domingo, 12 de abril de 2015

Aventura para conhecer a Ana Chata (São Bento do Sapucaí)



No topo da Ana Chata, à esquerda,. a Pedra do Baú

Após mais de um ano afastada das trilhas fui parar em São Bento do Sapucaí, município localizado a 250 km de Sampa, bem no miolo da Serra da Mantiqueira. Aproximadamente três horas de viagem com direito à parada estratégica no Olá para nosso café da manhã e, um pouco antes de chegarmos ao destino, passamos em frente à... bem acho que mercearia... Carrefulvio (que pena que não consegui tirar uma foto, de um logo tão pitoresco do que creio ser uma mercearia).

Apresentando a pacata cidade de São Bento do Sapucaí

A proeza foi possível graças ao Clube da Caminhada que, sob o comando de Naira e Adilson (aniversariante), organizaram um passeio incrível: fomos subir a pedra de Ana Chata, que fica entre a pedra do Baú e Bauzinho.

Início da trilha
Sim o nome é este, Ana Chata que, segundo o Renato, nosso guia, as três pedras foram consequência de uma maldição indígena sobre uma relação incestuosa entre irmãos... eu não acreditei na lenda, mas já que ele falou, é bom registrar.



Chegamos em São Bento do Sapucaí por volta de 10h30 (mania de não usar relógio e nem celular para literalmente desligar-me do mundo). Ao desembarcarmos do ônibus já havia ficado claro que seria um trajeto de médio para punk! Tudo o que eu pensava era: "por favor não chova, por favor não chova", apesar de a previsão do tempo ser bem favorável às minhas súplicas.

Moleza de trilha!
Logo no início da trilha, as placas do passeio indicavam o percurso de 5,5 km. O caminho era bem arborizado o que tornou o passeio mais agradável apesar de um pouco puxado e de trechos íngremes. Para ajudar, muitos moranguinhos silvestres e pinhões espalhados pelo chão (com a ajuda do Maurício e do Vinícios aproveitei para catar alguns e levar para minha mãe cozinhar, eu não gosto).

O trajeto foi bem interessante, subindo pedras que dava medinho, passando por fenda, alguns escorregões (e eu que esqueci meu bastão novamente)... enfim, foi um retorno às trilhas com estilo! Nosso grupo tinha mais de vinte pessoas que, com idades bem variadas e em ritmos diferentes de trilha, mas, todos completamos o percurso.


Vegetação local
E o fato é que, o dia estava perfeito para trilhar e muitos outros grupos e casais também tiveram a mesma ideia que a nossa, mas, o mais surpreendente foi a disposição de uma mulher que estava circulando por ali com dois cachorros, duas crianças de uns 6 ou 7 anos e um bebê nas costas! Já havia visto alguns pais com bebês em trilhas, mas confesso que nunca em uma trilha tão puxada. O que acabou virando uma inspiração para alguns caminhantes: "se ela consegue, é claro que eu também consigo".

Naira, eu e Maurício

A vista do topo da Ana Chata é lindíssima e o fato de o céu estar limpinho ajudou a tirar fotos maravilhosas. Ali o grupo pode descansar, lanchar e admirar a Pedra do Baú cuja subida de uns 400 metros deve ser uma aventura e tanta, pois trata-se de uma escalada que necessita de um bom preparo físico além que uns elementos de segurança.


A vista encanta a todos que chegam ao topo da Ana Chata


É, fiquei com muita vontade de fazer o Baú.

A volta foi tranquila, o grupo ficou bem entrosado e satisfeito com o dia. Na verdade, pelo roteiro, por volta das 15h almoçarmos na casa do Renato, mas claro, que fomos almojantar quase 19h - rs. e mesmo para encerrar o dia na comilança, não foi tão fácil assim, chegar até a casa do nosso guia era mais uma prova de resistência: estávamos famintos e tínhamos que subir uma ladeirinha que, segundo os meus cálculos, tinha uns 50 metros. A refeição foi macarrão, salada e bolo para cantar parabéns: niver do Adilson e do Clube da Caminhada (50/5).

Valeu turma, foi um ótimo dia!


Hehehe... uma semana depois provei o pinhão, com sal e azeite!