quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Original de fábrica

Quando era criança as pessoas que tinham tatuagem eram malvistas. Lembro daqueles riscos malfeitos dos presidiários... pq essa era a imagem que se tinha dos tatuados.

Já adolescente passei a conhecer uma ou outra figura que se arriscava a fazer uma tatuagem mais transadinha, bonitinha. Depois veio a moda das tribais e os grupos de tatuados começaram a aparecer mais, e até com certo status.

Hoje é difícil eu conhecer uma pessoa que não tenha ou não queira fazer uma tatuagem. Difícil de verdade.

Sempre que alguém me pergunta o que acho ou se eu não tenho vontade de fazer uma, a resposta é a mesma: "Acho algumas bonitas, dependendo do desenho ou lugar escolhido ou até mesmo da pessoa que se propõe a ser tatuada e, desde que não haja exageros. Quanto à mim, não, não quero e nunca tive vontade, primeiro pq odeio sentir dor, segundo pq não me vejo e nem me identifico com qualquer desenho sobre minha pele que sei será dificilmente removido, se bater o arrependimento".

Porém, ultimamente - não sei se pq a tatuagem tenha se proliferado tanto mais parecendo um modismo -, quando respondo isso, certas pessoas tem torcido o nariz pra mim, como se eu tivesse obrigação de desejar ou achar o máximo ter tatuagem.

Para essas pessoas eu digo: gosto de ser original de fábrica, gosto de ser diferente.

Quem diria que um dia, uma pessoa não tatuada pudesse expressar ou carregar o título de diferente, justamente pelo fato de não carregar uma tatuagem? Pois é, cheguei à essa conclusão.

Nenhum comentário: