domingo, 6 de novembro de 2016

Jampa e pôr do sol no Jacaré






Antes de começar a contar minha jornada por João Pessoa, gostaria de falar da surpresa com a cidade! A escolhi por ser uma das poucas capitais nordestinas que ainda não conhecia e quase ninguém fala. É comum ver Natal, Fortaleza, Maceió e Salvador estampando os folhetos das agências de viagens, e mesmo em conversas com colegas de trabalho, estudo ou por aí... quase nunca a capital paraibana entra no tema viagem. Por incrível que pareça há muitos anos eu havia ido até à Paraíba, mais especificamente para Campina Grande, para fazer uma matéria sobre o São João e, na época, a capital passou batido.

Mas a cidade é linda e ali que se encontra o ponto mais oriente do nosso país, onde os guias adoram dizer que se forçarmos a vista, dá pra ver a África, e por essa característica é onde o sol nasce mais cedo também.  

Fiquei hospedada em Tambaú, creio que a menos de 150 metros da praia e a uns 50 da Feirinha de Artesanato, com uma pracinha de alimentação e um sanfoneiro tocando à noite - e há duas quadras da Mercado de Artesanato, ou seja, excelente localização. Quando acordasse sem plano nenhum para o dia, a praia e a noite estavam garantidas sem o menor estresse de "como ir?".

A praia de Tambaú faz continuação (seguindo ao sul) com a praia de Cabo Branco, e esta orla é linda, bem arborizada e todos os dias, das 5h da manhã às 8h o trânsito é interditado para que as pessoas possam aproveitar e fazer suas atividades físicas. Aliás, pela manhã é muito comum encontrar professores de musculação, particulares ou da prefeitura, dando suas aulas por ali mesmo.

Como disse antes, minha viagem aconteceu meio no susto então, eu sabia que iria para uma cidade praiana, capital, então certamente histórica, porém sem planejamento nenhum. Desembarquei em João Pessoa ainda não era meio-dia e ao chegar no hostel, tomei um banho, fui à um restaurante próximo para almoçar e já solicitei um passeio: o pôr do sol no Jacaré.



Descobri que as agências gostam de exaltar o pôr do sol no Jacaré, que fica em Cabedelo, uma cidade próxima à Jampa, nem tanto pelo pôr do sol, mas na esperança de os turistas pagaram mais R$ 35,00 para embarcarem em uma lancha aonde é tocado bolero de Ravel. Sim, é bonito, mas no dia em que fui estava um pouco nublado e me contentei em apreciar da calçada mesmo e aproveitar para economizar para gastar na feirinha que achei bem interessante, e onde fiz minha primeira compra em solo paraibano: brincos de capim dourado. 




Voltei para Tambaú, comi minha primeira tapioca com uma jarra de suco de cajá (a garçonete até arregalou os olhos quando pedi - rs), voltei para o hostel, programei um passeio pelas praias do sul, e desmaiei.

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