terça-feira, 29 de novembro de 2016

Mariana em meio período


Igreja de São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo,
 entre eles, o emblemático pelourinho
As palmeiras dão boas vindas
 ao seminário

Costumo dizer que há passeios que devem ser feitos "agora", e o agora significa que tenho muita boa disposição física para andar, perambular... vou deixar aqueles passeios que não exijam tanto para mais tarde. E, devido aos morros, ao sobe e desce, para mim, aquele pedacinho de Minas Gerais deveria ser "agora"! Seriam poucos dias, na verdade, dois inteiros, pois cheguei na terça-feira à noite e partiria na sexta-feira pela manhã. Assim, era importante que eu fizesse passeios que representassem bem a região.

É difícil simplesmente ignorar o fato de que ali, há um ano, houve o que já é considerada a maior tragédia ambiental do País. E conversando com os moradores é que sentimos a dimensão do que foi e do rastro que ficou na vida dessas pessoas. Sim, estou falando de Mariana... e lá estava eu, querendo apenas fazer os passeios que qualquer turista deseja: conhecer um pouco mais de história através de suas ruas e ruelas de paralelepípedos que sempre levam a alguma igreja.

O trajeto de onde estava hospedada é muito simples, pega-se o ônibus em Ouro Preto e em 30 minutos se está de um centro ao outro. Desci em uma pracinha central, pedi informações sobre aonde conseguir um mapa e fui direto à Secretaria de Cultura e turismo.

Então... ladeira, né?
Gostei bastante. Primeiro eles colocam um vídeo de cinco minutos que apresenta a cidade e o roteiro turístico. Em seguida dão-lhe um mapinha e as orientações. Ou seja, nem precisa de guia.

Tal como Ouro Preto, são muitas, muitas igrejas mesmo, e para não confundir achei importante selecionar apenas algumas para visitação. Este centro histórico se resume basicamente em duas ruas paralelas, a rua Frei Durão que se transforma na rua Dom Viçoso e a outra rua Getúlio Vargas ,e no miolo, várias igrejas.

Saindo da secretaria com o mapa em mãos fui parar em frente ao Seminário Maior São José, com palmeiras lindas, mas não é aberto para visitação; Em seguida subi o morro, ops, a rua rumo à Igreja São Pedro dos Clérigos. Achei melhor começar pelo alto enquanto era cedo e o sol não estava à pino (quem diria, e eu quase deixei de ir à Minas pensando nas chuvas profetizadas na previsão do tempo).



É linda a vista do topo da igreja,apesar do ranger da escada 


Por R$ 2, dá para visitar a igreja e subir até a torre onde fica o sino. Se fosse à noite, diria que é um passeio meio macabro, pois para chegar ao sino é necessário subir por umas escadinhas estreitas de madeira que rangem em um local quase sem iluminação, que dava a impressão que a qualquer momento poderia quebrar. Mas lá de cima a vista da cidade é bem legal e acho que vale à pena. Para quem quiser desembolsar uns trocados a mais, o que não falta são guias bem na entrada da igreja, oferecendo-se para contar a história local. Prática comum também em Ouro Preto.

Descendo a Getúlio Vargas, bem no meio está o que mais gostei do centro histórico: a Igreja São Francisco de Assis, o Pelourinho, a Casa de Câmara e Cadeia e a Igreja Nossa Senhora do Carmo, Construções antigas e cheias de história.

Fiquei um tempo olhando para aquele pelourinho e perdendo-me nos pensamentos. Fazia muito tempo que tinha visto um pela primeira vez, em Alcântara, no Maranhão. E é estranha a sensação, saber que aquilo é uma lembrança, um símbolo de tanto sofrimento, uma vergonha para a humanidade. Visitei a Casa de Câmara e mais uma vez fiquei imaginando-me naquela época, como as coisas poderiam ser discutidas e resolvidas naquela época, os quadros dos políticos que por ali passaram.
Amei minha manhã em Mariana

Não sei quanto tempo fiquei por ali, desci para o centrinho comercial, comprei um anel de prata lindo e fui almoçar. Minha próxima parada seria a Mina da Passagem, estava empolgada.








sábado, 26 de novembro de 2016

Um dia com o "pé na estrada/rota aérea"

Minha última visita em terras paraibanas


Deixei para comprar as “lembrancinhas” no último dia.  E como seguiria para Belo Horizonte sem voltar para casa, não deu pra comprar muito coisa, mesmo porque eu é que não iria dar uma de camelo com mochila nas costas. Mas confesso que é bem difícil não se render às “coisinhas de casa”... tinha de tudo: guardanapos, tapetes, toalhas... minha extravagância maior ficou por conta do licor de maracujá, que na data em que escrevo este texto, já tem menos da metade – rs.

Observava o fraco movimento,
 enquanto tomava café. em Viracopos
Eu só deixaria o hostel à noite. Então, sem planos, acordei, tomei meu café e fui caminhar pelas praias de Tambaú e Cabo Branco. Fui cumprimentar pela última vez o busto do comandante Tamamdaré, que fica ao lado do Eu Amo Jampa, e na volta, passava do meio-dia, encontrei as irmãs de Bauru. Estavam as três sentadas só curtindo. Elas é que me viram e chamaram. Ficamos conversando um pouco, falei das coisas que tinha feito nos últimos dias, e elas também. No final da tarde já tinha arrumado minhas coisas, tomado banho e estava apenas esperando a hora do jantar que havia combinado com as irmãs. Depois seguiria para o aeroporto, o voo saia de madrugada.

Cheguei ao aeroporto de Viracopos era de manhãzinha, tomei café, peguei o ônibus da Azul para o aeroporto de Congonhas de onde partiria meu voo para Belo Horizonte. O aeroporto fica no município de Confins, e o local faz bem jus ao seu nome... pois como é longe da região central da capital mineira! A sorte é que tem um empresa de ônibus que faz trajetos bem específicos: até o aeroporto da Pampulha (que pelo que entendi não faz esses voos comerciais) para a rodoviária e outros pontos. Excelente opção para quem não quiser gastar uma fortuna com táxi ou Uber, que seja.

Bem, fui direto para a rodoviária e embarquei para Ouro Preto. O hostel que optei foi o Brumas, um antigo colégio de padres que fica muito próximo da rodoviária. Exausta pelo trajeto de Jampa até ali, fiz meu check in, tomei um banho bem tomado, fiz uma sopa de quinoa (sim, depois do Peru, todas as vezes que viajo, sempre levo comigo uma porçãozinha de quinoa), tomei e "desmaiei" na cama.



domingo, 20 de novembro de 2016

Cabedelo a Ilha da Areia Vermelha



No dia em que visitei, a faixa de areia era curta por conta da maré



Tive que mudar de hostel por dois dias. Eu não havia feito a reserva porque achei que iria para o sertão, como não rolou - e eu tive muita esperança até o último momento - quando dei por mim, não havia vagas. Mas foi ótimo. Ficava a uns 15 ou 20 minutos do "meu point", e aproveitei pra conhecer mais gente, entre elas a argentina Maria Laura.


Aproveitei para comprar uma nova saída de praia
No dia reservado para a Ilha de Areia Vermelha (que insisto em falar que é praia) fui com a argentina, descolada ela já sabia perfeitamente como fazer, pegamos o ônibus até Integração Bessa e de lá seguimos para Cabedelo. A saída é da praia de Camboinha, de onde partem os barcos (R$ 30,00), que levam até a ilha. Na verdade um “banco” de areia no meio do mar, que conforme a maré terá maior ou menor extensão para os turistas circularem, então pode variar de 500 a 1500 metros.


Vista do continente
Acho que fui no dia que estava em menos de um 500 metros, mesmo assim é bem interessante ficar no meio do mar e girar 360º em torno de si mesmo e só ver água, de um lado avistando o continente e do outro mar, mar e mar. A água é bem morninha também. Mas a areia não achei lá tão vermelha assim, como é propagado.

Adoro essas "artes" que o mar faz na areia



Creio que quando a maré está bem baixa, alguns ambulantes chegam a levar mesas e cadeira para o local, pois já vi fotos assim, mas como naquele dia de maré mais alta, então, havia alguns barquinhos ao redor se fazendo de bares, vendendo cerveja, refrigerante, drinques... apesar que nas embarcações dos turistas também tinha tudo isso além de algumas coisas para comer.

Depois de umas duas horas, os barcos voltam à praia. Os turistas que optam pelo passeio pelas agências, já seguem para seus ônibus. Nós, como estávamos por nossa própria conta, resolvemos curtir a praia, e acho que foi uma ótima opção, já que é bem simpática e havia vários desenhos na areia

Eu gostei do passeio, principalmente porque a ilha não ficou tão cheia como já ouvi comentários que é comum. E não me lembro de ter visitado um banco de areia no mar, então valeu muito o passeio

sábado, 19 de novembro de 2016

Os hits do momento


Adam lindo de Pokemon - kkkk. Este até eu gostaria de pegar!


Será que ainda se usa esse termo "os hits do momento"? Ando tão desatualizada... bem, hoje resolvi tomar café da manhã vendo clipes, na Mix TV e na MTV. Fazia tempo que isso não acontecia e achei o máximo!!!

A-M-O Maroon 5 e qual não foi a minha surpresa ao assistir o clipe de "Don't want to know", em que eles sacaram a onda da caça a Pokemon Go - rs,... é muito bonitinho... eles sendo perseguidos por aquele monte de gente sem noção... Quase morri de rir!!! Mas eu sugiro ver o clipe completo (o pós-clipe na verdade) em que Adam conversa com Vince Vaughn num bar.

Daí eu vi um clipe da Ludmila que achei engraçadíssimo, embora nem curta a artista, o nome é "Hoje", tive que pesquisar o nome. Ela e umas outras garotas estão em um laboratório tentando criar o homem ideal... qual mulher nunca imaginou isso? Quando pediu fiel e compreensivo... rs... apareceu um cachorro abanando o rabo - kkkk.

Tive o prazer de ver o queridíssimo Bruno Mars. Nossa, falo como se fosse amigo íntimo, mas fazer o quê? Gosto desse artista demais, voz gostosa, um sorriso lindo e dança que é uma beleza.

Já tinha ouvido algumas músicas no estilo reggae, mas não sabia que banda era, Magic... recomendo... adoro esse estilo. Depois vários clipes que apareceram em ambos os canais foram o do Justin Bieber, que pena que faça tanto a linha bad boy... tão bonitinho e talentoso, tomara que seja só um personagem bem produzido.

Até o único hit que gosto do Emicida, "Passarinhos", tive o prazer de assistir. Surpreendeu-me o tema: garotos que se interessam por livros. Muito sensível.

Katy Perry e o fascínio que tem sobre as crianças em "Birthday". Adoro a Katy. Katy, Bruno e Moroon 5 estão no meu coração como a Califa, porque desde a primeira vez que pisei por lá eles sempre estão nas rádios, daqui e de lá. É o que eles querem que ouça? Pois ouço de bom grado :-)

Gente, amei minha manhãzinha... estava precisando mesmo, depois da decepção do meu forno...

domingo, 13 de novembro de 2016

Jampa e alguns pontos históricos

Igreja de São Francisco, bem no central e com muita arte sacra


Arte barroca
Um dos meus maiores medos quando penso em férias é a chuva. Por um motivo muito simples, quando viajo, muito provavelmente irei para um lugar onde nunca estive antes e, daí fica complicado perambular com chuva. Não que eu não vá fazer coisas, mas a chuva limita bastante o roteiro.


Igreja de São Pedro

Lembro-me de quando fui a Fortaleza, fui para Jericoacoara e planejava também visitar a famosa Canoa Quebrada. Como fiquei a maior parte da viagem em Jeri, fiquei com o tempo mais curto em Fortaleza e região e, talvez por um erro estratégico (justamente não ter pensado na possibilidade de chuva forte) deixei Canoa para os últimos dias e justamente no dia reservado, amanheceu chovendo torrencialmente, a própria agência se recusou a fazer o passeio, isso porque estava lotado e, tive que sacrificar o passeio e acabou que não conheci. Para não dizer que perdi o dia, passei o dia perambulando pela cidade e fazendo comprar no mercado central de artesanato.


Vista do rio Sanhauá, um dos personagens da colonização







Isso já faz quase dez anos, mas acho que meio que fiquei traumatizada com esse negócios de chuva nas férias. Mas por que falar tanto de chuva nas férias? Porque uma das coisas que é possível fazer é conhecer a parte histórica da cidade onde estiver. Ok, algumas fotos não serão tiradas, dependendo da intensidade da chuva, alguns lugares não serão acessíveis, mas não tem o que fazer, não adianta se lamentar. Mas sempre haverá museus, para quem gosta de arte sacra, igrejas, centrinhos comerciais e os bons restaurantes.



Porque saber o significado da
bandeira do Estado é preciso
João Pessoa é uma das capitais mais antigas do Brasil (fundada em 5 de agosto de 1585), e deu trabalho para os portugueses, tanto é que tiveram que montar uma estratégia nada convencional para colonizá-la, adentrando por 14 quilômetros para estabelecer-se (U-hu!!! bravos índios!!!),


Por isso, o centro histórico fica meio afastado da praia, então resolvi contratar agência, além do que o Farol do Cabo Branco e a Estação Ciência ficam bem afastados. Um dos meus objetivos era poder fotografar a Estação Ciência Cabo Branco, inaugurada em 2008 e que fica pertíssimo da Ponta do Seixas, o ponto mais oriental das Américas e onde os guias brincam que "se forçarmos a vista veremos a África", e que havia passado em frente quando fui para as praias do sul, realmente achei que o ônibus fosse fazer uma parada para fotos, afinal, era uma obra de Oscar Niemeyer.

Não, não parou, fiquei um pouco irritada com a situação, mas o sol estava muito forte e o calor era tanto que o ar-condicionado do ônibus, convenceu-me a ficar mais tranquila, e não me arrepender de não ter optado por fazer o passeio por conta própria.



Farol do Cabo Branco...
... na ponta mais oriental das Américas

























Recomendo o licor de maracujá 😋

E claro, em se tratando de uma agência de viagens, a última parada fica no Centro de Artesanato (e depois de muito pesquisar, os preços são melhores ali, mas o charme da que fica no calçadão é incomparável!)

E ponto turístico diurno e noturno,
esquina da Tamandaré com Olinda
, como estava hospedada bem perto dali, nem dei bola, meus souvenires seriam comprados apenas no último dia. Mas falando em compras, ali pertinho também tem o mercado de frutas, grãos etc, que achei bem interessante e a poucas quadras tem a Feirinha de Artesanato de Tambaú, em uma esquina e na outra uma pracinha de alimentação com várias lanchonetes, difícil era decidir qual tinha a melhor tapioca!!!


Por último devo pedir desculpas por não ter muitas fotos, mas quando cheguei em casa, tive um probleminha e perdi boa parte delas,,, 😢😢😢












quinta-feira, 10 de novembro de 2016

As praias do sul



Aqui foi no meio do caminho, parada no mirante para ver a
praia de Cacimbinha. Ah... tá que você não ficou com vontade de conhecer...



Ô terrinha que venta!!! Mas é uma delícia!!! Cabelo? Esquece, e é só curtir o que a natureza oferece... banho de mar, vento, ter uma graninha para saborear um peixinho, se der uma camarãozinho... para quem gosta uma cervejinha (no meu caso só entupindo-me de suco de cajá, acerola natural e graviola).

...

Tal qual qualquer outra cidade turística, chovem passeios vendidos pelas agências de viagens. A grande maioria dá para fazer por conta, seja com um grupo que resolve alugar um carro ou indo de ônibus urbano, pois há a "integração", terminais onde é possível cruzar a cidade comprando apenas uma passagem ao custo de R$ 3,00. Já para quem quiser um mínimo de comodidade, o melhor é contratar uma agência, mas nunca é demais dar uma pesquisada nos preços e pechinchar.

A placa dispensa a legenda

Escolhi fazer "as praias do sul", passeio que leva os turistas para conhecerem Barra do Gramame, Praia do Amor, Praia de Tambaba (esta dividia em uma parte para quem curte naturalismo) e praia do Coqueirinho. Além disso, os guias fazem paradas estratégicas em mirantes... e assim... do alto podemos ver a beleza natural do nosso litoral. O lado ruim de contratar agências é que todo o tempo é cronometrado (argh), daí se você gosta mais de uma praia, é impedido de ficar mais tempo porque o guia te apressa.

Tambaba, mas do lado recatado

Neste passeio conheci as irmãs de Bauru: Maria, Irma e Márcia. Adorei. Com personalidades diferentes, mas ultradispostas a conhecer o que Jampa oferece à nós turistas. Ora estava papeando com uma, ora com outra. Eu e Irma, sedentas por um camarãozinho - rs... que não foi daquela vez.

Pose para uma das tradicionais fotos na praia do Amor
Não, sei que vocês devem estar curiosos em saber se fui passear na parte nudista. Não, não fui... era pouco tempo, então achei que nem valia à pena. Mas é bom explicar para quem queira um dia dar uma passadinha por lá. Fica um guarda na entrada para anotar quem são visitantes e as regrinhas são: mulher sozinha ou em turma, pode entrar, homem sozinho ou grupos de homens não, homens só entram acompanhados de mulheres, em proporção igual ou menor do que as companhias femininas.

Aqui foi na Barra do Gramame: rio Gramame
 que se encontra com o mar.
E não, o caranguejo não foi meu almoço ;-)

domingo, 6 de novembro de 2016

Jampa e pôr do sol no Jacaré






Antes de começar a contar minha jornada por João Pessoa, gostaria de falar da surpresa com a cidade! A escolhi por ser uma das poucas capitais nordestinas que ainda não conhecia e quase ninguém fala. É comum ver Natal, Fortaleza, Maceió e Salvador estampando os folhetos das agências de viagens, e mesmo em conversas com colegas de trabalho, estudo ou por aí... quase nunca a capital paraibana entra no tema viagem. Por incrível que pareça há muitos anos eu havia ido até à Paraíba, mais especificamente para Campina Grande, para fazer uma matéria sobre o São João e, na época, a capital passou batido.

Mas a cidade é linda e ali que se encontra o ponto mais oriente do nosso país, onde os guias adoram dizer que se forçarmos a vista, dá pra ver a África, e por essa característica é onde o sol nasce mais cedo também.  

Fiquei hospedada em Tambaú, creio que a menos de 150 metros da praia e a uns 50 da Feirinha de Artesanato, com uma pracinha de alimentação e um sanfoneiro tocando à noite - e há duas quadras da Mercado de Artesanato, ou seja, excelente localização. Quando acordasse sem plano nenhum para o dia, a praia e a noite estavam garantidas sem o menor estresse de "como ir?".

A praia de Tambaú faz continuação (seguindo ao sul) com a praia de Cabo Branco, e esta orla é linda, bem arborizada e todos os dias, das 5h da manhã às 8h o trânsito é interditado para que as pessoas possam aproveitar e fazer suas atividades físicas. Aliás, pela manhã é muito comum encontrar professores de musculação, particulares ou da prefeitura, dando suas aulas por ali mesmo.

Como disse antes, minha viagem aconteceu meio no susto então, eu sabia que iria para uma cidade praiana, capital, então certamente histórica, porém sem planejamento nenhum. Desembarquei em João Pessoa ainda não era meio-dia e ao chegar no hostel, tomei um banho, fui à um restaurante próximo para almoçar e já solicitei um passeio: o pôr do sol no Jacaré.



Descobri que as agências gostam de exaltar o pôr do sol no Jacaré, que fica em Cabedelo, uma cidade próxima à Jampa, nem tanto pelo pôr do sol, mas na esperança de os turistas pagaram mais R$ 35,00 para embarcarem em uma lancha aonde é tocado bolero de Ravel. Sim, é bonito, mas no dia em que fui estava um pouco nublado e me contentei em apreciar da calçada mesmo e aproveitar para economizar para gastar na feirinha que achei bem interessante, e onde fiz minha primeira compra em solo paraibano: brincos de capim dourado. 




Voltei para Tambaú, comi minha primeira tapioca com uma jarra de suco de cajá (a garçonete até arregalou os olhos quando pedi - rs), voltei para o hostel, programei um passeio pelas praias do sul, e desmaiei.

Férias, e agora?




Queria voltar ao Nordeste brasileiro fazia um tempinho. mas me faltava a devida oportunidade. Pois bem, apareceram alguns dias em outubro e há dois dias do embarque defini meu destino: João Pessoa (PB), ou simplesmente Jampa, para os íntimos.

A viagem foi decidida assim:

- Você tem que tirar esses dias, pois já está virando férias compulsórias! - palavras da chefia.
- Mas não tem jeito de adiar, na pior das hipóteses vender? - tentava argumentar.
- Não. São férias e tem que ser tiradas agora.

Eu meio que tinha esquecido, na verdade, não esquecido, eu sabia que tinha esses dias, mas foram tantos acontecimentos nos últimos meses, e tão intensos, que quando eu pensava que tinha uns dias de férias para tirar, parecia uma data bem distante. Mas não era e eu tinha que decidir para onde ir.

Primeiro eu pensei em fazer uma viagem de ônibus, em algum lugar próximo à São Paulo, que não demandasse muito dinheiro (escasso ultimamente). Cheguei a montar um roteirinho por Minas Gerais, que é tão grande e conheço tão pouco, já tinha me convencido da ideia e quando fui olhar a previsão do tempo: chuva, chuva intensa, quase tempestade... não só na região ambicionada por mim, mas em praticamente todo o raio que eu imaginasse encarar uma viagem de ônibus. Pensei: "Bom, já que tenho férias para tirar e vou gastar uma grana com viagem, prefiro gastar um pouco mais e ir para o Nordeste. Lá pelo menos, mesmo se tiver previsão de chuva, chove e para, chove e abre o céu. Assim, em menos de 48 horas do meu embarque, comprei meus bilhetes de ida e volta, tendo nove dias para conhecer João Pessoa.

Compradas as passagens, agora era só procurar uma hospedagem, o que o fiz para os três primeiros dias... afinal, vai que resolva ir para outro lugar. E eu até tinha essa intensão, mas não foi possível... então fiz o sacrifício de aceitar o fato de eu passar nove dias só pela capital Paraibana e arredores.

Mas restavam ainda cinco dias, de terça a domingo, e o que eu poderia fazer nesse tempo todo?

Mais uma vez fui xeretar a previsão do tempo para uma semana adiante. Não era muito diferente da primeira consulta feita, mas, ainda assim, por algum motivo que desconheço, resolvi encarar mais cinco dias perambulando por terras mineiras, mesmo que fosse embaixo de chuva.

Por serem apenas cinco dias, resolvi entrar em contato com algumas pessoas e, logo na primeira, a Cláudia, uma amiga de trilha, na hora questionou: "Você quer conhecer Inhotim", respondi prontamente: "Sim, é um dos meus objetivos. Já que quero conhecer Belo Horizonte, aproveito para visitar o museu", Ela ficou de pensar. No dia seguinte, sábado, já indo para a casa da mamis para de lá partir para o aeroporto, logo pela manhã fiz umas pesquisas de passagens aéreas e mandei para a Cláudia. À noite, quase dando a hora de ir, ela topou! Comprei meus bilhetes aéreos e de ônibus para Inhotim, combinamos outros detalhes e deixei a cargo dela reservar o hotel em Belo Horizonte.

E assim começaram duas semanas de férias! Nos próximos dias vou escrevendo e postando minhas aventuras!








sábado, 5 de novembro de 2016

Ilha Grande



Praia de Aventureiros


Aqui irão algumas dicas para quem pretende ir à Ilha Grande. É bom lembrar que a melhor época vai ser entre primavera e verão, porque terá um número interessante de turistas. De qualquer forma, achei interessante deixar algumas impressões dessa última vez.


Alimentação

O mais recomendável, como em qualquer lugar turístico, é caprichar no café da manhã. Estando na ilha, dobra-se o cuidado, porque sabe-se lá que horas terá um petisco ou almoço. Se optar por fazer trilhas, é bom passar antes em um dos mercadinhos da vila para abastecer a mochila de frutas e bebidas. Na verdade, a minha dica para trilha é sempre colocar a bebida no congelador na noite anterior, assim é a garantia de tê-la geladinha e fresquinha durante o trajeto do dia.

Nos passeios de lancha ou escuna, invariavelmente, a tripulação vai mostrar o cardápio de algum restaurante instalado na última parada do passeio. Os pratos são quase sempre para dois e quase nunca compensa pedir o individual. Porém, a boa notícia é que, se você não quiser pedir antecipadamente o almoço, sempre tem outros quiosques vendendo salgados, pastéis e outros tipos de lanches.

Na Vila do Abraão, as opções para as refeições são basicamente muitos restaurantes com menu com pratos para dois (de novo... não sei se por ter ficado, nas das vezes em que visitei a ilha, no meio de um tantão de gente que viaja sozinha, achei meio descabido esses menus), alguns poucos restaurantes - os mais simples- oferecendo pratos feitos e mais raros self-services (encontrei três apenas). Como toda a comida vem do continente, os preços não são dos mais baratos, por isso, os mercadinhos são boas opções para comprar frutas e bebidas para levar nos passeios.


Sozinha, e daí?

Eu e Audrey
Fazia um tempo que não viajava sozinha, e foi gratificante saber que não perdi a mão. Encontrar pessoas que igualmente a mim também estão na jornada dispostas a compartilhar experiências únicas, não tem preço. É como se você criasse laços de amizades eternas pelos momentos vividos, sabendo que provavelmente nunca mais verá ou saberá daquelas pessoas na vida, mas aquela viagem tão legal foi compartilhada com alguém que vivenciou a mesma emoção e certamente lembrará de você na mesma intensidade.

Eu e Fanny
Como não guardar para sempre a lembrança de Audrey, a francesa que já estava no seu 13º mês viajando pelo mundo e não consegui entender qual era sua profissão, por mais que tentasse me explicar. Ou de Fanny, a espanhola optometrista com sotaque inglês que ama os trópicos e em breve vai morar na Costa Rica. Ou da Nini, austríaca que em três meses fala português quase perfeitamente. E Svenya, a alemã simpática que devia ser a mais jovem que estava perambulando por ali. E do peruano que juro não sei o nome - mesmo tendo conversado durante dias com ele - que achou incrível eu estar apaixonada por quinoa e falávamos sobre a maravilhosa culinária da sua terrinha.


Como chegar?

Bom, com o fato de ser uma ilha já dá para imaginar que a logística para chegar exige um pouco mais de boa vontade, mas não é nada de outro mundo. Estando em São Paulo é só pegar o ônibus que vai para Angra dos Reis, e a melhor opção, sem dúvidas, é o que sai às 22h e que deve ser comprado com alguns dias de antecedência. Da rodoviária de Angra para o Porto Santa Luzia, de onde saem as embarcações, o táxi sai por volta de R$ 10,00, enquanto de ônibus (e são vários que fazem o trajeto) está R$ 3,60. Para quem vai de carro, sugere-se que procure um estacionamento antes, para dar uma negociada nos preços. Já para quem vem do lado norte de Angra, os sites da região afirmam que o porto de Mangaratiba é o mais indicado.

No porto de Santa Luzia, as opções são:

- balsa da CCR por R$ 14,50, mas com horários bem limitados, durante a semana às 15h30, e aos sábados, domingos de feriados às 13h30;
- lancha flex com vários horários das 9h às 18h. O trajeto sai R$ 40,00, comprando ida e volta sai R$ 70,00;
- tem também outros barcos que negociam o trajeto, e tudo vai depender do numero de pessoas e época do ano.
Da lancha, indo para o continente, só me restou observar a ilha

Esses preços foram os encontrados em janeiro e fevereiro de 2016.