Na galeria que fica, a temperatura é muito agradável |
A primeira vez que li sobre a Mina da Passagem não prestei muita atenção. Vi apenas que as pessoas achavam caro, mas que valeria o passeio. Só de ler a palavra "caro", colocava em dúvida minha real vontade de fazê-lo... mas dizem ser a maior mina aberta para visitação do mundo! Então, vou lá, né.
O passeio ficou para a volta de Mariana. Após almoçar, peguei o ônibus para Ouro Preto e logo que entrei no coletivo, pedi para a cobradora avisar-me quando chegasse o ponto. Não sei se pela empolgação por receber de mim várias moedinhas de R$ 0,05 (coisa rara e a passagem era R$ 3,95), ela simplesmente esqueceu e acabou que ganhei um rolezinho a mais de busão.
Aqui a entrada para a Mina da Passagem |
Pelo preço da entrada, deveria ser melhor conservado |
Trolley: apertadinho! |
Início da descida |
Diferente de estar em uma caverna ou gruta, na minha não há nenhum tipo de vida animal ou vegetal, nem uma formiguinha sequer, devido às substâncias minerais... e por aí, dá para imaginar o quanto insalubre era o tipo de trabalho ali explorado.
Ali também há um lago, onde mergulhadores profissionais e amadores podem praticar a atividade, claro, que obviamente depois de assinar um termo de ciência de periculosidade. E sei que se me enquadrasse em uma dessas categorias, não deixaria a oportunidade do mergulho passar.
Entre uma explicação e outra, o guia ia incutindo na conversa algumas expressões populares muito conhecidas por nós e que, ele garante ter nascido em minas como aquelas. Verdade, lenda ou não, achei-as bem curiosas. Vamos às expressões:
- Nos primórdios da exploração da mina, era normal os trabalhadores em seus raros momento de descanso ter que abrir o caminho empilhando pedras, nascia o "descansar carregando pedras".
- Uma das maiores ambições de um escravo de mina era conseguir um dia sua alforria. Como conheciam bem o trabalho, davam um jeito de conseguir um pouco de ouro escondendo nos cabelos e posteriormente nos pelos dos animais de carga (burros e éguas) entre lama, Já na fazenda, à noite, iam "lavar a égua", para pegar o seu precioso ouro.
- Após juntar o ouro suficiente para comprar a tão sonhada alforria, entregavam o ouro para o vigário, a pessoa que confiavam para fazer os trâmites legais e... caiam no conto do vigário, já que este mesmo, só embolsava o ouro.
Gostei demais do passeio, pois era algo que nunca tinha visto na vida. Recomendo.
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