domingo, 25 de dezembro de 2011

Desejos natalinos

Acabei de ver o FB uma postagem da Luciana refletindo sobre os "desejos natalinos", observando que as pessoas costumam pedir à Deus paz, amor, saúde, dinheiro, mas, não seria mais interessante as pessoas se tornarem mais solidárias e gentis? Questionou e sugeriu ao mesmo tempo.

Eu concordo com esse pensamento da Luciana, mas, vou além.

Admiro pessoas solidárias, altruístas, voluntárias etc, mas, todos sabemos que, de coração, poucas pessoas são assim, ou ao menos, tentam ser assim.

Sinto que algumas pessoas, por exemplo, fazem trabalhos voluntários, só para colocarem um item no currículo ou "para não ficarem de fora". Como no caso das "listas" que sempre ocorrem em empresas: "lista para casamento", "lista para o bebê", "lista para a casa nova" e, coitado daquele que, mesmo sem trabalhar no departamento da pessoa beneficiada ou conhecê-la direito ou até nem ir com cara, não participar, leva a fama de chato, egoísta, muquirana ou antipático.

Claro que participando, mesmo que "empurrado", de algum trabalho voluntário, a pessoa tem a chance de se envolver realmente com a questão, mas, o que vejo por aí, não é bem assim.

Mas voltando aos desejos natalinos, acredito que se a pessoa não é nem do tipo solidária, poderia ao menos ter o mínimo de cidadania. Sabe aquela coisa de respeito ao próximo, minha liberdade termina quando começa o limite do outro? Regras de boa convivência: respeitar a sinalização, não estacionar em frente à garagem alheia, não furar fila, não cortar pelo acostamento, não jogar sequer uma embalagem de bala na rua?

São coisas tão simples e que não exigem a tal solidariedade, religião específica (ou a falta dela) e nem região onde mora, grupo social de convívio, apenas requer educação e respeito.

Definitivamente, nos meus desejos natalinos constam, lá no topo da lista, que as pessoas tenham cidadania, respeito e educação.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Palmirinha - tem como não gostar?



Não tive avó... bem, é que elas faleceram antes mesmo de eu nascer, então, essa tal referência, não tive.. mas... acho que se tivesse seria alguém no estilo Palmirinha.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Visita de tia: tome cuidado




É natural quando recebemos visitas em casa querermos agradar. A casa é nossa, então, o nosso dever é mostrar hospitalidade.

Sou de família simples e do interior. Daquelas que nas férias de crianças, todos os primos nos reuníamos em uma só casa, brincávamos e aprontávamos o dia todo para, à noite, desmaiarmos lado a lado sobre os colchões espalhados pelos cantos dos quartos ou sala. Sou daquelas famílias que quando chega alguém "legal" e não tendo um "quarto de hóspedes" a gente arruma e oferece a própria cama para a visita, como o lugar de honra da casa a ser oferecido. Mas se a visita for constante, pega o travesseiro e o edredom e dorme no sofá mesmo - rs.

Agora, os primos crescidos, fazendo a maratona com seus filhos, e os pais e tios já na terceira idade.

Outro dia recebi um telefonema dizendo que três desses meus tios do interior viriam me visitar. Não iriam pousar, apenas uma visita. Empolgada logo me encarreguei de preparar a recepção, incluindo bolos, tortas, pão de queijo, refrigerante, café e pães. Seria um café.

Eles chegaram, papeamos, apresentei o apartamento, e montei a mesa. Logo passei a observar que eu não tinha sido sensível o suficiente, que os tempos mudaram e nosso velhos precisam de cuidados especiais. Dos três, os três têm pressão alta e um diabete.

Pensei: "tentando agradar, estou cometendo um verdadeiro atendado à saúde deles, pois ou passarão fome ou passarão mal".

Creio que poucas pessoas, como eu, tenham pensado nisso antes. Da próxima vez que for receber visitas tentarei ser mais cuidadosa, comprando margarina ligth, refrigerante diet, fazendo bolo com produtos dietéticos ou light... quem sabe oferecer uma salada de frutas fresquinhas! Vai ser mais caro e mais difícil, mas acho que irão gostar.

domingo, 30 de outubro de 2011

Eu posso. Eu quero. Eu vou conseguir.

"Eu quero. Eu posso. Eu vou conseguir.", este foi o mantra entoado pela equipe brasileira de ginástica rítmica todas as vezes que pisava no tablado para competir. Resultado? Três ouros.

E outras passagens que ficarão em minha memória.

A agonia de Leonardo de Deus, nos 200m borboleta da natação, ao saber que, após ganhar um ouro, foi desclassificado por usar uma touca de outra competição - isso porque tinha passado pela vistoria. Mas, uma hora depois foi retornado o seu ouro. Parabéns também ao norte-americano que nos momentos de indecisão disse que não aceitaria uma medalha por aquele motivo, gostaria de um ouro sim, mas conquistado na piscina.

O drama do patinador, Marcel Sturmer, que no dia que embarcou para Guadalajara teve seus patins roubados. Mesmo assim, venceu e se tornou tri-campeão na modalidade.

Maurine que fez o gol da vitória sobre o México para colocar a seleção brasileira de futebol feminino na semifinal. Dias antes seu pai, Brasil, havia falecido e ela decidiu ficar na competição para conquistar uma medalha e homenagear o pai, seu maior incentivador no esporte.

A expressão do rosto de Leandro Prates ao vencer os 1.500 metros, no atletismo, por apenas um centésimo a frente do equatoriano, que terminou a prova comemorando (se deu mal).

Também me entedia quando ouço narradores ou comentaristas dizerem que fulano de tal se sacrificou muito, sofreu com lesões, tá cansado porque lutou com oponentes muito fortes o que o desgastou ou coisa parecida para justificar 2º ou 3º lugar. Mas e daí? Lesões, cansaços e fortes oponentes são coisas comuns a todos os atletas que participam da competição, ou seja, não é desculpa para os baixos rendimentos.

Outra coisa que acho injusta - mas aí creio que seja uma convenção do esporte - é a falta de medalha ou um reconhecimento oficial para os técnicos dos atletas, afinal, ninguém faz nada sozinho.

Medalha de Platina para o entusiasmo e simplicidade de Maurren Maggi e Diego Hipólito (que não amarela!!!).

Medalha latão para o pessoal do salto alto do taekwondo e para o futebol masculino.

Adorei o rúgbi

Nunca pensei que um dia fosso dizer isso na vida: adorei o rúgbi!

Acabei de assistir a partida entre Brasil e Uruguai (seleção brasileira de rúgbi perdeu de 7 a 0). O primeiro jogo da minha vida.

Parece um jogo de um monte de crianças mimadas que querem uma bola. E daí vale de tudo: correr segurando a bola, chutar a bola, jogar para o outro, agarrar ou chutar.
E o time adversário também faz de tudo para conter: agarra, puxar, empurrar, pular em cima, fazer "um monte" de jogadores, tudo para dizer "a bola é nossa e vocês não vão pegar". os passes só são permitidos para o lado e para trás... difícil né, sendo que tem que correr pra frente.

Agora, desejo vida longa à seleção, já que pretendo ver outros jogos.

Bah. Jogo pra macho.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pan 2011

Como é de conhecimento público: o melhor que posso fazer pelo esporte é torcer.

Sim, apesar da altura, e das primeiras impressões quando criança, no colégio, sempre fui um fiasco em vôlei, basquete, queimada ou qualquer outro esporte coletivo. Até dei uma ensaiada nos saltos, mas, como esporte nunca foi o forte na escola onde estudei, ficou só na intenção. Anos mais tarde me encantei pela natação, da turma (incluindo os homens) eu era quem tinha mais fôlego nas piscinas, mas também foi uma fase. Assim, o que me resta é torcer.

Confesso que tenho me irritada um pouco com a cobertura da Rede Record que, entre uma disputa e outra insiste em transmitir suas novelas, enquanto na alternativa Record News fica reprisando competições já realizadas. Tá, corrigindo, a cobertura até que está boa, com repórteres em todas as competições, o problema é a transmissão mesmo, eles se perderam na hora de montar a grade, priorizar as competições etc.

Daí, para completar, com disputa de ginástica artística masculina acontecendo, fui obrigada a ver futebol feminino (nada contra, até gosto de assistir) ou o pólo aquático masculino. Óbvio que opto pela segunda opção. Afinal, quando é que tenho a oportunidade de apreciar partidas de pólo aquático??? Mas sei que sou vencida pela preferência nacional.

Adoraria estar lá, torcendo in loco, mas já que não foi possível, torço de casa mesmo. Me empolguei com as competições de natação e com uma vontade louca de voltar às piscinas. Mas pra quê já que estou velha para competir? (rs... quanta pretensão). Bem, nem tudo está perdido, se eu começar a treinar hoje, terei chances em boliche, tiro ou arco e flecha.

Será que vou investir?

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sem digitais

A cada dia que passa me surpreendo com a minha capacidade de tentar me matar ou me sabotar... É incrível!!!

Agora mesmo estou sem digitais. Sim, você sabe ler e leu corretamente: SEM DIGITAIS. E sabe por quê? Porque eu consegui a proeza e espalhar pelas pontas dos meus dedos SuperBonder, tentado abrir uma bisnaguinha. Pode um negócio desses!?

E a proeza foi consequência - óbvio - de outra. Eu bati pela zilionésima vez na porta da minha geladeira cheia de imãs, e o imã de Morro de São Paulo despencou, quicou e se partiu em algumas partes. Antes de colocá-lo ao lado do imã de Foz do Iguaçu, que está sobre a bandejinha de ovos (dentro da geladeira), aguardando mais uma colagem entre a arara e o quati, então, resolvi já consertar o coitado... daí... o acidente com a cola.



Resultado de tudo: imãs quebrados, cola no lixo, dedos sem digitais e menos imãs na minha geladeira :-(

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Enfim... a primavera



É na primavera que começo a ouvir mais o canto dos pássaros. Já contei que domingo de manhã é meu momento preferido? Acordo lá pelas 7 horas, abro a janela e fico admirando a pequena mata. Quase não há barulho de carros, apenas o canto dos pássaros. Não é raro vê-los sobrevoando as árvores. Outro dia meu irmão disse que havia uma família de tucanos do lado de lá do parque (invejinha, pois ainda não tive esse privilégio). Há também quem diga que medito, já que sentada sobre minha cama fico quase em transe observando a mata, a Pedra, o céu e, os sobrevoos.

Mas como na prática não dá para passar a vida inteira observando pela janela é o colorido das flores que mais me encanta.

Modéstia à parte, tenho um bom acervo de flores que fotografo por onde ando... então... aí vai algumas como minha singela homenagem à estação do ano mais amada por mim.

Hibisco (demorei anos a saber o nome dessa flor que, para mim eram conhecidas como "flores do convento", já que lembra muitas imagens da minha infância).




E direto do roseiral do Balboa Park (San Diego, CA)...






Estas que não sei os nomes foram fotografadas na região da Chapada Diamantina (BA), assim como o botão de rosinha lá em cima.










Uma linda bromélia.




Por favor, quem souber, me diga o nome desta linda flor.



Sim, um cacto!!!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Por que eu gosto da Gisele e do Rogério?

Gisele Bündchen, upper model, reconhecida internacionalmente e podre de rica. Rogério Ceni, hoje, 21 anos de clube, 1000 jogos pelo amado e glorioso São Paulo, 38 anos. O que eles têm em comum e por que gosto tanto deles?

Porque eles me dão a certeza de que pessoas comuns podem ter sucesso, porque eles provaram que pessoas comuns, quando diante de boas oportunidades e sabendo aproveitá-las, terão sucesso e serão felizes no que se propuseram a fazer.

Quantas vezes já não ouvi comentários sobre a Gisele: "Ela nem é tão bonita assim" ou "É só você ir para o Sul do País e vai encontrar moças muito mais bonitas do que ela" ou "Como alguém com um narigão daqueles pode ser tida como top model?". Enquanto para o Rogério, principalmente vindo de torcedores de outros times, já ouvi "Frangueiro" - este é meio óbvio ouvir devido à profissão - ou "Arrogante, metido e medíocre", entre tantos outros adjetivos nada gentis, mais uma vez vindos de torcedores de clubes alheios.

A Gisele teve a oportunidade dela e agarrou, participou de muitos testes, passou horas a fio em espera e é claro, teve a sua sorte de cair nas graças de grandes agências, mas, se tivesse esmorecido em seus primeiros testes ou depois de já consagrada tivesse deixado de cuidar da saúde, de se exercitar, ou ser participante de orgias regadas aos coquetéis de drogas, não seria ainda a upper, após tantos anos. No caso do Rogério, quem nunca ouviu dizer sobre quem é o primeiro jogador a chegar nos treinamentos e o último a sair? Alguém aí já ouviu falar que ele foi pego em alguma surdina, calada da noite, brigas? Para alguns essa imagem de operário padrão é sinônimo de gente chata.

Quando se trata de futebol, a população quer ver gente espetacular, craques como Pelé e Messi, pessoas predestinadas, com talento indiscutível. Mas me digam, quantas pessoas nascem assim, com esse talento natural? E por nascerem com esse talento natural estão dispensados de treinos, horários, comprometimento com o trabalho? E tendo o futebol como esporte, eles não precisam de outros dez jogadores para compor o elenco? E por acaso esses dez outros devem, obrigatoriamente, ser espetaculares como eles ou são pessoas comuns?

De uma empresa com 3.000 funcionários, se dez fazem parte da diretoria e presidência devemos desmerecer 2.990 funcionários? Será que esses 2.990 funcionários são todos medíocres? Ou será que todos (ou pelo menos uma parte deles) os 2.990 deverão ser tidos como funcionários chatos por cumprirem seus horários, estudar para aperfeiçoar seu trabalho, engolir sapo de superiores que nem sempre estão corretos em suas decisões? E quando alguns desses funcionários têm seu esforço e dedicação reconhecidos com promoções e homenagens no trabalho, pelos anos dedicados à empresa ou à profissão devem ser admirados ou escrachados pelos demais?

Gosto da Gisele por sua dedicação ao trabalho. Gosto do Rogério por amar o que faz e pelo esforço, pode não ter sido o goleiro mais talentoso, mas foi inteligente o suficiente para se tornar um ídolo, dedicado, mais do que isso um exemplo de profissional para qualquer outro trabalhador de qualquer área e não ter vergonha de admitir isso.

Gosto dos dois porque provaram que pessoas comuns podem sim entrar para a história.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Meu primeiro abacaxi


Amo abacaxi. O problema é que não sei descascar!!!

Todas as vezes que vou ao mercado fico de olho na banca de abacaxi e sempre são caros... mas hoje estava barato e resolvi comprar um.

Cheguei em casa, guardei as coisas, fiz meu jantar... e o abacaxi lá me olhando.

No sentido literal nunca descasquei um abacaxi na vida e, sinceramente, não sei nem por onde começar. São tantas as dúvidas: Será que escolhi bem? Será que ele é docinho? Será que está no ponto? Será que vou conseguir descascá-lo sem me machucar?

Bom... amanhã eu tomo coragem pra descascar e depois eu conto.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Onde está a felicidade?



Rs - mesmo sem entender nada de cinema estava torcendo pela comédia dirigida pelo Carlos Alberto Riccelli. E não é que a atriz Maria Pujalte, levou o troféu Menina de Ouro como melhor atriz coadjuvante e o Riccelli por melhor filme de ficção do júri popular!!!

Gostei.




Segue a lista de quem levou o Menina de Ouro:

Filmes de longa-metragem

Filme ficção: Febre do rato de Claudio Assis

Documentário: Rock Brasília, de Vladmir Carvalho

Especial júri: Trabalhar cansa, de Marco Dutra e Juliana Rojas

Ficção: O palhaço, de Selton Mello

Diretor de documentário: Maíra Brühler e Mathias Mariani, por Ela sonhou que eu morri

Ator: Irandhyr Santos, por Febre do rato

Atriz: Nanda Costa, por Febre do rato

Ator coadjuvante: Moacyr Franco, por O palhaço

Atriz coadjuvante: María Pujalte, por Onde está a felicidade?

Roteiro: Selton Mello e Marvelo Vindicatto, por O palhaço

Fotografia: Walter Carvalho, por Febre rato

Montagem: Karen Harley, por Febre do rato

Som: Gabriela Cunha, Daniel Turini, Fernando Henna, por Trabalhar cansa

Direção de arte: Renata Pinheiro, por Febre do rato

Trilha sonora: Jorge du Peixe, por Febre do rato

Figurino: Kika Lopes, por O palhaço


Prêmio da crítica

Longa ficção: Febre do Rato, de Cláudio Assis

Documentário: Uma longa viagem, de Lúcia Murat

Curta: Tela, de Carlos Nader


Curta-metragem - Nacional

Filme: Tela, de Carlos Nader

Direção: Gabriela Amaral Almeida, por Uma primavera

Roteiro: Gustavo Suzuki, por O pai daquele menino


Curta-metragem - Regional

Filme: Argentino

Direção: Diego da Costa, por Argentino

Roteiro: Cauê Alves e Maurivio de Almeida por 3x4


Prêmios do Júri Popular

Longa ficção: Onde está a felicidade?, de Carlos Alberto Riccelli

Documentário: À margem do Xingu, de Damiá Puig

Curta metragem nacional: Café turco, de Thiago Luciano

Curta-metragem regional: Argertino, de Diego da Costa

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Festival de Cinema de Paulínia




Quando fui convidada para a pré-estreia do filme "Onde está a felicidade?", confesso não dei muita bola, afinal, nem sabia se de fato iria. Recebi o e-mail, li "por cima" e só. Dias depois, ainda bem, o Paulo, o presidente da Associação mandou um outro e-mail me chamando. Daí foi que olhei com atenção: uma pré-estreia no festival de cinema de Paulínia, aqui no interior de São Paulo!!!

Fiquei empolgadíssima, já que pela primeira vez poderia "sentir" o clima de um festival de cinema. Tudo bem que não sou entendida no assunto, apenas amo os hollywoodianos e as comédias brasileiras. Então, aproveitei que o Maurício estaria no final de semana em Sampa e fomos.



Foi um excelente final de domingo. O filme leve e com muitas tiradas para risos. Na verdade não sei se o pessoal da Associação chegou a gostar, já que, parte dos risos era em função de alguns escrachos sobre o despreparo de quem resolveu fazer o Caminho de Santiago de Compostela. Eu nem tive coragem de perguntar!



