terça-feira, 29 de março de 2011

José Alencar

A morte sempre me faz refletir. Aquela máxima popular de que a única certeza da vida é a morte, mas nunca estamos preparados para ela, é incontestável.

Enfim, hoje foi a vez do José Alencar (ex-vice-presidente da república), aos 79 anos. Pela visibilidade que o ex-cargo lhe impôs, todo o povo brasileiro pode acompanhar sua luta pessoal contra o câncer. Era admirável o otimismo com o qual enfrentava cada internação, cada novo procedimento na batalha que durou nada menos do que 13 anos.

Algumas pessoas públicas parecem imortais como Hebe Camargo, Silvio Santos, Oscar Niemeyer... José Alencar, para mim, estava quase entrando para esse hall, mais pela bravura da luta contra o câncer do que pela popularidade. Aprendi a admirá-lo quando em algumas situações (dentre as vezes que assumiu a presidência) chegou a despachar ainda internado por conta da doença.

Uma verdadeira lição aos que se abatem por qualquer besteira, que ficam de mau humor por uma gripe ou um dedo quebrado. Naquelas situações eu o admirava e entendia que um dos motivadores de sua esperança em recuperação era justamente o trabalho, mostrar-se seguro, produtivo e ocupando sua mente com coisas boas, sentindo-se útil.

Esse homem foi um grande exemplo, encarou a doença, não esmoreceu, batalhou até o fim. E a mensagem que deixou foi "enquanto houver vida, há esperança".

Rest in peace.

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