terça-feira, 27 de novembro de 2018

Êita lugar Bonito!!!




Gruta Azul, a imagem que durante anos ficou em minha mente

Eu teria mais duas semanas de férias neste ano e pouquíssimo tempo para decidir o destino. Confesso que antes não era tão desorganizada assim, claro, algumas viagens eram definidas em cima da hora, mas a maioria não. Mas em 2018, vou te contar... por outro lado digo que a boa sorte sempre esteve comigo, pois foram experiências maravilhosas :-)

Duas semanas antes, depois da turbulência de emoções no meu trabalho, achei bilhetes aéreos com preços bem atrativos para Bonito (MS). Sim, aquela lindeza de lugar. Eu sabia que os passeios eram caros, pois há dez anos (ou mais) quando fui para a Chapada Diamantina, a Patrícia tinha ido para Bonito na mesma semana, ao voltarmos de férias, nos encontramos para contarmos sobre nossas viagens e havia lugares bem parecidos, como a Gruta Azul, mas na hora de compararmos os preços dos passeios era de uma disparidade absurda! Acho que por isso mesmo deixei um pouco para lá a ideia de visitar este destino. Mas chegou a hora, e a Serra da Bodoquena que me receba.

O pequeno aeroporto de Bonito, pelo que entendi há
voos comerciais apenas alguns dias na semana
Compradas as passagens, na semana do embarque resolvi pesquisar os passeios e seus preços em Bonito. É tudo tabelado gente! Foi então que me deu até um aperto no coração. Lá, tudo é pago: o passeio, o transporte para o passeio e, claro, o almoço do passeio quase nunca incluso no preço e como todos são em fazendas, propriedades privadas, é proibido levar comida. Pensei: "bom, faço a reserva em um lugar legal, com uma boa piscina, na pior das hipóteses se acabar o dinheiro para mais atrativos fico à beira da piscina lendo um livro ou quem sabe conversando com outros turistas". Foi o que fiz e embarquei para minha nova jornada em outubro.


A escolha foi pelo hostel Che Lagarto, o qual superou minhas expectativas justamente por ser um hostel. Soube mais tarde que a estrutura era boa por ter sido um hotel. E café da manhã e limpeza, estavam melhores do que muitos por aí.

Minha viagem foi bem tranquila já que tem voo direto para Bonito, partindo de Campinas, pela Azul. De entrar no carro do Uber, em frente à casa da minha mãe em Sorocaba, até pisar no hotel em Bonito, foram apenas quatro horas.

Deixei a mochila na recepção até chegar a hora do check in, enquanto isso fui para a agência decidir sobre quais passeios fazer e pegar mais informações para os próximos dias.

As opções são bem diversificadas: passeios em grutas, trilhas, flutuações, balneários, boia cross, contemplação, cavalgadas e até para o Pantanal. Como disse antes, tudo tabelado e nada barato, porém bem estruturado e com segurança. Os maiores riscos que corri foram as picadas dos mosquitos e do sol nas flutuações.


Rua Cel Pilad Rébua
O roteiro ficou assim: balneário Nascente Azul, contemplação da Gruta Azul, trilha na Boca da Onça, boia cross no Parque Ecológico. Mais três flutuações e o critério de escolha foi o seguinte: a primeira no Rio Sucuri por ser a com águas mais transparentes. A segunda a do Aquário Natural, para ver muitos peixes. E a terceira no Rio da Prata, com o percurso mais extenso, águas claras e muitos peixes, considero ser a flutuação mais completa.


Primeiro dia em Bonito e minhas impressões


Na Praça da Liberdade, o monumento em homenagem às piraputangas

Se eu ousasse falar aqui que estava cansada da viagem estaria mentindo, pois essa foi bem curta e tranquila. Decidi os roteiros, acomodei-me e conheci o hostel. Era umas 14h30 quando fui para o centrinho de Bonito, que se resume à rua Coronel Pilad Rébua e poucas ruas paralelas e transversais, caminhada de 20 minutos do hostel à Praça da Liberdade, se duvidar, nem isso.

E toda pequena cidade tem uma igreja central,
aqui é a de de São Pedro Apóstolo, em frente à Praça da Liberdade
Ao contrário de cansada, estava com fome e o primeiro restaurante self-service que vi aberto naquela hora entrei, o Arco Irís. Achei bem fraquinho, mas era o que tinha para aquele momento. Depois fui fazer o reconhecimento local, olhei as lojinhas e os restaurantes que eu poderia ir das próximas vezes. Também fiquei de olho nas sorveterias com produtos de frutas típicas da região: murici, cagaita, guavira...

Meus dias começavam
assim...
Piscina: meu plano B ;-)
Quando voltei para a casa, algumas pessoas ficaram indignadas de eu não ter comido a bendita carne de jacaré. Olha, teve horas que até passou pela minha cabeça dar uma provada, como comprar um pastel com a carne, mas daí acabou que me distraia com outras coisas e passou. Não comi e pronto.



... e costumavam terminar assim!
Cheguei ao hostel deveria ser quase 18h e logo conheci minhas companheiras de quarto, as irmãs Márcia e Marisa. Bem simpáticas logo começamos a conversar. Elas haviam acabado de chegar do passeio Boca da Onça. Todas tomamos banho e fomos jantar. Eu nem estava com tudo aquilo de fome porque tinha almoçado tarde, mas queria experimentar uma refeição típica.

Por recomendação do Juninho, queria conhecer o restaurante Aquário, e as meninas toparam dar uma olhada. Logo do lado de fora, vimos os pratos sendo servidos e nos chamou muito a atenção a apresentação da piraputanga, com umas coisas "espetadas". Pedimos.

Eis minha primeira refeição típica da viagem: piraputanga

Após o jantar, olhamos mais uma vez as lojinhas, paramos em uma sorveteria e voltamos para o hostel. Na verdade essa se tornou a minha rotina ao longo de oito noites, ora jantando no Casarão (na minha opinião o melhor restaurante), zanzando pela rua e praça, tomando um sorvetinho... ah... provei o tão badalado sorvete assado. Hummm, interessante, uma espécie de marshmallow (hehehe, difícil seria eu não gostar dessa combinação). Curti.

Nenhum comentário: