segunda-feira, 11 de junho de 2018

Cachoeiras Escorrega Macaco e Roncadeira e pôr do sol na Pedra Furada

Adicionar legenda


Meu pôr do sol rumo ao Jalapão


Ainda estava papeando com a Ariela quando apareceu um moço em frente à casa. Era Casé, o guia que me levaria ao passeio de quatro dias e três noites pelo Jalapão. Passamos em outro hotel e entrou o Thiago, de São Paulo, estava formada a equipe. Em outras palavras, apenas nos dois de turistas... teríamos um tour praticamente exclusivo!!!

A primeira parada foi em Taquaruçu, distrito vizinho a Palmas, que segundo os moradores é o paraíso da região, por contar com mais de 80 cachoeiras e trilhas a serem exploradas. Ali, visitamos duas cachoeiras, a Escorrega Macaco e a Roncadeira. Elas ficam em uma Área de Proteção Ambiental (APA) e dentro de uma propriedade privada, o que significa que é cobrada uma taxa para usufruir do local.

No quiosque onde é cobrada a entrada, fazemos o registro, tem um banheiro para o caso de troca de roupa de banho, bebidas e algum artesanato em capim dourado para quem quiser comprar. Andamos por uma trilha de 1500 metros bem sinalizada, então, se alguém quiser ir por conta, não tem perigo de se perder.

Escorrega Macaco

Cachoeira Escorrega Macaco
Achei linda a cachoeira! Os registros dizem que ela tem 50 metros de altura e que o nome se deve à vegetação de cipós onde os macacos seguram para, no caso, "escorregarem". Se eu fosse avaliar, diria que é uma cachoeira de tamanho médio, volume de água muito bom para a época do ano e com poços rasos, tudo em perfeita ordem para uma pessoa que tem medo de água como eu.

Ficamos mais tempo do que o normal se o passeio tivesse mais pessoas ou outras agências para disputar espaço. Não, não tinha quase ninguém em qualquer lugar que fossemos, sendo que em muitos deles, não havia ninguém mesmo. Comecei a desconfiar, e ao longo dos dias só me convenci, que fui na melhor época do ano para visitar o Jalapão: maio, onde é para ter água tinha em quantidade boa, ainda não chegara a temporada das queimadas tão comuns na região e poucos turistas, assim poderia aproveitar cada atração turística sem estresse.



Roncadeira

A poucos metros da Escorrega Macaco está a Roncadeira, cachoeira com 70 metros e base mais extensa, que começa bem rasinha e vai enchendo até dar para arriscar umas braçadas em determinado ponto. Para chegar embaixo da queda, tem um pequeno trecho que não dá pé, mas não chega a ser realmente funda.

Quando chegamos havia uma corda pendurada lá do topo. Ou seja, é local para a prática do rapel, mas devido à minha última experiência com a atividade, resolvi não fazer (faz mais ou menos um ano, fiquei presa pela canela, de ponta cabeça, na Cachoeira do Chá, em Botucatu-SP, a marca da corda em que fiquei presa está na minha perna até hoje).

Na Roncadeira, resisti ao rapel


Saindo das cachoeiras fomos almoçar. Um artesão fantasiado de duende pegou o Thiago para tentar convencê-lo de que tais seres existem ou qualquer coisa assim para vender seus duendes. Eu realmente admiro muito a paciência que pessoas educadas, como o Thiago, tem... eu não tenho paciência nem para atendente de telemarketing. Mas voltando ao almoço... foi bem servido e comecei minha jornada do suco de cajá: por onde passei, me entupi de suco de cajá. Amo.

Após o almoço pegamos estrada, início de longas horas dentro do carro, sendo a maioria por estradas de terra e areia, muita areia, exigindo da habilidade do condutor do carro. Chegamos à pousada,no município de Ponte Alta, nos instalamos e descansamos até dar o horário para a próxima atração.

Pedra Furada

Sem dúvida o pôr do sol mais esperado de todos os dias do passeio estaria ali na Pedra Furada. E confesso que durante o dia questionei-me sobre a sorte em vê-lo. todas as vezes que olhava para o céu sempre via muitas nuvens. A parte mais "tensa" da viagem.

Portal de um lado...

... ponto estratégico para observar o pôr do sol, do outro


Ao chegar, deixamos o carro na entrada e pegamos uma pequena trilha até o pé de um morro. Foi então que entendi que Pedra Furada é o nome que dão à um morro com dois acessos para subir, um para o portal e o outro onde há dois "furos", em ambos dá para tirar fotos incríveis com a luz do final da tarde e ponto perfeito para admirar o pôr do sol. Dali também avistamos dois outros morros, o do Chapéu e do Perdido.

Acho que dos quatro dias, e de todos os pontos que visitamos, este foi o com maior número de turistas, algo entre 20 ou 30 pessoas que se agruparam na ponta do rochedo e fizeram silêncio para acompanhar a descida do astro rei, até o horizonte ir ficando avermelhado. Eu e o Thiago chegamos a brincar com as formas das nuvens, o cenário do Senhor dos Anéis, depois o dragão, a bruxa, até finalmente tudo se perder.

E cansei de fotos certinhas


Fomos para a pousada, tomamos banho, jantamos (mais suco de cajá) e fomos para nossos quartos com ar-condicionado, nem acreditei.


Nenhum comentário: