite, do moço que tirou minhas fotos ali – rs.





Admiralty Arch - construção de 1912 foi a homenagem do Rei Eduardo VII à sua falecida mãe, Rainha Vitória. Ironia, ele mesmo morreu antes da finalização do prédio.



Horse Guards - onde os cavalinhos reais ficam.



(Big Ben) Westminster Palace, Westminster Abbey e Tower Clock - considerado um sítio é o local onde são realizadas as coroações de reis e rainhas além de terem sido enterrados mais de 3000 pessoas, entre elas, Isaac Newton! Também é onde fica instalado o Big Ben (que na verdade é o sino e não o relógio) na torre do relógio.



Rio Tâmisa, um pedacinho é verdade, mas eu vi!!!



Foram pouquíssimas horas naquele pedacinho de Londres. Mas adorei a atmosfera da cidade que, certamente, um dia, farei uma visita decente.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Animais que vi pela Índia

Quem me conhece sabe que costumo observar muito o comportamento dos animais (não só dos humanos) e, normalmente, quando viajo costumo fotografar muitos vira-latas, porém, desta vez resolvi ampliar meus horizontes - rs. Confiram:

Cachorros - por aqui todo mundo fica muito cansado com tanto calor e poeira, que o diga essa vira-lata que dorme em plena luz do dia, em Jaipur, com a língua para fora. Cada um do seu jeito!!!



Nunca gostei muito de macacos, mas, em Jaipur e Agra, eles estão por todos os lugares.



Cavalo que nasce branco na Índia tem destino certo para trabalho: casamento. Quando o bichinho fica garboso é enfeitado e vai puxar carroça pra noivo.



Se em San Diego eu fiquei surpresa com a “praia só para cachorros”, em Goa, as vacas não são importunadas quando querem descansar à beira-mar (tensão quando penso na higiene). Tem vaca que me surpreendeu subindo a escadaria, depois de relaxar na praia. Nas cidades, a maioria circula livremente pelas ruas enquanto outras têm dono. Mesmo as que estão pelas ruas sem destino sempre encontram alguém para alimentá-las.







Confesso que em Delhi, Agra e Jaipur vi mais búfalos do que vacas pelas ruas. Talvez porque seja muito comum o leite desses animais, então, a criação seja mais organizada.



Óbvio que não poderia de deixar de fotografar o encantador de serpente. Preço: Rs 5 pelas fotos.






E o que dizer dos simpáticos camelos??? Tão fofos e enfeitados, prontos para um passeio.



Já os elefantes foi bem difícil encontrar. Mesmo nos locais turísticos que indicavam elefantes não consegui ver. Só na estrada consegui chegar perto de um.



Carneiro. Este encontrei na entrada da praia em Calangute, deliciando um milho. Acho que ele mora por ali, já que eu o encontrei todos os dias que fui à tal praia, só não tive coragem de passar a mão nele.





Até que ele é simpático... não é?

Lotus Temple, Red Fort (Delhi) e Qutab Minar



Meus últimos dias em Nova Delhi foram dedicados a percorrer ruas comerciais (só para conhecer mesmo, porque a verba já estava no final) e outros três pontos turísticos:

Templo Lótus – como o próprio nome diz é uma linda construção em formato de uma flor de lótus, com nove lados. Considerada a Casa de Adoração Bahá’í é um dos sete templos construídos pelo mundo sob este título, os outros ficam em Wilmette-EUA, Kampala-Uganda, Sidney-Austrália, Frankfurt-Alemanha, Cidade do Panamá- Panamá e Apia-Samoa.

Fort Vermelho – construído em 1648, lembra muito o Red Fort de Agra, e abriga um museu em memória a Mahatma Gandhi. Na parte frontal tem um espaço que funciona como um palanque para os anúncios oficiais.



Qutab Minar (pilar de ferro) – o lindo minarete (torre comum às mesquitas mulçumanas) está localizado em um complexo de ruínas que conta mais de mil anos de história, com colunas detalhadíssimas e portais. Preço: Rs 200 (R$ 7,36) para estrangeiros e Rs 20 (R$ 0,73) para indianos. Só lamento ter visitado ao anoitecer, pois é um local muito lindo e não consegui as fotos que desejava.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

I'm not Tata Birla



O jeito de negociar na Índia é muito peculiar. Tudo tem que ser barganhado. Tudo mesmo, de um jeito até irritante.

Quando vou pegar um tuc-tuc tenho que calcular a distância e colocar um valor na cabeça, por exemplo, vou pagar Rs 30. Daí o esquema é ir próximo ao aglomerado de tuc-tuc como se não quisesse nada, logo eles começam a oferecer o serviço, você pergunta quanto custa ir a tal lugar e o motorista diz Rs 60, você faz cara feia, acena que não e outros três vêm sobre você e começa o leilão: Rs 50, Rs 45, Rs 40 – você continua andando - e se ninguém diz os Rs 30, sempre tem alguém que pergunta quanto quer pagar, daí você diz os Rs 30, ele aceita e é só embarcar. Com as carrocinhas de bicicleta é exatamente do mesmo jeito, sendo que às vezes bicicleta e tuc-tuc disputam o mesmo cliente.

Com outras mercadorias como roupas, bolsas e souvenirs em geral, a barganha é bem parecida com a técnica dos tuc-tucs. Só que você negocia com apenas um comerciante, mas quase sempre a mercadoria sai pela metade do primeiro preço sugerido. Mas para dar certo é preciso realmente se interessar por uma mercadoria específica, não adianta querer colocar três mercadorias parecidas na negociação, não, tem que ser apenas uma para ter um preço bom.

Na maioria das lojas de tecidos você deixa os sapatos na porta e entra, daí tem um banquinho de frente para as prateleiras e, entre o banquinho e as prateleiras, um acolchoado branco por onde o vendedor vai circular e abrir os tecidos para mostrá-los. A barganha existe e, no passado, em certas lojas, chegava a ser ofensivo não negociar, pois o comerciante levaria a não barganha como seu produto desvalorizado. Acho que isso está bem lá no passado pois ainda não vi só um vendedor que não fique feliz se o freguês aceitar o preço mais alto proposto.





Aliás, adquiri outra técnica para comprar: passo em frente da loja, dou uma olhadinha de leve no que me interessa e depois peço para algum indiano que me acompanha para ir comprar o que quero. O preço é bem diferente, eu garanto.

Quando o turista é identificado como um prospect a liberar rupias, os guias despencam em você no mesmo estilo de leilão oferecendo os passeios. Eu já estava até acostumada com isso, mas em Goa, acreditem, eu fui abordada em pleno movimento sobre a moto, o guia chegou em outra moto oferecendo o passeio!!!!



Todo indiano olha para o turista como uma fonte de dinheiro, por isso, eles são insistentes e quando você quiser terminar o papo dos altos preços de um jeito mais bem-humorado é simples: no auge da negociação diga com ar indignado "Do you think that I'm Tata Birla!?". Seria o equivalente a você dizer a um vendedor brasileiro "Você pensa que eu sou o Abílio Diniz ou o Antonio Ermírio de Moraes!?" ou qualquer empresário reconhecidamente muito rico, já que a família Tata Birla é popularíssima na Índia pelo grupo empresarial. No mínimo você irá arrancar uma cara espantada do vendedor.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Casamento indiano



Conheço uma meia dúzia de pessoas que nem sei o que daria para participar, conferir de perto um casamento indiano. E eu estou aqui people!!!

Teve noivo chegando no cavalinho, casal no altar recebendo bênçãos, docinhos e jogos dos convidados e religiosos e, para todos mais comida, bebida e música. Mas... sinceramente, gostei mais das festas que antecederam este dia, pois como são em lugares mais reservados, achei, de longe, mais animadas. Nesse tipo de festa acaba proporcionando o surgimento de "panelinhas" e para os noivos resta passar a noite inteira no altar... deve ser muito cansativo.



Para mim, a coisa mais interessante foi que, finalmente, pude vestir meu sári, já que a ocasião pede algo mais “formal”. Sim, meu lindo maharani sári de Jaipur foi comprado especialmente para esta festa. Tudo bem que demorei para escolher – são tantas lojas e opções que a gente fica até zonza – já que queria algo “básico”, bonito, simples, mas com seu charme e um pouco de brilho. Comprei a peça em Jaipur e, entre tantas cores lindas escolhi o vermelho por ser a típica da região do Rajastão. Liinnnndo!!!

Porém, não é só comprar o pedação de pano (seis metros que é o padrão), tem que comprar um saiote horroroso na mesma cor do sári, e mandar fazer a blusinha. Depois, na hora de vestir o saiote é amarrado bem forte para que o sári seja devidamente acomodado (nessa hora me senti como um produto sendo embrulhado para presente) e a blusa, que, quando provei a primeira vez quase não consegui respirar de tão apertada – depois eu soube que tinha vestido ao contrário, falta do hábito - rs. O toque final é jogar a parte solta sobre o ombro, que também será fixada com um broche ou alfinete. Enfim, para uma pessoa leiga na vestimenta, seria muito bom um manual, pois, sozinha, acho que jamais vou conseguir vestir meu lindo sári outra vez.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Caí na pista...




...indiana.

De volta à Delhi fui desta vez ao Surajkund, uma festa às vésperas do casamento indiano. É como se fosse uma despedida de solteiro dos noivos e os convidados são basicamente familiares.

Tal qual a outra festa tinha muita comida, bebida e dancinha indiana... rs... e desta vez fui literalmente arrastada para dançar. Gente... me senti como se fosse uma alemã tentando dançar samba. Que mico!!! Mas valeu à pena, pois me diverti muito.

Nesta festa os familiares dos noivos ganham presentes dos noivos. Sim, todos os tios e tias ganharam um cobertor lindo. Outra coisa interessante que vi foi que quando os homens estão dançando começam a jogar dinheiro (de todos os valores) e tem um “pobre” que foi autorizado a entrar na festa e fica à beira catando cada nota. Eles dizem que este gesto é para dizer que o dinheiro não significa muita coisa (sei...).



O jantar é servido (a única coisa que não estava muuiiito apimentada era um tipo de yakisoba e o sorvete!!! E no final os noivos vão de novo para o palanque receber doces das mulheres da família – para adoçar a vida do novo casal.



E amanhã rumo ao casório.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Último dia em Goa



E minha estadia em Goa chegou ao final. Vou sentir saudade, pois confesso que não esperava me divertir tanto. Então, no último dia, fui para Coco Beach para pegar um barco e tentar avistar golfinhos em alto mar... bom... pela animação que vi dos turistas que estavam na minha pequena embarcação deve ter sido o máximo para eles. Para mim... bem, foi um passeio de barco que de vez em quando via uma barbatana ao longe. Acho que eles precisam de ir para Fernando de Noronha para saber o que é ver golfinhos de verdade.





Depois fiz um repeteco do pára-quedas no mar. Apenas Rs 150 (R$ 5,48), e valeu a pena, já que no Brasil seria impossível fazer isso a este preço.

Em seguida, correria para comprar uma lembrancinha, tomar banho – tive que aproveitar para lavar a cabeça, já que na kit tem chuveiro – e pegar o táxi até o aeroporto. Não deu nem tempo de almojantar, o que me deixou realmente triste, pensando no meu King prawns with garlic souce... aí que saudade!!!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Panaji e Goa velha



Panaji é a capital de Goa. Cidade com aquela confusão toda que já bem conheço de Delhi. Mas não dá para dizer que “conheci” Panaji, apenas “passei”, pois o objetivo era conhecer um pouco de Goa Velha, que já foi uma das cidades mais importantes do mundo, depois esquecida e, hoje, é patrimônio histórico da humanidade, e guarda muitos resquícios dos português que por ali aportaram nos idos de 1510.

A scooter é um bom meio de transporte, mas na estrada é bem mais perigoso porque não tem potência, mesmo assim, posso dizer que foi um prazer passear pelas estradinhas até chegar à Goa Velha. Sinceramente, o trajeto me lembrou muito o Brasil, as casinhas, os coqueiros...

Como tinha apenas meio dia para conferir Goa Velha, me concentrei no que foi possível: o Museu Arqueológico, construído em 1510, que na verdade um antigo convento centro do prédio principal, no pátio, é um cemitério, daqueles bem comuns para a época (se a pessoa era muito rica e importante teria sua lápide no chão com brasão e inscrições) e ruínas expostas no jardim, além de um acervo normal de um museu.





Depois, era só atravessar a rua para conferir a Basílica de Bom Jesus onde ficam os restos mortais de São Francisco Xavier. Foi um passeio muito rápido, mas muito bom culturalmente falando.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Comer, beber e passear




Como disse antes, tinha muita esperança de encontrar comida portuguesa mais ao meu paladar em Goa. Engano meu. Em compensação fui agraciada por deliciosos pratos com peixe, muitos peixes.

O meu prato predileto foi o King prawns with garlic sauce (camarões ao molho de alho). Deuses, foi um dos melhores pratos que comi na minha vida. Surpreendentemente, quando perguntei ao garçom se era uma especialidade de Goa, ele respondeu que o molho era chinês. Eu preciso de encontrar isso no Brasil.

Mas enfim, finalmente comi muito, deliciosamente, até não agüentar mais. E bebi muito suco natural também – os morangos daqui são deliciosos – e até mesmo do vinho local, não é grande coisa, mas foi bom para comemorar meu aniversário.



Outra boa herança portuguesa que notei foram os doces, todos muito bons. Infelizmente não encontrei padarias com aquela variedade imensa de pães... mas... já me dei por muito satisfeita com sea food.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Moto: veículo de transporte oficial do turista em Goa



Mesmo quase tendo um ataque do coração todas as vezes em que penso no trânsito absurdo que existe na Índia, em Goa, o meio de transporte mais indicado aos turistas é a moto. Há de todos os tipos, mas as mais comuns são as do modelo scooter (no estilo “vespinha”) que aluguei por Rs 200 (R$ 7,32) por dia, mais uma vez muito bem negociado já que a maioria paga por aqui Rs 300 (R$ 10,98) por dia.

O combustível também é vendido de modo bem peculiar: em garrafas de água (1 litro), que podem ser compradas em qualquer barraquinha e cujo preço varia de Rs 70 (R$ 2,56) a Rs 80 (R$ 2,93), sendo que no posto é vendido por Rs 60 (R$ 2,20). O difícil é achar o posto de gasolina. A moto roda 40 quilômetros por litro, uma bagatela pois há muitas praias a serem visitadas, isso sem contar nos pontos históricos como os fortes e igrejas.



Os tuc-tucs me chamaram a atenção porque têm portas. Confesso que não entendi direito a razão, já que a poeira (com bem menos poluição que em Delhi ou Jaipur).

Esportes radicais em Goa




Você nem bem estaciona a moto próxima à praia e os guias aparecem, só que desta vez, quando um chega, o outro fica observando de longe e só se atreve a chegar perto se o primeiro foi embora.

Em Calangute, onde estou, são oferecidos os seguintes esportes “radicais”: jet sky, banana, bóia puxada pelo barquinho e pára-quedas puxado pela lancha. Preço inicial Rs 750 (R$ 27,45) por cabeça... eu paguei Rs 400 (R$ 14,64). Baratíssimo se for comparar com o que vejo pelo Brasil, mas o trajeto dura poucos minutos, só para dizer mesmo que fez.

Mas a denominação "radical" vem mais da falta de segurança que é a mínima, só o colete e olhe lá, as lanchas e jets passam muito próximos dos banhistas. Só na hora do pára-quedas que enrustidadamente alguém chega com um papel para assinar – que deve ser o tal termo de responsabilidade que odeio assinar quando vou para algum esporte radical. Mas é só colocar o nome e tá tudo certo. Depois é só aproveitar minutinhos de pura adrenalina.