Mas valeu pela companhia, rever algumas pessoas como as impagáveis Neusa e a Dina e o filme, que mostrou paisagens lindíssimas de trechos do caminho... E não é que passei a pensar no assunto com mais carinho!

domingo, 3 de julho de 2011

Eu acho que ouvi um gatinho...



(- Miau...)
- Então... você vai amanhã para a escola que hora?
- Cedinho.
- Você vai só para escolher o curso ou mais alguma coisa?
(- Miau...)
- Jean, é você quem está fazendo esse barulho?
- Não, mas eu tô ouvindo.
- É só escolher o curso e levar uns papéis para alguns professores...
(- Miau...)
- Pára Jean!
- Não sou eu! Eu tô com medo!
- Eu tô ouvindo esse barulho desde que saímos...
( - Miau...)
- Caramba! Será que algum gato enroscou embaixo do carro?
(Silêncio profundo dentro do carro, já que eu, Dani e Jean quase prendíamos a respiração)
(Jean) - Eu tô ficando com medo...
(Dan) - Eu também.
- Calma que já estamos chegando.
Parei o carro e confesso que tive muito receio de saber o que encontraria dentro do capô do carro ao abri-lo. Mas... abri. Vupt!
- Miau!!!
E um gato saltou de cima do motor.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A tal Cibele...

De novo! Mais uma vez saio correndo do banho para atender o telefone e quando, toda esbaforida atendo, ouço do outro lado: "Por favor, a Cibele".

Deuses!!! Faz um ano e meio que tenho este número de telefone e há um ano e meio atendo ligações para essa tal Cibele. Sempre com muita educação respondo que não tem nenhuma Cibele, que já faz tempo que estou com a linha e peço para que retirem o número da ficha, cadastro, sei lá o que for dessa tal Cibele.

Antes eu achava que era só cobrança. Às vezes, quando não estou em casa, deixam o recado na secretária eletrônica pedindo para ligar "urgente" para determinado número. Já teve dias que atendi mais de uma ligação para a tal Cibele. Na semana passada disseram que o número estava em um currículo (poxa, que empresa guarda currículos por mais de um ano e meio?). Atualmente não quero mais nem saber.

Ô mulherzinha popular!!! Nunca contabilizei, mas fora de brincadeira, acho que essa tal Cibele já recebeu mais telefonemas do que eu!!!

domingo, 5 de junho de 2011

A morte

Somos muito burros. Afinal, qual é a ÚNICA certeza da vida?

Claro, todos sabemos: é a morte. Sendo assim por que é que nunca estamos preparados quando ela ocorre?

Nascemos, crescemos, estudamos, trabalhamos, formamos família, criamos e cultivamos amizades, fazemos parte de grupos sociais, interagimos... mas no fundo o que somos e a que nos prestamos? Qual é o legado que deixaremos?

Sou da firme opinião de que ninguém morre na véspera, que chegamos à este mundo com dia e hora marcadas para irmos embora. A diferença - e talvez aqui caiba o livre arbítrio - é como chegaremos, fisicamente e espiritualmente, até essa hora que nunca ninguém saberá com antecedência.

Quais serão as pessoas que cultivaremos, como cuidaremos da nossa saúde e bem-estar, o que vivenciaremos até a hora da morte? Tudo o que fazemos trará uma consequência nos momentos finais, mesmo que isso não seja tão explícito ou fácil de identificar.

Não sei se tudo isso é propriamente crer em destino, já que acredito na hora de partir desta vida e ao mesmo tempo creio nas ações que teremos durante a vida, e nas consequências das escolhas que fazemos.

Quando a morte ocorre muito próxima, somos invadidos por uma avalanche de acontecimentos e emoções: saber que alguém do seu convívio, de repente, não estará mais ali, terá uma lacuna; as questões burocráticas de oficializar que aquela pessoa acabou, sim, a pessoa acabou e é preciso registrar isso; a rede de comunicação com familiares e amigos que se mobilizarão para se despedir ou confortar os mais próximos; a organização de um evento que é o velório; e, encarar a realidade o mundo acabou para quem morreu, a sua vida continua.

A indignação vem com os "urubus" travestidos de agentes funerários, que tentam confundir os familiares numa hora tão sensível sobre o que "é cabível à sua função" com "gentilezas ou servicinho extra", tudo para ganhar uma graninha. Como pode existir mesquinharia em tal proporção?

Agora, tudo devidamente resolvido, tenho certeza que o tempo se encarregará de colocar as coisas nos seus devidos lugares. E, neste momento, só tenho uma coisa a desejar "Rest in peace".

terça-feira, 10 de maio de 2011

Passeio pela linda Paraty




Paraty está no meu coração há muito tempo, pois foi para lá que fiz a primeira viagem "independente" da minha vida, sem qualquer familiar por perto, apenas amigos.

A aventura começa logo no trajeto pela rodovia Rio-Santos (BR-101) à beira mar, admirando toda a paisagem de Caraguatatuba até chegar em Paraty. Rever e vivenciar essa cidade tão especial que está bem na divisa entre os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro é encantador.

A cidade que data de 1667, mas os historiadores revelam que sua origem como vila está por volta de 1540, conserva ruas tombadas como patrimônio histórico da humanidade. Rodeada pela mata atlantica, detendora de belíssimas praias, e culinária que mistura a melhor herança da mistura de portugueses e indígenas... ahhh... é bom demais!!!





Andar entre as ruas de pedras imensas é deixar sua mente lhe transportar à uma época de descobrimento de um país, de desbravamento, enfim, os primórdios da nossa nação. Fazer passeio de escuna e nadar em águas límpidas entre os peixes é a minha interpretação de estar no paraíso. Visitar igrejas, o forte e fazer as trilhas, tudo absolutamente imperdível.









Minha querida Paraty... que continue encantadora até minha próxima visita.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Casório real



Definitivamente estou ficando velha!!! Hahahahaha... hoje vi um segundo casamento real inglês!!! Tudo bem, pela televisão... ué, faço parte dos dois bilhões de telespectatores ao redor do mundo, mas eu vi.

Confesso que já estava meio de saco cheio, nos últimos dias, de tanto ouvir falar no tal casório. Mas que seja, afinal, a Inglaterra não anda nos seus melhores tempos econômicos e cada um chama a atenção e gera dinheiro do jeito que pode. E se é assim que podem, fizeram muito bem feito.

O que mais gostei mesmo foi de rever os lugares que passeei quando voltei da Índia. A Abadia de Westminster, as ruas, os momumentos, céu cinzento... lembranças de um passeio recente, tudo lá.

Como todo mortal, neste momento, fico pensando no que deve estar passando pela cabeça do jovem casal (a-do-ro saber que a noiva é mais velha do que o noivo) e relembro da saga de Lady Di. Será que o Willian e Kate (ops, agora é Catherine) se amam realmente? Aos meus olhos, ele parece bem apaixonado por ela, que se mostra a pessoa mais segura do mundo.

Meu sinceros votos é que sejam felizes!

O que vi nesses breves momentos:
- rainha Elizabeh no maior papo com a Camila Parker;
- chapéus horrorosos;
- um cavalinho meio desnorteado no meio do cortejo sendo acalmado pelo cavaleiro, enquanto outro simplesmente resolveu sair correndo pelo meio do cortejo (foram raras as cenas que escaparam da etiqueta);
- mulheres altas, magras e cabelos escuros na moda - U-huuu!!!

sábado, 9 de abril de 2011

U2 - 360º - eu fui!!!




Sensacional!!! Acho que esta é a única palavra que descreve o show do U2.

Agora tenho orgulho em dizer que fui aos três únicos shows (até agora) realizados em São Paulo:

1998 - Pop Mart
2006 - Vertigo
2011 - 360º

...

O palco que dá nome à turnê foi muito bem pensado e espero que outras bandas "copiem" a ideia, para que todas as pessoas do estádio pudessem visualizar todo o palco. Ok, algumas pessoas, na maioria da apresentação viram os músicos de costas, mas o telão redondo sobre eles ajudou bastante.

Desde a Madonna não ia à um show e como foi bom reviver a emoção de estar em um estádio lotado de pessoas curtindo a banda que mais gosto. A energia, a empatia do Bono, o show de cores... tudo me envolveu. Dancei, gritei, cantei... enfim... aproveitei até o último segundinho do show.

Teve homenagem aos adolescentes mortos no massacre de Realengo, imagens da banda rodando pelo mundo, mensagens de paz, a garota chamada ao palco declamando "Carinhoso".. ahh... e antes de começar o show... colocaram a música Trem das Onze... rs... tão propícia!!! Foi demais.

Só senti falta de Pride e New years day. Mas, tudo bem... foi maravilhoso do mesmo jeito.

...

É bem verdade que achei que eu não fosse. Confesso que também não fiz muito esforço, afinal, eu gosto da banda, mas eu já havia visto os shows em 1998 e em 2006. Mas, na sexta-feira à noite, meu primo Maurício me ligou dizendo que estava em São Paulo e tinha uma carta de cobrança sobre um negócio pendente.

Eu fiquei meio confusa, pois a tal cobrança não haveria muito sentido e, se tivesse, meu endereço de Sorocaba já havia sido trocado há muito tempo para São Paulo.

Quando finalmente ele chegou com o envelope com a tal cobrança, só me avisou:

- Não rasque o envelope.

Quando abri o envelope lá estava o meu ingresso para a noite de sábado. Eu nem acreditei!!!

Muita gente acha que sou daquelas fãs fanáticas, que durmo na porta de estádio - rs. Nunca fui assim. Dos quatro cds do U2 que tenho, três eu ganhei. Quando era adolescente, todas as revistas com artigos sobre a banda ou as letras das músicas, também ganhei... e agroa... este show!!!

Benditos amigos!!!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Indignada, chocada, aterrorizada...

... o que mais dizer sobre a tragédia naquela escola, no Rio de Janeiro. Por enquanto, já foram 12 crianças e adolescentes mortos. Crianças!!!

E pensar que nós brasileiros achávamos que esse tipo de violência só acontecesse nos Estados Unidos!!! Não, por aqui também rola essa doideira, aliás, o fato me fez lembrar a matança dentro de um cinema, aqui em São Paulo, em 1999, quando um estudante de medicina atirou e matou várias pessoas.

Que mundo louco.

Coincidentemente, neste momento, estou lendo um livro Serial Killer louco ou cruel, da Ilana Casoy - que hoje já apareceu em vários telejornais para dar sua opinião sobre o perfil do criminoso. O perfil é diferente, mas a gana pela violência é bem parecida. Fiquei muito impressionada com a situação e triste, pensando na dor que as famílias sentem, no trauma que tantas pessoas sofreram.

Deuses, como isso pode acontecer!!!

terça-feira, 29 de março de 2011

José Alencar

A morte sempre me faz refletir. Aquela máxima popular de que a única certeza da vida é a morte, mas nunca estamos preparados para ela, é incontestável.

Enfim, hoje foi a vez do José Alencar (ex-vice-presidente da república), aos 79 anos. Pela visibilidade que o ex-cargo lhe impôs, todo o povo brasileiro pode acompanhar sua luta pessoal contra o câncer. Era admirável o otimismo com o qual enfrentava cada internação, cada novo procedimento na batalha que durou nada menos do que 13 anos.

Algumas pessoas públicas parecem imortais como Hebe Camargo, Silvio Santos, Oscar Niemeyer... José Alencar, para mim, estava quase entrando para esse hall, mais pela bravura da luta contra o câncer do que pela popularidade. Aprendi a admirá-lo quando em algumas situações (dentre as vezes que assumiu a presidência) chegou a despachar ainda internado por conta da doença.

Uma verdadeira lição aos que se abatem por qualquer besteira, que ficam de mau humor por uma gripe ou um dedo quebrado. Naquelas situações eu o admirava e entendia que um dos motivadores de sua esperança em recuperação era justamente o trabalho, mostrar-se seguro, produtivo e ocupando sua mente com coisas boas, sentindo-se útil.

Esse homem foi um grande exemplo, encarou a doença, não esmoreceu, batalhou até o fim. E a mensagem que deixou foi "enquanto houver vida, há esperança".

Rest in peace.

domingo, 27 de março de 2011

100*100*100*100*100*100*

Gol número 100 de Rogério Ceni!!!

Foi um chute certeiro. Falta bem cobrada. Lindo!!!

Na minha opinião 100 gols de um goleiro valem muito mais do que 1000 de um atacante. Por questões óbvias: atacante tem obrigação de fazer gols, já um goleiro tem obrigação de defender... gol é um adendo. E, hoje, sim ele defendeu muito, uma das defesas mereceu até mesmo o cumprimento do seu oponete que chutou a bola.

Nunca fui baba ovo do Rogério Ceni, nem acho a pessoa mais simpática do mundo, mas ninguém pode negar que ele sempre foi muito bom profissional defendendo seu gol, um profissional exemplar nos treinos, mais do que isso, o que mais admiro nele é o amor à camisa são-paulina. Coisa rara em nossos dias, quando os atletas juram amor eterno ao clube até a próxima oferta milionária. Nada contra boas ofertas de trabalho, mas um pouquinho de ética, coerência e menos ganância, conta quando se trata do esporte considerado paixão nacional.

Hoje o goleiro são-paulino Rogério Ceni entrou para a história do futebol mundial. Feito para poucos.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Rihanna branca?

Ontem estava com meu primo, Maurício, zappiando pela programação televisiva quando dei de cara com um videoclipe da Rihanna. Fiquei surpresa:

- Meu Deus! Ela está ficando branca ou é impressao minha?

- Viche! É mesmo... olha lá, o rosto, os braços... Ihh... mas você não viu outro dia a Beyoncé saindo de um cabeleireiro loiríssima e também parecendo com a pele mais clara?

Na hora pensei: "Deuses, seria algum efeito Michael Jackson?" Mas logo em seguida analisei:

- Pensando bem... acho que não tenho que ficar espantada, afinal, o que dizer das pessoas que não podem ver um solzinho que correm para a beira da piscina ou para a praia querendo "pegar um bronze"? E o que é o bronzeamento senão uma defesa natural do organismo aos raios solares? Em outras palavras, uma agressão à pele!

Conclusão: bem, conheço mais pessoas brancas que querem escurecer a pele do que negras que querem clareá-la, portanto, não tenho razão para tanto espanto.

terça-feira, 8 de março de 2011

Arroz indiano




Hehehe... sem querer, hoje, fiz um arroz indiano!!!

Não, não é que tenha os temperos indianos, é que as cores lembram as da bandeira da Índia.

Quando vi, logo associei e achei engraçado.

terça-feira, 1 de março de 2011

Dicas para quem for à Índia

Quando decidi ir à Índia, muitas pessoas que conheço manifestaram o desejo de um dia conhecer esse país tão exótico - para nós ocidentais.

Confesso que fui meio "crua" para viagem, já que não fui em busca de espiritualidade, não entendo nada de ioga, não fui para fazer trabalhos voluntários e muito menos com conta bancária para me hospedar em hotéis cinco estrelas megapreparados para as exigências ocidentais, apenas com algumas informações de segurança, hospedagem e pontos turísticos.

Mesmo tendo ficado menos de um mês em terras indianas, acho que fiz um bom roteiro conhecendo a capital New Delhi, Agra, Jaipur e a destoante Goa e, o que fez toda a diferença foi o contato com as famílias indianas, vivenciando o cotidiano deles. E, agora, alguns amigos me pedem dicas sobre a Índia (só quero ver quando irão!). Pois bem, espero colaborar com as dicas a seguir:

- primeira e mais importante coisa a fazer é responder a seguinte pergunta: qual é seu propósito indo para Índia, busca de espiritualidade, curiosidade por uma cultura milenar, turismo exótico, trabalho voluntário, vegetarianismo...? Se você descobrir que é pura curiosidade por roupas coloridas, músicas alegres porque achou tudo muito bonitinho da novela Caminho das Índias ou porque não sabe de outro país famoso para fazer turismo, prepare-se, a realidade indiana pode ser muito dura para você.

- veja qual será a sua verba para a viagem. Se for uma pessoa abastada, metade dos seus problemas estarão resolvidos, já que poderá se hospedar nos melhores hotéis com todo o conforto (com chuveiro quente, cama decente e comida ao gosto do turista), contrará com guias dispostos a te paparicar em troca de generosas gorjetas e não terá muito tempo para ter contato com os indianos pedintes que quase não te deixariam andar pelas ruas.

- faça um roteiro detalhado sobre os lugares que pretende conhecer e coisas que quer fazer. Se contratar uma agência facilita muito essa parte, mas, se for no esquema mochilão, lembre-se que a burocracia indiana é absurda. Prepare-se para perder um dia inteiro para comprar uma simples passagem de trem, se quiser ir de primeira classe (mas por favor não se iluda com o título de "primeira classe"). O site que recomendo para reservas de hotéis e compras de passagem aéreas, quando estiver em solo indiano, é o www.makemytrip.com. Ele é bastante popular na Índia e funciona.

- para os mochileiros eu recomendo, em Delhi, o Hostel Internacional (albergue da juventude). Embora eu não tenha dormido nenhuma noite lá, eu o visitei e é bem decente, limpo e com preços justos. Fica na zona das embaixadas.

- beba apenas água mineral. Nunca aceite água na rua e mesmo nos restaurantes beba apenas quando a garrafa, lacrada, for aberta na sua frente.

- banheiro: leve papel higiênico para qualquer lugar que for. Mesmo em lugares turísticos este é um artigo tido como souvenir e é comum a inexistência do nosso amado vaso sanitário, então, prepare-se para agachar muito durante sua viagem.

- se você for "enjoadinho" como eu, sempre que for visitar um templo, leve um par de meias extra, assim você não precisará ficar totalmente descalço (voltando para o hotel com os pés encardidos) e nem ter que calçar sapatos com meias sujas, já que a entradas nos templos só é permitida sem sapatos.

- nas grandes cidades, a poluição é insuportável. No meu caso passava o dia todo tomando golinhos de água e mesmo assim a garganta ficava arranhando. E os olhos ardiam. Acredite: não só a sua roupa como você inteiro chegará ao final do dia coberto pela fuligem.

- em casas de família e hotéis mais baratos, banho é de canequinha. Primeiro eles ligam uma espécie de bomba, espera-se alguns minutos e você pode então encher um balde com água quente e misturar com água fria para tomar seu banho. Apesar do estranhamento, até adquiri uma técnica própria para o banho, me molhando e enxaguando em partes (do joelho para baixo, da coxa para baixo, da cintura para baixo até chegar ao pescoço). Sofri muito quando resolvi lavar a cabeça com a canequinha, pois passei muito tempo toda molhada e como não existe "box" a friagem se apossou da minha pessoa e fiquei resfriada.

- até agora não descobri a razão, mas os colchões são muito duros. Dormir de lado é quase impossível.

- a comida é absurdamente apimentada para nossos padrões. Quando possível, lembre de pedir a quem for preparar a comida de não colocar pimenta.

- prepare-se para comer muito com as mãos. Não é só a tradição de não utilizar talheres, mas é que os pratos não costumam ser "sólidos", então eles comem muitos alimentos com pedaços de pães. Sim, os pedaços de pães são feitosse de talher. E mesmo um suco ou uma goiaba pode ser uma desagradável surpresa ao nosso paladar, já que nas ruas não é comum "adoçar" um suco, dependendo eles colocam sal! Dizem que é para tirar a acidez.

- você verá muitos homens fazendo xixi em qualquer muro e a qualquer hora. As pessoas também arrotam e soltam puns sem a menor cerimônia. É o jeito deles.

- você verá muitos animais pelas ruas, muito, muito além das famosas vacas: bufálos, macacos, cachorros, cabrito, porcos, camelos, só para citar alguns. Dei sorte porque fui no inverno, mas já soube que no verão, todos os lugares são invadidos por muitos insetos.

- por garantia, leve protetor solar e repelente. Eu fiz isso e deu muito certo.

- a pele branca é muito admirada e também objeto de desejo dos indianos e não é aconselhável uma mulher viajar sozinha por lá. Se isso for inevitável, não fique "dando sopa" pelas ruas e tente fazer amizade com outros turistas para NUNCA andar sozinha. A sociedade indiana não costuma dar valor à mulher, há muitos abortos de fetos femininos. Eu mesma vi propagandas no metrô tentando incentivar os pais a tratarem bem suas filhas.

- a menos que vocês esteja em um restaurante com preços tabelados ou em um supermercado, pechinche tudo. TUDO MESMO (leia o meu post I'm not Tata Birla).

- se você for uma pessoa de pele branca, tenha paciência, invariavelmente, alguns indianos pedirão para tirar fotos com você. Não se assute (leia o post "Como uma pop star").

- apagões, quedas de energia e falta de água são frequentes em toda a Índia. Então, se estiver em uma conversa urgente com seu namorado no Brasil e de repente cair a conexão ou no meio de um banho quando finalmente você encontrar um chuveiro de água quente... paciência, faz parte.

- o trânsito é caótico mesmo, buzina não é acessório é necessidade e o melhor mesmo é fazer um bom seguro-viagem e "entregar para Deus" todas as vezes que botar o pé na rua. Leia o post "Primeiro eu, primeiro eu".

- por ter fama de povo espiritual, não espere que todos os indianos sejam gentis, honestos e educados com você. Primeiro que a maioria deles vê o gringo como fonte de rúpias e se for um pedinte ou comerciante, será insistente à exaustão. Mesmo nos guias, não confie cegamente, lembre-se que todas as vezes que eles levarem turistas à uma loja ou restaurante, estão ganhando uma comissão sobre o que você está consumindo (pratica normal em todo o mundo). No Rajastão vi uma cena surpreendente, o meu guia discutiu e pegou um vendedor ambulante de cds pelo colarinho, quase indo aos socos porque ele considerou uma verdadeira extorsão o preço que cobrou do turista alemão. Pura cena, já que uma das últimas coisas que fez naquele dia foi nos levar à uma loja de produtos feitos com pele de camelo. Eu não resisti e comprei um par de rasteirinha por Rs 270, no dia seguinte, paguei Rs 100 por outro par!

- o inglês do indiano não costuma ser fácil de entender, o sotaque deles é bem diferente do americano tão comum aos nossos ouvidos e mesmo do britânico, de onde aprenderam. No Rajastão então é quase incompreensível. E mesmo quando você se pegar ouvindo uma conversa em hindi, não se espante, pois parece que sempre estão discutindo.

- e, por último, abstraia sobre a sujeira e o cheiro do esgoto à céu aberto.

Se você está consciente de todas essas "dificuldades" e mesmo assim morre de vontade de visitar palácios e conhecer uma história milenar. Boa sorte e divirta-se. Depois me conta, tá?

P.S. em 16/03/2011 - leiam o www.indiagestao.blogspot.com, um blog de uma brasileira que vive na Índia, ela fala muitas verdades sobre aquele país.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Só rindo

Uma das primeiras providências para retomar minha vida normal no Brasil é renovar a minha carteira de motorista. Bem, fui obrigada a estudar uma apostila com o Código de trânsito brasileiro e como não rir ao lembrar que acabei de chegar da Índia!?

Não é que tenhamos o trânsito mais perfeito do mundo. Óbvio que não e, incrivelmente, por lá não vi coisas como moleques em suas bicicletas agarrados na traseira de ônibus como aqui. E é claro que nas cidades mais afastadas do interior do Brasil as motos tb são veículos familiares, mas é que lá, é absurdo mesmo. Daí, lendo a apostila fico imaginando se os indianos se renderiam a tais leis, principalmente em dois pontos.

Por exemplo, aqui o código diz que a buzina só dever ser acionada em breves toques e é proibida das 22h às 6h. Lá, a coisa mais comum é ler na traseira de caminhões e tuc-tucs "please horn"!

Aqui a lei com os motociclistas é bem clara: capacete para piloto e carona; e crianças menores de 7 anos ou incapacitadas de se manterem seguras na garupa, não vão. As informações que tive é que este motorista, em Delhi, está perfeitamente dentro da lei, já que ele como o condutor da moto está de capacete, e é só ignorar o "restante" dos passageiros.



Só rindo mesmo.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Reflexões sobre o McDonald's



Agora que já comi muito arroz, feijão e carne (mas ainda não comi o meu bife à parmegiana de, no mínimo, 700g) passei a refletir sobre o McDonald's.

Nunca entendi direito o fascínio que essa lanchonete desperta nas crianças e adolescentes brasileiros, já que eu mesma nunca achei nada de espetacular, pelo contrário, até meio sem graça. Vamos dizer que uma, no máximo, duas vezes por ano tenho vontade de comer um nº4 (cheddar) e, curiosamente, até pisar na Índia sempre tive vontade de provar um McFish e, todas às vezes que pegava a fila ficava entonando mentalmente: "McFish, McFish, McFish", só que daí chegava minha vez: "Por favor seu pedido?", a resposta era sempre "Nº 4".

Mas o que posso dizer hoje sobre o McDonald's é que ele, literalmente, algumas vezes, salvou minha vida em Delhi. Sim, ao lado do Pizza Hut, quando não aguentava mais de fome e já não conseguia mais ter o que comer (pois mesmo os pratos que me apeteciam, muitas vezes, eram absurdamente apimentados) lá estava o McDonald's.

E acho que isso não foi coisa só minha não, pois, sempre que entrava em uma lanchonete era muito fácil identificar outros estrangeiros e me pegava a pensar mais uma vez: "será que eles têm tido o mesmo sentimento pelo Mc que eu ultimamente?". Eu não sei a resposta, pois não perguntei a nenhum deles.

O que mais posso dizer sobre o Mc?

- provei o melhor smoothie em Boston. Na verdade me viciei em smoothie wild berry e quando cheguei na Califórnia estranhei porque não era em todas as lojas que ofereciam o produto.
- as batatinhas nos EUA são muito chinfrins.
- as batatinhas na Índia são fritas e depois devem ser jogadas em um balde de sal (acho que é para compensar que não podem fazer isso em um balde de pimenta).
- as batatinhas em Londres não têm sal.

Meta ao longo de 2011: não passar nem em frente a uma lanchonete do Mc - pelo menos não no Brasil - rs.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Uma tarde em Londres



Voos longos me deixam bem cansada já que é impossível dormir, ainda mais no voo de Delhi para Londres, que na poltrona atrás de mim o homem não parava de se movimentar, além de algumas crianças entediadas e chorando muito.

Daí eu tinha uma tarde inteirinha para esperar meu voo para o Brasil. Solução? Dar um rolê pela cidade. Passei pela imigração e fui pegar folhetos sobre atrações turísticas.

As minhas opções eram ônibus e metrô. Até tive vontade de pegar um daqueles ônibus de dois andares tão típicos da cidade, mas achei mais prático e seguro o metrô, já que saí do terminal aéreo e não correria o risco de não saber voltar na hora marcada. Comprei um Day pass por £ 8 (que achei caríssimo) e depois de analisar bem minhas atrações turísticas fui para o Piccadilly Circus, tão famoso.

Ótima escolha. Primeiro fui andando pelo bairro até encontrar um Mc Donald’s. Havia muitas opções de comida, mas além de tudo ser muito caro por ser em Libra não quis arriscar comer algo diferente e passar mal no finalzinho da minha viagem.

Eu quis comprar um imã para minha geladeira (meu souvenir oficial), mas como não tinha trocado dinheiro por Libras e não consegui lojas que aceitacem cartão de crédito para pagar £ 0,99, fiquei sem.

Fotografei tudo que via pela frente, ruas, carros antigos, ônibus, barco anfíbio de turismo e, no final do passeio, contabilizei mais alguns pontos turísticos para meu currículo cultural:

Estátua de Eros, em Picadilly Circus, ao lado do metrô.



National Gallery que abriga mais de 2300 obras, entre as quais assinaturas de gênios como Leonardo da Vinci, Renoir, Monet, Van Gogh e Picasso.



Nelson’s Columm – onde tomei coragem e subi em um dos quatro leões que cercam o monumento (coisa feia, eu sei... mas a criança que existe em mim não resistiu à tentação). Deu tempo até de ganhar um convite para uma bebida à noite, do moço que tirou minhas fotos ali – rs.





Admiralty Arch - construção de 1912 foi a homenagem do Rei Eduardo VII à sua falecida mãe, Rainha Vitória. Ironia, ele mesmo morreu antes da finalização do prédio.



Horse Guards - onde os cavalinhos reais ficam.



(Big Ben) Westminster Palace, Westminster Abbey e Tower Clock - considerado um sítio é o local onde são realizadas as coroações de reis e rainhas além de terem sido enterrados mais de 3000 pessoas, entre elas, Isaac Newton! Também é onde fica instalado o Big Ben (que na verdade é o sino e não o relógio) na torre do relógio.



Rio Tâmisa, um pedacinho é verdade, mas eu vi!!!



Foram pouquíssimas horas naquele pedacinho de Londres. Mas adorei a atmosfera da cidade que, certamente, um dia, farei uma visita decente.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Animais que vi pela Índia

Quem me conhece sabe que costumo observar muito o comportamento dos animais (não só dos humanos) e, normalmente, quando viajo costumo fotografar muitos vira-latas, porém, desta vez resolvi ampliar meus horizontes - rs. Confiram:

Cachorros - por aqui todo mundo fica muito cansado com tanto calor e poeira, que o diga essa vira-lata que dorme em plena luz do dia, em Jaipur, com a língua para fora. Cada um do seu jeito!!!



Nunca gostei muito de macacos, mas, em Jaipur e Agra, eles estão por todos os lugares.



Cavalo que nasce branco na Índia tem destino certo para trabalho: casamento. Quando o bichinho fica garboso é enfeitado e vai puxar carroça pra noivo.



Se em San Diego eu fiquei surpresa com a “praia só para cachorros”, em Goa, as vacas não são importunadas quando querem descansar à beira-mar (tensão quando penso na higiene). Tem vaca que me surpreendeu subindo a escadaria, depois de relaxar na praia. Nas cidades, a maioria circula livremente pelas ruas enquanto outras têm dono. Mesmo as que estão pelas ruas sem destino sempre encontram alguém para alimentá-las.







Confesso que em Delhi, Agra e Jaipur vi mais búfalos do que vacas pelas ruas. Talvez porque seja muito comum o leite desses animais, então, a criação seja mais organizada.



Óbvio que não poderia de deixar de fotografar o encantador de serpente. Preço: Rs 5 pelas fotos.






E o que dizer dos simpáticos camelos??? Tão fofos e enfeitados, prontos para um passeio.



Já os elefantes foi bem difícil encontrar. Mesmo nos locais turísticos que indicavam elefantes não consegui ver. Só na estrada consegui chegar perto de um.



Carneiro. Este encontrei na entrada da praia em Calangute, deliciando um milho. Acho que ele mora por ali, já que eu o encontrei todos os dias que fui à tal praia, só não tive coragem de passar a mão nele.





Até que ele é simpático... não é?