segunda-feira, 11 de junho de 2018

Uma noite em Palmas


Eu, Ariela e Romário, enquanto aguardava a agência para o meu passeio


Um dia antes de chegar em Palmas, entrei em contato com o Hostel Aconchego para saber como ir do aeroporto. Aproveitei para perguntar se havia outros hóspedes e se poderia me juntar à eles para fazer algo naquela noite, como jantar ou andar pela cidade. É, eu sei que sou meio cara de pau.

Cheguei ao aeroporto de Palmas não era 17h. Estava cedo e sempre que acho viável, em uma cidade que não conheço, gosto de pegar o transporte público para "sentir" a cidade, as pessoas. Acho que só entende isso quem observa os passageiros de um ônibus, as histórias que se ouve ou como se comportam. Nem cheguei a pesquisar quanto sairia um táxi ou Uber, simplesmente queria ir de ônibus. Pegaria um ônibus para a Estação Apinajé onde teria três opções.

O aeroporto de Palmas é bem pequeno, bonitinho, arrumadinho, mas pequeno, logo que sai avistei um ônibus e subi perguntando sobre a tal estação Apinajé, foi então que descobri que na verdade deveria pegar três ônibus e em cada um desembolsaria R$ 3,50 (achei caro por não ter uma integração, a única coisa que reduz este valor é se a pessoa comprar um bilhete específico que, claro, eu não sabia).

O ônibus praticamente só te tira do aeroporto, em um trajeto curto. Desci em uma praça, atravessei a rua e logo peguei um tal de Eixão que me levaria para a estação Apinajé. Juro, perguntei para o motorista ao entrar e para três passageiros, em momentos distintos, todos falavam que estava longe, uma até disse que desceria na estação e que avisaria. Adivinha? Ninguém falou nada, e quando desconfiei que nunca chegava, a quarta pessoa para quem perguntei, disse que já havia passado.

Fiquei revoltada pois jâ estava escurecendo! Mas resolvi que aquilo não influenciaria meu humor. Desci e chamei um Uber. Pronto, dez minutos depois e com pagamento menor do que R$ 10, resolvido o assunto.

No hostel fui recepcionada pela Ariela, uma moça de 20 e poucos anos com dreadlocks. Logo fui informada que havia dois hóspedes que estavam dispostos a sair comigo - rs - tá vendo, dá certo ter cara de pau!

Romário, de Atibaia (SP), estava em Palmas a quase uma semana. Achou passagens aéreas baratas e foi, acabou gostando de andar pela cidade. Maisa, de São Paulo, tinha acabado de chegar do passeio pelo Jalapão e ficaria mais dois dias. Tomei um banho e fomos para a feira do Bosque.

Foi a melhor coisa que fiz para o pouquíssimo tempo que tinha. A feira do Bosque fica no Plano Diretor Sul e não faço ideia se isso é uma região central ou de fácil acesso no geral... nada, só sei que de onde estava hospedada foi rápido. A feira tem várias barracas de comidas típicas regionais (de outras regiões inclusive) e artesanato local. Sim, com capim dourado, a matéria prima da região e que eu tanto queria trazer uma lembrança para a minha casa.

Comprei vários brincos, souvenires para a minha família e um relógio de parede. A-M-E-I. Além do mais, descobri na prática que na feira do Bosque, esses artesanatos são mais baratos do que os vendidos na região do Jalapão. Realmente fiquei sem entender, afinal, não vem de lá?

Acho que ficamos uma hora e meia por lá, pegamos um Uber para a vokta. No dia seguinte, meu passeio começaria cedo.

Jalapão, aí vou eu!

No dia seguinte acordei cedo, tomei um banho, fechei a mochila e fui para o café da manhã. Comecei a conversar com Ariela, a dona do hostel, Achei interessante uma moça tão jovem lidando com a casa. Ela explicou que o imóvel é dos pais e até o ano passado funcionava como pensionato. A ideia de hostel partiu dela, da época em que foi fazer faculdade em outro Estado e quando tinha folga passeava nos finais de semana se hospedando em hostels pelo Nordeste. Ela gostou das experiências e falou aos pais que "compraram" a ideia. Desde então ela toca o negócio.

Enfim... logo apareceu um moço em frente à casa, Casé, o guia que me levaria ao passeio de quatro dias e três noites pelo Jalapão. Passamos em outro hotel e entrou o Thiago, de São Paulo, estava formada a equipe. Em outras palavras, apenas nos dois de turistas... teríamos um tour praticamente exclusivo!!!


Nenhum comentário: