quarta-feira, 29 de abril de 2009

Emoção

Hoje tive uma agradável surpresa: saiu a lista do Enem, das provas realizadas com estudantes de nível médio, nas escolas particulares e públicas do Brasil inteiro. Como curiosa que sou, lá fui eu verificar a classificação da escola onde estudei e fiquei muito feliz: entre mais de 26 mil escolas avaliadas, a que estudei teve avaliação superior aos 68%!!!

Sim, uma escola pública, que está na frente de muitas, muitas escolas particulares. Isso me deu muita esperança. Não que 68% seja maravilhoso, não. Pra eu ficar feliz de verdade deveria estar acima de 90%, mas levando em consideração que a primeira colocada ficou com 80,58%... tá bom.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Uma questão de ponto de vista

A mulher na faixa dos 30 que convive com a adolescente de 15. Em situações parecidas, pensamentos diferentes.

Se olhando no espelho, logo pela manhã:
A adolescente: "Que ódio, quantas espinhas"
A mulher: "Meu Deus! Mais uma ruga!"

Dando uma volta despretenciosa pelo parque ou no shopping:
A adolescente: "Nossa que gatinho! De boné... o cabelo tá crescendo e só um boné pra ajeitar mesmo, aliás, que transado"
A mulher: "Nossa, um homem aqui, desacompanhado! De boné... hummm... quanto careca será que ele é?"

Na calada da noite

Outro dia minha mãe me ligou:

- Acho que tem ladrão por aqui...
- Como assim? A cidade mal tem população, como haveria de ter ladrão?
- Mas é daqueles bem pé-de-chinelo. Numa manhã dessas eu abri a porta da cozinha e cadê meu tapetinho? Era bonitinho, até novo, mas quem roubaria meu tapete? E o estranho é que tinha umas pecinhas de roupa no varal, mas ele não levou nada de lá...
- Ah mãe, vai ver foi algum engano. Vc pensou que colocou lá o tapete, mas não colocou. Foi fazer outras coisas e se esqueceu.
- Nada! Passou mais alguns dias, coloquei outro tapetinho lá e pronto, no dia seguinte, cadê?
- Nossa, que estranho. Bom, passe a ter mais cuidado e não deixe nada do lado de fora.

No final de semana resolvi ir para a megalópole. A cidade é bem pacata e pequena, em poucos dias um forasteiro passa a reconhecer as "figuras" locais e até mesmo algumas situações. Na rua onde minha mãe mora, tb mora um vira-latinha bem pequeno, meio envocadinho, mas até simpático, pena que é perneta, não tem uma das patas dianteiras, o que realmente não o impede de circular pela região.

Logo de manhãzinha, indo à padaria, vi o tal pernetinha sentado, em frente à sua casa, sobre um tapetinho. O tapetinho era de retalhos de jeans. Olhei, achei sei lá o quê e continuei no meu caminho.

No dia seguinte, novamente, pela manhã, indo à padaria, vi o cachorrinho... desta vez ele estava sobre um outro tapetinho, desta vez de retalhos em tiras, bem diferente o anterior...

Eureka! Bingo! Abracadabra!

Estava ali a resposta aos desaparecimentos dos tapetinhos!!! Na calada da noite o cachorrinho perneta invade as casas e rouba tapetinhos!!!

Moradores de megalópole: tomem conta dos seus tapetinhos!!!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sonhos de infância

Hoje tive uma sessão nostalgia na hora do almoço. Tudo começou pelo fato de ter aberto uma lojinha de quinquilharias próximo ao restaurante, para completar o efeito "aqui se vende de tudo" tem uma máquina de sorvete de massinha. Sabe aqueles que são feitos de ki-suco e a massinha sai feito cobrinha numa casquinha de isopor? Então, é daquele mesmo.

Eu já comprei alguns sorvetinhos lá e sempre presto atenção em qual sabor foi pedido antes do meu, daí eu peço outro só pra misturar os sabores.

Bom, o fato é que começamos a conversar dos doces e sabores da infância, de como era difícil conseguir algo diferente, isso sem falar que o "algo diferente" poderia ser um brigadeiro!!! Daí eu acabei lembrando também das minhas duas grandes frustrações infantis:

- 1ª nunca fui ao Domingo no Parque e nem conheci o Silvio Santos. Não dancei para ganhar bicicleta, não pintei o rosto de palhacinho e muito menos gritei "SSSIIIIMMMM" para trocar um televisor colorido por um cacho de bananas.

- 2ª nunca fui esquecida pelo meus pais em um supermercado. Sim, devido a todas as dificuldades em conseguir alguma goluseima, meu sonho era ser esquecida dentro do supermercado, que fecharia e eu passaria a noite toda me enchendo com tudo que tivesse vontade de comer!!! Pois é, infelizmente, isso nunca aconteceu mesmo!

Então... o almoço acabou, passei na lojinha, comprei meu sorvete de mentirinha e agora estou aqui, escrevendo essas bobagens... aí que saudade!!!