sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Sou ex-fumante

Decidi que a partir de hoje sou uma ex-fumante.

Talvez alguns se surpreendam pelo fato de eu nunca ter dado uma tragada na vida - e o melhor de tudo é que nunca tive vontade -, em dizer uma coisa dessas.

Mas é que cheguei à conclusão que se falo que a fumaça do cigarro ou cheiro de nicotinha que fica impregnado no cabelo, nas roupas e não raro nas pessoas que fumam incomoda, passo a ser vista como uma pessoa ultra-mega-master-gold chata. Mas também posso dizer que por alguns anos fui fumante passiva, já que trabalhei em ambientes esfumaçados.

Por outro lado, noto que, quando uma pessoa diz que se sente incomodada, faz cara de nojo e diz que durante anos fumou e só passou a ter arrepios em pensar no cigarro depois que deixou o vício, o fumante - atual - parece ser mais compreensivo com a questão.

Alguns chegam até a confessar que, por diversas vezes, já tentaram parar e perguntam como o ex-fumante conseguiu. Ou seja, o "ex-fumante" não carrega o estigma de chato, apenas é visto como uma pessoa "normal", que já passou pela escravidão da nicotina e, hoje, conseguiu superar tudo. O fumante - atual - se concentra no esforço que o outro fez para se livrar do vício e se esquece da verdadeira questão: a fumaça e o cheiro realmente incomodam.

Pior ainda é quando o fumante quer ser educado e pergunta: "Você se incomoda se eu acender o cigarro?"

Se o não fumante responde: "Sim, me incomodo", é como se estivesse assinando o seu atestado de chatisse!!! Na maioria das vezes se sente acuado por esse sentimento e, por uma questão de querer ser sociável, mesmo constrangido com aquilo que o incomoda, com a cara amarela diz: "Não".

Amigo fumante, se vc está em um ambiente em que um monte de gente está fumando, seu cigarro não fará a menor diferença. Porém, se vc está entre pessoas não fumantes, acho que o bom senso lhe diria que nem é preciso perguntar. Se quiser realmente ser educado, é simples: não fume na presença dos não fumantes ou peça licença e fume em outro local. Não é preciso constranger os não fumantes.

Como respeito os direitos e gostos alheios, sejam fumantes, vegetarianos, naturebas, religiosos, baladeiros entre tantos outros grupos e não quero mais ser chamada de chata entre os fumantes... então, a partir de hoje, sou uma ex-fumante.

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