domingo, 5 de outubro de 2008

Eleições II – a ambigüidade dos cidadãos

A grande maioria das pessoas que conheço ODEIA política. Horário eleitoral então... parece castigo, pois, para elas, além de tirar um período precioso da novela ou qualquer outro programa televisivo, só tem gente querendo se dar bem conseguindo um lugarzinho no poder.

Meus pais fazem parte desse grupo, eles moram em uma cidadezinha do interior de São Paulo e uma vez a cada um ou dois meses visitam os filhos na capital. Por isso me espantei tanto quando ouvi da minha mãe, na semana passada, que ficaria até hoje, só para votar em fulano, porque não quer que beltrano vença. Mais: passou a semana em campanha, falando para todo mundo sua visão política.

Enquanto isso, meu pai, manteve a postura que vejo desde que me entendo por gente: “Vou lá por obrigação. Não quero votar em ninguém”. A justificativa é simples e até compreensiva. Ele se sente traído pelo corpo político desde que votou no Jânio Quadros para presidente, que depois renunciou. Meu pai perdeu o gosto pelo dever cívico.

Também vi algumas pessoas que, apesar de morarem em São Paulo há tempo suficiente para transferirem seus títulos para cá, não o fazem. Sempre que questiono, sinceramente, não sou convencida. Mas tudo bem, cada um tem suas próprias razões que, individualmente, podem ser muito fortes. Na outra ponta, ouvi com atenção, a percepção de quem está votando pela primeira vez, e me pergunto: “será que um dia também fui assim?” Bom, o importante é prestar atenção e ter consciência de cada votinho dado.

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