quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A saga da antena externa

Sendo um pouco mais nostálgica, mas ainda na linha do "morar em casa", antes mesmo de existir a tv a cabo ou as parabólicas, quem tem mais de 25 anos (a tv a cabo chegou por aqui no início da década de 1990) e morou em casa, deve se lembrar da saga da antena externa.

Dizem que é a Lei de Murfy, como eu não sei quem foi esse tal de Murfy, acho que era um capricho do destino mesmo: sempre no melhor programa de televisão a imagem ficava horrível, tremida, subindo e descendo, chamuscada, com som chiado... era simplesmente impossível ver o que se passava na telinha. Daí, com sorte, haveria em casa algum herói (normalmente pai, irmão ou vizinho mais destemido) que se prontificava a subir na lage e mexer na antena. E começava o diálogo:

Quem estava lá em cima:

- Tá bom?

Quem estava dentro da casa:

- Quase... mais à direita... mais um pouquinho... mais um pouquinho... tá bom!

Quem tá lá em cima:

- O quê? Mais um pouco?

Quem estava lá em baixo:

- Não... não... não... vai pra onde tava antes...

E começava tudo de novo. Com sorte, depois de uma meia hora a figura descia da lage e todos poderiam assisitir a programação... até o próximo vento mais forte bater e começar tudo de novo. Ah... isso sem falar que tinha gente que acreditava piamente que colocar uma esponja de aço (Bombril) na ponta da antena interna, adiantava alguma coisa.

Um viva ao progresso, à tv a cabo (em muitos casos a gato ou Gatonet) e às parabólicas!

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