quarta-feira, 2 de março de 2016

Trilha do Abraão para Lopes Mendes

Areia branquinha, uma recompensa após a trilha de dificuldade média

O café da manhã no hostel começa às 8h. Achei tarde, levando-se em consideração que muitos dos passeios são de barco e saem entre 9h e 10h. Eu pelo menos gosto de comer com calma, ok, tudo é perto na vila, mas mesmo assim, acho que poderia começar às 7h. E não só eu tenho esta opinião, logo na primeira manhã, acordei bem cedo, tomei banho, besuntei-me de protetor solar,e fui até a janela para dar uma espiada e saber se as mesas estavam postas para o café. Ainda não, mas vi meia dúzia de gringos vagando perto das mesas - rs - era até engraçada a cena, como aquelas abelhinhas em volta dos doces em padarias.

Às 8h em ponto fui para o desejum e logo puxei conversar com uma moça que estava sozinha e tinha visto na noite anterior. Audrey, francesa e, igualmente a mim, procurando companhia para algum passeio, Sugeri Lopes Mendes e ela topou.

Vista ainda na Vila do Abraão, prestes a iniciar a trilha até Lopes Mendes

É uma trilha de dificuldade média de uns 6 quilômetros no total, bem sinalizada e parece segura para ser realizada sozinha, pois sempre há pessoas indo em um ritmo mais rápido ou vindo. Como não havia chovido por aqueles dias estava ótima para o passeio, sem trechos escorregadios.

O único contratempo (nem tanto vai) foi que as sapatilhas, já velhinhas, logo no início descoloram as solas e não teve jeito. O engraçado foi o comentário da francesa ao me vir jogando-as no lixo: "é um belo lugar para morrer".

Uma das recordações que mais me avivavam antes de chegar à Ilha Grande eram as jacas. Durante anos afirmei que por ali existia a maior quantidade de jacas por metro quadrado do universo! Desta vez vi poucas... assim... poucas em relação ao que eu mesma esperava encontrar, inclusive na trilha Abraão - Lopes Mendes.

Mas voltemos à trilha... saindo do Abrão é só seguir as indicações. Depois de uns quilômetros de subidas e alguns declives chega-se à praia de Palmas, muito tranquila e bonita. Depois mais um trechinho até chegar à praia do Pouso, local de parada dos barcos e escunas, aonde desembarcam aqueles que fogem de andar à pé até ali ou simplesmente a salvação daqueles que, como eu, na volta queria era mais relaxar no passeio de barco. Da praia do Pouso até Lopes Mendes a trilha é mais tranquila e deve dar mais um quilômetro.

Enfim, Lopes Mendes, tida pelas revistas e sites especializados em turismo como uma das praias mais lindas do nosso litoral brasileiro. Devo confessar que não é à toa a menção: três quilômetros de areia branquinha banhada por águas cristalinas e cardumes de peixinhos que insistiam em transitar naquele pedacinho raso do encontro do mar com a areia.

Audrey e eu ficamos por ali revezando entre mar e sombrinha na areia... sim... há uma vastidão de árvores que presenteia os turistas com suas sombras. Mais à esquerda, para aqueles que não se importam em andar em algumas pedras, há uma pequena prainha praticamente deserta, já que poucos não se aventuram.

Também havia duas barraquinhas vendendo sanduíches naturais e bebidas, mas fui avisada que isso só acontece na alta temporada. Então, aviso importante: se você resolver visitar Lopes Mendes fora de temporada, garanta-se levando um lanchinho.

Aqui estávamos aguardando nossa embarcação para retornar à vila

Por volta das 16h  resolvemos voltar. Não sei de onde surgiu uma dorzinha chata no meu joelho esquerdo, o que dificultou um pouco a pequena trilha até a praia onde pegaríamos a escuna para voltar à Vila do Abraão. Foi isso também o que determinou meu passeio do dia seguinte, baseado no mínimo esforço possível: passeio de lancha :-)

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