segunda-feira, 20 de maio de 2013

Curucutu! Curucutu! Curucutu!


Uma pequena amostra de Curucutu


Passei alguns minutos de ontem tentando soltar este som "curucutu", mas creio não ter conseguido chegar à pronúncia ideal. Sim, curucutu é uma onomatopeia (som de coisa ou voz de animal, tipo, au-au para latido), o som que as corujas fazem. Bem, pelo menos foi esta a explicação dada pela Ellen, a guia, à minha pergunta.

Ontem foi dia de conhecer a Trilha do Mirante, do Núcleo Curucutu, do Parque Estadual da Serra do Mar, localizado no extremo sul do município de São Paulo, já fazendo divisa com Itanhaém, E foi um passeio muito esperado por mim, pois há dois anos era para eu ter ido, mas, o dia marcado amanheceu muito chuvoso e resolvi deixar para outra oportunidade, não pela chuva, claro, mas porque sabia que meu carro não aguentaria chegar tão longe. Mas a louca da Érika foi daquela vez, e vive dizendo por aí que eu "amarelei'. Pode até ser, mas ontem me redimi.

Tudo começou com o conhecimento de um novo grupo de trilheiros, o Clube da Caminhada, liderado pelo Adilson e pela Naira - assim foi o que entendi - que, por gostarem de fazer trilhas e atividades físicas começaram a organizar passeios. Quem deu a dica foi a Érika, que também está na mesma onda que eu de retomar o projeto "caçar carimbos", e conheceu o grupo pelo Facebook, indicou, nos inscrevemos e, no domingão, às 7h30 da matina, lá estávamos nós nos apresentando ao novo grupo.

Mesmo para quem mora em São Paulo, Curucutu fica longe, longe mesmo, de verdade. Parece incrível dizer que em São Paulo, esta megalópole, reserva um espacinho dela para ser chamada de zona rural, mas isso é verdadeiro e digo isso com o orgulho de quem já amassou barro por lá duas vezes!!! A primeira foi em 2010, quando fui conhecer Capivari-Monos com o"É nóis na trilha", que aliás sinto muita saudade da Fabi e companhia e, agora, Curucutu.

A sede do núcleo muito bem estruturada para receber os visitantes

Fomos de microônibus até um ponto de apoio, depois fizemos uma caminhada de uns dois quilômetros pela estradinha de terra, ou melhor, lama até chegar à sede de Curucutu. Ali pudemos observar a estrutura do parque e obter mais informações sobre o projeto de conservação local. Depois partimos para a Trilha do Mirante que é curtinha, mas cheia de bromélias e orquídeas prontas para serem fotografadas: um quilômetro de subida pelo meio da mata atlântica até chegarmos ao marco divisório de municípios e de onde deveríamos apreciar a vista do litoral, mas, devido ao tempo meganublado, não foi possível. Depois andamos mais um pouquinho para uma parada em outro ponto, o da capelinha. Seguindo fomos conhecer a bica, com direito a tomar uma deliciosa água, mas sem a menor vontade de mergulho, já que estava friozinho. Rumo à sede ainda passamos por um lago mais parecido com pântano e a neblina presente e com os pinheiros ao fundo dava um ar de cenário de filme de terror. Apesar de ser meio assustador, adorei, pois nunca havia conhecido um cenário daqueles.

A trilha tem muitas bromélias e orquídeas...

.... mas aqui verdadeiros musgos chamam a atenção... 

.... que é proporcionalmente disputada com pequenas flores exóticas...

.... e o encanto de folhas de samambaias que desabrocham


A sede tem uma estrutura muito boa para receber visitantes, mas o número diário é limitado. Também abriga espaço para pesquisadores e grupos de escoteiros (felizes que podem fazer acampamento em um lugar tão convidativo para interagir com a natureza), mas, para finalizar nosso passeio, ficamos mesmo foi no quioscão para fazer o lanche antes do embarque de volta.

Mas como nada é perfeito, a desligada aqui deixou a câmera na resolução péssima e tirou fotos chinfrins, a bateria acabou, o que impediu de registrar o "cenário de filme de terror". É, agi como uma principiante. Está na hora de eu comprar uma nova câmera fotográfica.

Adorei o passeio e conhecer uma nova turma de trilheiros que espero encontrar em outros passeios.

E no meio do caminho havia uma capela, minúscula

A bica até convidou para uma banho rápido, mas estava frio demais para meus padrões de "banho em bica"

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