terça-feira, 9 de setembro de 2008

Você já encontrou um outro você por aí?

Sempre acreditei ser única no mundo. E, de fato, a teoria diz que sou: única digital, única retina, único conjunto físico (tamanho, peso, cor, etc), pensamentos únicos...

Mas outro dia eu fiquei muito espantada com uma situação. Estava eu no mercado fazendo compras. Num dia qualquer da semana, porque odeio as filas que existem nos finais de semana. Resolvi deixar o meu carrinho – que já abrigava alguns produtos – encostado em uma prateleira, para que eu fosse mais agilmente até à seção de frios para pegar outros artigos. Voltei e peguei o carrinho, mas... para a minha surpresa não era o “meu” carrinho, era um que tinha produtos muito parecidos com os que eu já havia pego.

Por um instante fiquei estática tentando entender a razão de eu ter pego aquele carrinho, já que o meu inclusive era menor, com duas divisões. Me dirigi ao correto, que estava ao lado, mas não consegui tirar os olhos daquele que havia me enganado. Eu comparei os produtos que estavam nos dois: eram os mesmos produtos, das mesmas marcas e até os produtos que tinham no outro, mas que eu não necessitava naquele momento eram os que eu, se precisasse, pegaria da mesma marca e na mesma quantidade.

A curiosidade foi tanta que resolvi ficar um pouco afastada e esperar o verdadeiro dono do carrinho chegar. Era um rapaz. Medi da cabeça aos pés. Ele deveria ter mais ou menos a minha idade e, pelas roupas, o mesmo estilo de vida que o meu. Eu o vi andando por alguns instantes e era exatamente o que eu suspeitava: parava em frente aos mesmos produtos que eu pararia se fosse comprar. Bem, eu não demorei muito na "investigação" porque não seria difícil o rapaz notar a minha observação e sabe-se lá o que poderia pensar de mim.

Mas a ficha caiu: posso até ser única no mundo, mas não tão exclusiva assim. Existem pessoas se não parecidas, muito próximas disso!

Desde então passei a observar mais ainda as pessoas. Agora, todas as vezes que ando pelas ruas, entro em algum shopping ou loja, no metrô, encontro não outros “eus”, mas outras pessoas que conheço: parentes, amigos, colegas de trabalho que reconheço na maneira de se vestir, andar, jeito de falar... é impressionante!

E você, já encontrou um você por aí?

2 comentários:

Anônimo disse...

que coincidência,so faltava ele se chamar sandro.a juliane atendeu um clinte na lugar onde ela trabalha,e a hora que ela pegou os documentos dele,ela levou um susto,o cara tinha o mesmo nome do marco.

Fausto Maxan disse...

Pois é Sandra...
a força da globalização.
bj