segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Fim de semana em Salvador

As fitinhas do Senhor do Bonfim sempre em destaque


Esta foi a quarta vez que visitei Salvador. Uma viagem que aconteceu graças às promoções de passagens aéreas. Era um sábado em meados de junho quando o Miltinho ligou dizendo que havia comprado bilhetes para ele, a Aninha e o Renan... então, facilmente aliciada, lá fui eu comprar as minhas passagens. Afinal, que grande sacrifício visitar a Bahia!

Ainda chamamos o Henrique. Dos cinco, apenas eu e a Aninha conhecíamos Salvador, assim, procuramos fazer o roteiro bem turístico possível para um único final de semana.

Desembarcamos na madrugada de sexta-feira para sábado e fomos para a Barra, local onde nos hospedamos. Deixamos nossas bagagens e fomos em busca de um lanche "leve", que para mim foi um cheese calabresa - rs. O resultado foi que dormimos por volta das 4h e às 8h estávamos em pé para iniciarmos os passeios.

A Barra foi escolhida por ser bem localizada, com vários ônibus para os outros lados da cidade, além, é claro, do morro de Monte Cristo e do próprio Farol da Barra. O tempo estava chatinho, chovia, parava, chovia, parava, o que se traduzia em andarmos somente quando não tinha chuva.

Na av. Oceânica mesmo pegamos um ônibus (Vista Alegre, R$ 2,80, sendo que no domingo a passagem é cobrada pela metade)  que nos deixou em frente ao Mercado Modelo. Tiramos algumas fotos por fora do mercado, entramos para conferir os suvenires e seus preços, conferimos o cais e mais fotos do Elevador Lacerda. Em seguida pegamos o elevador cuja passagem custa R$ 0,15, que considero caro por dois motivos: muitas pessoas utilizam o elevador mais de uma vez por dia e, por sermos turistas, sempre, invariavelmente, os cobradores se fingem de mortos para não nos dar o troco, daí, o jeito é travar a fila até o cobrador se convencer que não tem jeito.

Olhando assim nem parece que estava chuviscando



A subida é muito rápida, seguindo à esquerda já está o ponto perfeito parar tirar a foto clássica do elevador e do mercado juntinhos. Ali mesmo fica também a prefeitura da cidade, seguindo à esquerda, tem a Igreja da Misericórdia e ao lado a Cruz Caída, onde fica um pequeno museu em homenagem às baianas, com fotos, vestimentas e uma legítima baiana para orientar sobre os trajes e costumes.

Aninha, Henrique, Aydê (legítima baiana), eu, Renan e Miltinho 


Sempre à esquerda chegamos à Praça da Sé - que na volta do passeio, Henrique e Renan resolveram tirar fotos com os capoeiristas - mais adiante o Largo Terreiro de Jesus e, enfim o Pelourinho. Circulamos entre as ruas, admirando a arquitetura, apreciando os museus, e olhando - só olhando - os produtos das lojas. Desta vez o assédio para cima de mim não foi tão grande, e credito isso a dois fatores: o Henrique tem mais cara de turista do que eu e o Renan se confunde com os baianos nativos, assim, as pessoas pensavam antes de se aproximar querendo que eu levasse algum produto ou tirasse alguma foto com elas.

A arquitetura e o colorido inconfundível dos casarões do Pelourinho sempre encantadoras


Coube todo mundo no enquadramento, estrelinha para mim!


Acho que estou aperfeiçoando a minha técnica "estica o braço e tira a foto", adquirida ao longo de anos viajando sozinha que, sem muitas opções para registrar o momento, sempre fez parte do roteiro. Quem me chamou a atenção foi a Millie, que um dia foi muito enfática ao elogiar minha destreza fotográfica. Bem, o fato é que, agora, na era digital, e viajando em grupo, estou treinando a nova pose.

Resolvemos almoçar em um restaurante por quilo próximo ao Mercado Modelo. Comida muito boa e barata. E então resolvemos arriscar o pôr do sol no Solar do Unhão. Digo arriscar porque já não chuviscava, mas o céu estava muito nublado. Como este era um dos pontos turísticos que ainda não conhecia fiz questão de ir mesmo assim. O local é um minicomplexo cultural, que abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia, uma igreja, café, restaurante e um espaço ao ar livre para eventos, naquela noite de sábado era uma apresentação de jazz.

Confesso ter sido persistente para conseguir a imagem


O próximo ponto seria terminar o dia comendo um tradicional acarajé. Havia duas opções: a barraca da Cira (no Largo da Mariquita) e a barraca da Dinha (no Largo de Santana), ambas no Rio Vermelho. A escolha foi decidida pela desatenção do garçom da primeira barraca que nos impediu de juntar duas mesas, ok, fomos para a Dinha. O que foi muito bom, já que ali é o mesmo local há a linda homenagem ao baiano Jorge Amado, que em minha opinião, é o escritor que melhor representa a cultura baiana e que morou naquele bairro durante muitos anos.

Um acarajé de "grife", tudo que precisava para encerrar o dia

Eu, Jorge, Zélia e Fadul, o cachorrinho de estimação do casal
Eu ia escrever sobre o fim de semana, mas acho que o domingo merece um post só pra ele.

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